Na Famema, ao contrário do bom senso, os alunos da medicina e enfermagem, possuem atividades idênticas – os dois primeiros anos do curso de medicina são iguais aos dois primeiros anos do curso de enfermagem.
São as UPP 1 e UPP2.
Unidade de Prática Profissional !
Isso é fato, e não pode ser desmentido.
A pergunta que dever ser respondida.
Quem criou tal situação ?
Por que se criou ?
Quem se beneficia com tal criação ?
Analisando tal situação à luz do crivo pedagógico, percebe-se que a primeira resposta será: O Super Pedagogo da Famema (é bom lembrar que no site da faculdade da Famema – disciplinas – não há pedagogo e nem a disciplina de pedagogia).
Acesse o site institucional da Famema http://www.famema.br/disc/ .
Então, quem seria ?
A segunda pergunta fica impossível de ser respondida, visto que alunos de medicina e enfermagem têm que aprender conteúdos temáticos totalmente diferentes nos dois cursos.
Medicina – anatomia, histologia, fisiologia, farmacologia, bioquímica, parasitologia, microbiologia, genética clínica, imunologia, estatística, patologia geral e especial, sociologia e antropologia etc.
Os alunos da enfermagem não precisam de todas essas disciplinas e, em algumas delas, conteúdos menos complexos que no curso de medicina.
Nada contra o curso de enfermagem, e nem com seus alunos…
Nada contra ninguém…
Alunos e docentes com outra matriz curricular na graduação.
O curso de enfermagem é notadamente dedicado ao cuidado dos usuários da saúde – SUS ou Suplementar.
São melhores capacitados que os médicos nesse quesito.
Infinitamente !
Ocorre que os cursos têm grades curriculares diferentes, pois são distintos em conteúdos e disciplinas.
Engenheiro e arquiteto têm como objeto de curso a construção civil, mas fazem faculdades diferentes.
No final do projeto, ambos contribuem poderosamente no projeto final da obra.
Impossível, portanto unir cursos, que não podem ser unidos na graduação !
Mas, “O Super Pedagogo” da Famema diz que sim.
Ai, se você disser que não…
Fui convidado para uma “conversa amigável” no primeiro andar do Prédio do Carmelo onde funciona a Diretoria de Graduação.
Por sorte, havia uma temperatura ambiente agradável (ar condicionado ligado), pois o “clima da conversa” não foi bom…
Pediram uma retratação velada.
Não fiz e não farei…
Enfim, por que a Famema insiste em projeto político-pedagógico que não é possível de ser exequível ?
Estamos no “Regime Taliban Pedagógico” na Famema ?
Ou, como ouvi de um coordenador da 4ª série: “se o aluno não gostar da Famema que vá embora “.
Na Famema, no Fórum Institucional , tal questionamento pode ser resolvido se a instituição assim o quiser.
Docentes e alunos que queiram dividir os cursos – voto sim.
Docentes e alunos que não queiram dividir os cursos – voto não.
Ou ainda, no site da Famema.
Se opta por dividir – sim.
Se opta por não dividir – não.
Simples…
Se essa discussão não ocorrer, o que é lamentável, penso estar em um universidade que não proporciona a possibilidade de discussão…
Os Fóruns Institucionais na Famema são Fóruns Devocionais ao “PBL made in Famema”…
Ditadura pedagógica com ares de modernidade pedagógica:
“PBL made in Famema “.
Aluno da Famema, super inteligentes que são, visto que já passaram por um processo super seletivo no vestibular (medicina mais de 200 candidatos/vaga), fazem o Med Curso e SJT, e tiram um “notaço ” no Enade.
Louros da vitória para a Famema.
Detalhe: o Med Curso é pago, e oferece conteúdos temáticos que não são dados pela instituição.
E, respondendo a terceira pergunta, creio que ninguém se beneficia da união de cursos nos dois primeiros anos, ou seja, de UPP 1 e UPP 2 com alunos de medicina e enfermagem simultaneamente.
Mas, por que continua ?
Seria mais um arquivo X (The True is Out There) ?
Será que esse modelo, na verdade, utilizando-se de “professores colaboradores” na rede básica de saúde de Marília, traz a possibilidade da Famema não precisar contratar professores ?
Ou, a contratação de professores nas disciplinas básicas é muita cara, e essas disciplinas são substituídas pela permanência dos alunos na rede básica de saúde, quando na verdade deveriam estar estudando: anatomia, histologia, fisiologia, farmacologia, bioquímica, parasitologia, microbiologia, genética clínica, imunologia, estatística, patologia geral e especial, sociologia e antropologia ?
Vamos lutar pela recuperação do ensino na faculdade.
Podemos sugerir a união do modelo tradicional nas básica, e o ABP ou PBL do terceiro ao sexto ano.
Suportar como tal, é lembrar do exemplo de Pôncio Pilatos…
Lavou as mãos, e nada fez…
Lutando por uma Famema melhor !
Até quando vamos esperar mudanças na grade curricular ?
“Cultura é equilíbrio intelectual, reflexão crítica, senso de discernimento, aborrecimento frente a qualquer simplificação, a qualquer maniqueísmo, a qualquer parcialidade”.