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Contra a maré vermelha

contra a maré vermelhaEnfim o livro que todo universitário deveria ler.

Sair do “armário intelectual” imposto pela esquerdofrenia delirante do Brasil dos últimos 12 anos.

Rodrigo Constantino, autor dessa belíssima obra, resume em artigos o que é  ser  um defensor do regime comunista, ou socialistas para os “intelectuais vermelhos” do século XX e XXI.

Contra a maré vermelha reúne 80 crônicas de Rodrigo Constantino publicadas no jornal O Globo entre 2009 e 2014. Sempre de modo original, e sem medo de patrulha da esquerda, o autor destrincha o país em que vivemos, e mais uma vez mostra por que é voz incontornável para o Brasil que não barganha com a democracia.

Vamos a nota do autor:

“A estupidez campeia”, diz um amigo meu filósofo. Nosso querido Brasil, o eterno país do futuro, parece remar, remar, sem com isso sair do lugar. Na verdade, demos até mesmo uns passos para trás. Após décadas da queda do Muro de Berlim e da União Soviética, ainda há quem defenda o socialismo – do século XX ou aquele do século XXI, o mesmo, só que com um manto democrático para enganar os mais ingênuos.

Defensores de Cuba ainda pululam por aí, artistas engajados endossam um governo autoritário e corrupto em troca de patrocínio cultural ou da sensação regozijo com a suposta superioridade moral por parecerem preocupados com os mais pobres, uma clara tentativa de monopólio da virtude. Uma agenda politicamente correta vai asfixiando nossa liberdade de opinião, e reina uma hegemonia de esquerda na política e cultura nacionais, com raras exceções.

Vivemos há 12 longos anos sob o domínio do lulopetismo, uma época não só de mediocridade, como de enaltecimento da própria mediocridade. O PT nivela tudo por baixo, ataca os melhores para valorizar os piores, coloca todos na vala comum para não ter de admitir que existe o joio e o trigo – sendo o próprio PT a parte mais estragada do joio.

O estrago causado pelo desgoverno petista é imenso quando se trata de economia, mas ainda pior quando pensamos em nossos valores como sociedade. O “vale tudo” defendido pelos petistas, seu exacerbado relativismo ético e moral usado para justificar seus “malfeitos”, a banalização da corrupção, tudo isso vai pesar sobre nós por um longo período, e não será fácil reverter o quadro de deterioração de valores.

Os chavistas estão no poder, e avançando cada vez mais. Os bolivarianos tentam destruir nossa democracia de dentro dela, querem usurpar nossa República, ou “coisa pública”, vista pelos chacais como “cosa nostra”. A pilhagem ocorre em escala bilionária à luz do dia, em boa parte impunemente. Nossas estatais foram destruídas. O PT tem cada vez manos adeptos ideológicos e mais sócios no butim, enquanto os trabalhadores são reféns, súditos, não cidadãos.

É nesse contexto que tenho lutado pelas liberdades individuais, pela democracia representativa com claros limites constitucionais ao poder central, pela defesa do capitalismo de livre mercado, enaltecendo os empreendedores que efetivamente criam riquezas e empregos a despeito de tantos obstáculos criados pelo estado, visto por muitos ainda como uma espécie de “messias salvador”.

Por trás desse golpe à nossa democracia, dessa era da mediocridade, há um arcabouço intelectual, uma mentalidade predominante que facilita a marcha dos opressores. É justamente o ranço anticapitalista, o antiamericanismo infantil, o preconceito contra empresários e o ataque ao lucro como motivador que impede uma mudança de rumo do Brasil, para que possa finalmente mergulhar numa trajetória de crescimento sustentável e virar um país desenvolvido, chegar ao futuro, enfim.

Após cinco anos escrevendo colunas quinzenais em O Globo e há pouco mais de um ano com um blog na Veja, acabei virando sinônimo de combate ao lulopetismo, ao socialismo, ao coletivismo. Um ícone da resistência a esses cinquenta tons de vermelho que dominam nossa política. O “trovão da razão”, segundo a Veja, ou o “trombone da direita”, segundo a Época. Para os detratores apavorados e a soldo do PT, sou o “menino maluquinho”.

Mas de maluco não tenho nada. Como o leitor poderá comprovar neste livro, que reúne as 80 melhores crônicas de O Globo sobre temas bastante atuais, procuro escrever usando o cérebro, não as vísceras, e tento embasar meus textos com argumentos e fatos, sem jamais desprezar a lógica. Tenho meu leitor em alta conta e respeito sua inteligência. Não sou infalível, claro, tampouco onisciente. Sei que posso errar, e erro. Mas dou muito valor à honestidade intelectual, e tenho muito apreço pela verdade, pelo bom debate, sincero e construtivo.

Não escrevo para provocar, mas sei que a mensagem liberal ainda encontra forte resistência no Brasil. Foram décadas de lavagem cerebral marxista, que levam tempo até se dissipar. Espero, com esse livro, prestar mais uma colaboração nessa árdua batalha. Após a leitura, tenho certeza de que você, caro leitor, estará melhor armado para também remar contra a maré – ou seria tsnunami? – vermelha.

mare vermelha“Os dois monstros gêmeos, o comunismo e o nazismo, têm vocação genocida. Naquele, o genocídio de classe; neste, o genocídio de raça.”

Roberto Campos