Seminário apresentado pelos alunos do 4º ano do curso de medicina da Famema – Aline Ferrari Martins, Bruno de Souza Mendes, Cintia Junko Oshiro, Gabrielle Paulo Sérvio da Silva e Felipe Ferreira Lima no Ambulatório Neurovascular – Famema.
O tratamento do acidente vascular cerebral AVC depende do estágio da doença.
Há três estágios de tratamento para AVC: prevenção, terapia imediatamente após o AVC, e reabilitação.
As terapias para AVC incluem medicação, cirurgia em AVCH (Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico ) e reabilitação.
A terapia com medicação é o tratamento mais comum para AVC.
Os tipos de medicamentos mais comuns para prevenir ou tratar AVC são os antiagregantes e trombolíticos.
Ao tratar um AVC que acabou de ocorrer, o tempo conta muito.
AVC isquêmico, o tipo mais comum, pode ser tratado com medicamentos trombolíticos se atendido até 4,5 horas. Esses medicamentos interrompem o AVC ao dissolverem o coágulo que está bloqueando o fluxo de sangue ao cérebro.
Uma vez que os medicamentos trombolíticos podem elevar o sangramento, devem ser usados somente depois que o médico tiver certeza que o paciente sofre um AVC isquêmico e não um hemorrágico.
Os antiagregantes plaquetários previnem a formação de coágulos sanguíneos que podem causar um novo AVC.
Ao reduzir o risco de coágulos sanguíneos, esses medicamentos diminuem o risco de AVC isquêmico. Os antiagregantes geralmente são prescritos para prevenção do AVC. Desses tipos de medicamentos, o mais conhecido é a aspirina.
Anticoagulantes reduzem o risco de AVC ao diminuir a capacidade de coagulação do sangue, como na fibrilação atrial crônica.
Para a maioria dos pacientes de AVC a reabilitação envolve fisioterapia. O objetivo da fisioterapia é fazer o paciente de AVC reaprender atividades motoras simples como caminhar, sentar, ficar em pé, deitar, e o processo de passar de um movimento para outro. Para conseguir isso, os pacientes de AVC devem trabalhar o fisioterapeuta, o qual usa treinamento, exercícios e manipulação física para restaurar o movimento, equilíbrio e coordenação.
Outro tipo de terapia para ajudar o paciente a reaprender atividades rotineiras é a terapia ocupacional.
Esse tipo de terapia também envolve exercícios e treinamento. O objetivo é ajudar o paciente de AVC a reaprender atividades rotineiras como comer, beber e engolir, vestir, tomar banho, usar o banheiro, ler e escrever.
Desordens de fala e linguagem aparecem quando o dano cerebral ocorre nos centros de linguagem do cérebro. Devido à grande capacidade do cérebro aprender e adaptar-se, outras áreas podem tomar algumas das funções perdidas.
A terapia da fala ajuda pacientes de AVC a reaprender a capacidade de linguagem e da fala.
É apropriada para pacientes sem distúrbios cognitivos e de raciocínio, mas com dificuldade de compreender a fala ou palavras escritas, ou com dificuldade de falar.
Com tempo e paciência o sobrevivente de um AVC pode ser capaz de recuperar uma parte e algumas vezes toda a capacidade de fala e linguagem.
O Ambulatório Neurovascular atende usuários do SUS encaminhados pelo IX Departamento Regional de Saúde do Estado de São Paulo.