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Injustiça no Brasil ?

lula e dilma- chargeNo Brasil do PT, as mentiras, e a ideia de que  Lula, era o Pai dos Pobres, e o “defensor das minorias”, literalmente mostrou a grande farsa da esquerda do Brasil.

Vamos ao texto de Humberto Migiolaro, médico, escritor, advogado, e membro da Academia Botucatuense de Letras:

Agora eu era o rei, era o bedel e era também juiz. E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz... A impressão que se tem é que o futuro correligionário, poeta e compositor Chico Buarque antevia o esplendor da era Lula da Silva. O rei decretara e o meirinho anunciou solenemente à plebe desvairada que se apinhava diante do castelo: “Por determinação de Sua Alteza a partir desta data fica expressamente proibida a existência e declaração de pobreza e de infelicidade dentro do reino encantado”. Para tal objetivo alem de criar favorecimentos diretos, protecionismos de bolsas até a detentos e congêneres (preveria seu porvir?), benesses e auxílios incontáveis em diversas áreas de extensa visibilidade eleitoral, ordenara por lei que o IBGE alterasse a classificação econômica e social das famílias, elevando à “classe média” famílias com rendimentos de menos de 400 dólares mensais.

Sua magnanimidade e desprendimento não parou por aí. Esqueceu do fundo do coração todos os ranços, ódios e intrigas da elite que tanto odiara e combatera. Passou a receber no seio de sua santa família o convívio de empresários, milionários e magnatas que antes acusara de “câncer da nação”. As relações foram se estreitando cada vez mais intensamente, e, com seu modesto salário de presidente da república tinha a humildade de receber favores, concessões pessoais, confortos, presentes e patrocínios. Lula da Silva mesmo em seus momentos de lazer e relaxamento não olvidava de seus deveres de chefe de estado, e mesmo nos finais de semana sacrificava o merecido repouso recebendo em seu palácio esses terríveis empresários, que certamente além dos aperitivos e churrasquinhos tinham outros inconfessos interesses. Da Silva tinha ouvido para todos, jamais desprezou um conviva por mais bilhardário que fosse; sempre tinha uma palavra amena para cada novo amigo e em rompantes de simplicidade, que só os grandes conhecem, bebia sacrificadamente com eles, oferecendo a cada um uma taça, sem preconceito, de champanhe francês a cachaça nacional, Perdoou velhos desafetos e inimigos políticos. Gente de expressão, como Sarney, Maluf, Collor, Delfim, Barbalho, Renan, Kassab, e outros, em arroubo de penitência, se tornaram seus modestos aliados e colaboradores. 

Para não ofender ou discriminar brasileiros simples milionários e pessoas das mais diversas formações, seu avião, o Aero-Lula era território livre onde políticos de quaisquer facções ligadas ao seu partido, empresários de qualquer etnia branca, ricos, milionários e até auxiliares mais modestos se deliciavam na aeronave abençoada a caminho da gloria da nação, poupando muitas vezes a sacrificada primeira dama de tanta tarefa de anfitriã, levando outra companhia, que se esforçava, mas nunca atingiria a magnitude da fiel companheira. Cuidadoso com o futuro da pátria após sua esplendorosa era cuidou criteriosamente de preparar sucessor à altura do legado de gloria que deixava. Seu fiel escudeiro, companheiro de tantas lutas, profundo intelectual de obscuras composições e oportunos favorecimentos, teve a infelicidade de ver seus dias de liberdade tolhidos pela justiça terrena, mas que o Poder Maior das Comunas há de restaurar. Em emergência Sua Alteza teve a dignidade de oferecer a seqüência do poder a outra seguidora, menos preparada, mas, por linhas tortas, mais humilde, manipulável, determinada e brilhante oradora com script. 

Hoje o ocaso da existência não lhe obsta os passos. Há pouco tempo atingido por terrível moléstia maligna na laringe, soube superar sua desídia contando com a desinteressada colaboração de modesto complexo hospitalar paulistano, onde mesmo em sua contumaz simplicidade era recebido e tratado como digno líder da nação assustada com seus males. Superou o processo neoplásico, e não se sabe se por fibra, determinação ou por ironia do destino, é esse mesmo órgão fonador, a laringe, que lhe garante a subsistência provendo o sustento de sua família com milhares de palestras, a maioria virtual, patrocinadas e super remuneradas pelos mesmos amigos que acolhera em seus domínios. 

A maldade e perversidade da outra parte da elite, a pensante, a imprensa livre e essa chusma de cidadãos que insistem na desprezível missão de trabalhar, desafetos inconformados contra o Pai dos Pobres, o Supremo Libertador dos Miseráveis, tratam de turbar seu inatacável passado. Não aceitam a gratidão e generosidade de empresários até acusados de crimes e falcatruas enormes, mas que no fundo são magníficas e caridosas almas. Agraciaram-no com o conforto de modesto tríplex decorado segundo os desejos da fiel companheira, mas aos latidos dos cães justiceiros tiveram que retirar o nome do ex-presidente às pressas, como se o relativo conforto fosse pecado. Outros mais vorazes ousam acusá-lo de proprietário de pequeno sítio em Atibaia reformado graciosamente pelos velhos amigos empreiteiros e que os sócios de seu talentoso filho adquiriram dois meses antes para acolher parte da insignificante mudança de 33 caminhões com 200 caixas, sendo 37 de bebidas, obras de arte, uma carroça, duas varinhas de pescar e um embornal para lanchinho. 

A turba enfurecida cospe seu nome. Uma voz singela e altaneira irrompe do fundo de sua alma, de dentro do Palácio do Planalto, bradando:

                                   INJUSTIÇA!

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