Roberto da Freiria Estevão contesta os indicadores do Ranking Universitário Folha 2014

O professor Roberto da Freiria Estevão – Disciplina História do Direito –  após ser indagado pelo autor deste blog no dia 10/09/2014 de o porquê o Curso de Direito do Univem estar na posição 280ª- Ranking Universitário Folha 2014, respondeu que não concorda com os indicadores objetivos do Ranking Universitário da Folha.

Contudo, asseverou que os alunos do Univem são os que mais passam em concursos públicos, e nos exames da OAB, sendo as faculdades com Cursos de Direito regionais com menos aprovações comparativamente.

Segundo Freiria, esse é um dado que deve ser considerado, e não os indicadores do RUF 2014.

Por fim perguntamos se há revistas eletrônicas no Curso de Direito do Univem, pois anteriormente só havia a forma impressa da Revista Em Tempo.

Destarte, no dia 11/09/2014 enviamos e-mail para o professor responder se há provas concretas de que os alunos do Univem são os mais aprovados no Exame de Ordem da OAB, e em Concursos Públicos (Magistratura e Ministério Público).

O e-mail enviado pela autoria do blog foi este:

Bom Dia Professor Roberto da Freiria Estevão

Após nosso diálogo ontem no Univem sobre os critérios do Ranking Universitário Folha e a posição da instituição- Curso de Direito- em face do mesmo.

Indicadores objetivos da avaliação:

E por fim a posição do Curso de Direito do Univem:

Gostaria de que outros critérios apontados pelo professor ontem possam ser enviados para mim para que eu possa fazer um post em meu blog-site.

Atenciosamente,  

Prof. Dr. Milton Marchioli

No final da tarde de hoje o professor Roberto da Freiria Estevão enviou-nos  e-mail respondendo aos questionamentos do blog.

Ipsis litteris

“Prezado Milton;
1. A respeito de revista eletrônica (indagação sua, de ontem), coloquemos no plural: temos duas. Veja:
http://revista.univem.edu.br/
E a “Em Tempo”, como disse, é qualis B3.

No anexo, envio a publicação do ENADE  (até a classificação do UNIVEM). Veja, dentre as que estão antes, em melhor posição, o número de alunos inscritos e os que fizeram a prova (colunas E e F, respectivamente). Você verá, por exemplo, escolas com 3, 23, 16 (UNIP SANTOS – 10a. classificada: 400 vagas, 16 inscritos para o ENADE), 10, 15, 32, 29, 21, 6, 10 (UNIP LIMEIRA), 26 alunos etc. UNIVEM: 150 inscritos, 149 presentes na prova. Tire esses cursos que escolheram os alunos que seriam submetidos à prova do ENADE e você chegará à concreta posição do UNIVEM, bem como de outras Instituições.

Numa rápida visualização dos dados que você encaminhou (do levantamento Folha), que, conforme suas palavras, são objetivos, noto:

a) qualidade de ensino (que tem pontuação alta para o tal ranking: 44 pontos) – é resultado da opinião de 611 professores (objetivo, o critério???). Não seria mais correto usar, para a verificação da qualidade de ensino, o resultado do ENADE, que, efetivamente, a afere? Mas optaram pela subjetiva opinião de alguns avaliadores (a grande maioria, integrantes de fortes instituições privadas, com muita influência no MEC), o que bem explica os resultados que você colou: UNIMAR – 36o. lugar, UNIVEM: 192o. lugar.  Ou você realmente entende que a qualidade do ensino da UNIMAR é melhor (e TÃO MAIS MELHOR – desculpe o proposital erro gramatical para enfatizar a brutal diferença no tal ranking) do que a do UNIVEM? Ou do que a da ITE? Se o é, com toda essa diferença, o que explica os resultados efetivamente OBJETIVOS (pois a qualidade de ensino, nesse ranking da Folha, não é baseada em dado objetivo, e sim opinião subjetiva)?

b) avaliação do mercado (alta pontuação: 36 pontos) – também, decorrente de “opinião” de profissionais (o que é subjetivo). Por que não um levantamento com base em aprovação na OAB e em concursos públicos (estes sim, dados objetivos)? Ou alguém, em sã consciência, entende que, de fato, na avaliação (e percepção) do mercado, um curso como da UNIMAR é muito melhor (mais bem avaliado e percebido) do que o do UNIVEM, ou o da ITE?

c) peso do ENADE (este sim, um critério objetivo) – apenas 4 pontos no Ranking (compare essa pontuação com a da subjetiva qualidade do ensino (44 pontos , 11 vezes mais, baseada na opinião de profissionais) e avaliação do mercado (36 pontos, 9 vezes mais, baseada na subjetiva opinião de profissionais);

d) verifique, ainda, a natureza das instituições que estão melhores ranqueadas e as que não estão (não o fiz). Veja se aquelas não são UNIVERSIDADE e estas CENTRO UNIVERSITÁRIOS, o que, também, explica alguns resultados obtidos junto ao MEC.

Agradeço-te pela atenção e pela preocupação.

Forte abraço.

Prof. Roberto”

Assim, com a resposta oferecida pelo professor Roberto da Freiria Estevão, a autoria do blog sente-se atendida aos questionamentos formulados por meio do e-mail  enviado ao docente da Disciplina de História – Curso de Direito do Univem.

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