We are the World. We are PBL made in Brazil

we are the worldO Ano de 2012 começa para os alunos do curso de medicina nas faculdades públicas e ou privadas do país.

Os alunos pedem em muitas dessas faculdades a contratação de docentes  nas cadeiras básicas, laboratórios para  o aprendizado do ensino, conferências com qualidade de ensino e atualizadas, ou seja, mudanças no “PBL made in Brazil”.

Nada contra a metodologia do PBL (Problema Based Learning) ou ABP (aprendizagem baseada em problemas), mas o “PBL made in Brazil” é anacrônico e com forte corrente ideológica do dadaísmo do começo do século 20.

As inenarráveis “Tutorias” : é só  seguir o guia tutorial.

Nada de discussões mais complexas…

Na dúvida de algum aluno: é só indicar o caminho da biblioteca, e o docente defensor do modelo pedagógico vigente logo se  livrará do aluno que almeja uma resposta.

Se o aluno pedir uma explicação ao docente mais complexa:  a  resposta simples será de que tal explicação é contra o método.

Dissimulação pedagógica com ares de pedagogia de vanguarda!

Em tempos confusos, a obviedade ganha ares de sabedoria.

O “PBL made in Brazil” se ancora  também em alguns professores no modelo da docência PBL= Professores Bacanas Licenciosos

Uma combinação perfeita.

O não ensinar institucional ancorado ao não querer ensinar por alguns docentes.

Seria o PBL2

Piada Barata Legalizada + Professores Bacanas Licenciosos !

Uma galhofa pedagógica.

Em cenários de ensino-aprendizagem como USF e ou UBS os profissionais de saúde recebem a denominação de “professor colaborador”.

Max Weber, um dos principais sociólogos do Século XIX enfatiza que a sociedade é reflexo de cada ação social individualmente, ou seja, cada cidadão deve lutar por reformas para minimizar as desigualdades sociais.

Por analogia, luto pela mudança do “PBL made in Brazil”.

Lutar por um método de ensino tradicional  na cadeiras básicas somado a partir do 3º do curso de medicina ao modelo PBL Mc Master e não o “PBL made in Brazil”.

Da maneira como está o “PBL made in Brazil ” posto, é inaceitável, e surreal.

O Fórum Institucional quando ocorre nessas faculdades públicas e ou privadas é sempre devocional ao “PBL made in Brazil” e não é realizado para se debater mudanças na grade curricular da graduação.

Normalmente  O “Super Pedagogo” dessas faculdades diz que somos demais em ensino-aprendizagem:

We are the World.

Na verdade somos o inaceitável:

We are “PBL made in Brazil”

Em síntese – PBL2

we are the world “O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível”.

Max Weber

4 comentários em “We are the World. We are PBL made in Brazil”

  1. “Os alunos bons ficam subestimulados nesse modelo de ensino anacrônico”
    O Prof Marchioli falou tudo o que aconteceu comigo nessa frase.Os alunos que querem levar o curso a sério desde o primeiro ano vêm uma faculdade que realmente oferece um ensino surreal.As UPPs do Primeiro e Segundo Ano são um desperdicio de tempo de tamanha grandeza. Não sabemos para o que serve tais atividades. Muitos dos aluno vão para o bar do bairro onde fica a UPP,lanchar ao invés de ir visitar famílias, como é a proposta, e como se visitar famílias fosse uma atividade muito útil nesse momento.No primeiro ano eu fazia tutoria na edícula de uma casa,onde funciona hoje o laboratório de biologia molecular, ou seja,na casa dos fundos, com ventilador barulhento na parede e quadro negro acabado de ser instalado pelos funcionários da faculdade.Todos ficam super perdidos no primeiro ano.Não sabem como começar.Não sabem nem a definicão das disciplinas,por exemplo,nao sabem o que é semiologia e propedêutica,não sabem quando ler o Guyton,para que serve o Robbins, e por aí vai…..ensino anacrônico e desorganizado. Um tutor do segundo ano durante a tutoria até que foi sincero quando disse aos alunos que se um filho desse passase em Botucatu, e em Marília,recomendaria seu filho ir para Botucatu. Nota-se que quando o DACA quer fazer algo para melhorar,os próprios alunos,muitas vezes ligados a atlética, o pão e circo dessa faculdade, boicotam o diretório. Que me perdoem os dirigentes da Atlética,mas essa é minha opiniao.
    As avaliações da faculdade são ridículas.Três chances para acertar uma pergunta fácil, geralmente fácil. O quarto ano responde duas provas o ano inteiro!!!!É um verdadeiro absurdo!!!
    Nesse todo contexto de ANARQUIA Famemense, eu confesso que adoeci.Que me desculpem meus amigos e os bons professores da FAMEMA,mas seria mais saudável para mim,se tivesse escolhido uma outra faculdade para iniciar o curso de medicina.Tive que transferir para outra faculdade,também PBL. É particular, mas não importa. A sociedade espera bons medicos,nao importando se é de particular ou publica.Aqui temos avaliações a cada duas semanas,com prática de microscopia e em outros laboratorios. As provas duram cerca de uma hora e meia e não deixam o aluno ir para o banheiro.Na FAMEMA,já viu né??? Só faltam colocar livros no banheiro do auditório, e por aí vai.
    Tenho saudade de Marilia.Acho que é possível termos um curso bom e decente na FAMEMA.Mas acho que vai ter que ter muito manifesto para as coisas aí melhorarem. O professor Marchioli dá seu exêmplo, criando esse Blog. Mas o DACA,instituição a qual fiz parte, tem que enfrentar esse desafio também.

  2. Milton meus parabéns . Estranho fato de USP, Escola Paulista, Santa Casa, UERJ, etc continuarem com ensino consagrado, e a querida Famema ainda insistindo neste tal PBL, que para equiparar ao método tradicional há um enorme abismo. Salvemos a Famema. Assinado. LUIS AUGUSTO RINO GUIMARÃES, turma de 1982, 29 anos e 83 dias sem nunca ter assinado atestado de óbito. Só de vida. Saudações .

    1. Ola Luis Augusto
      Obrigado pela moção de apoio para que a Famema acorde desse “modelo” surreal de ensino, criado pelo ex-diretor Roberto Padilha, ladeado pelos simpatizantes defensores do “PBL made in Famema”: Hissachi Tsuji e Roberto Komatsu.
      Todos com admistrações frente à diretoria acadêmica com o modelo da inadmissibilidade de mudanças no modelo pedagógico…
      A nossa Famema vai de mal a pior, visto que uma corrente pedagógica virou filosofa exclusiva de ensino…
      Interessanta Luis Augusto, é que a USP, UNESP, Unicamp, como você bem disse, não usam esse modelo PBL nos cursos de medicina…
      Nós estamos certos ?
      Os outros errados ?
      Será?
      Sem aulas, sem professores, sem biblioteca, sem ensino: tudo é filosofia do “PBL made in Famema”.
      “Ame ou deixe-a”, ouvi do coordenador biônico da quarta série – Sr Cleber Mazzoni – quando indagado pelos alunos em 2009 por melhorias estudantis.
      O coordenador herdou o Princípio do Ato institucional de nº 5 dos tempos da ditadura militar.
      Com a farsa pedagógica montada pelos senhores Roberto Padilha, Hissachi Tsuji e Ricardo Komatsu, o modelo que eu e você fomos ensinados, passou a ser substituído pelo falido modelo “PBL made in Famema”.
      O “facilitador” (antes professor como gostavámos de chamar nossos estimados mestres) finge que ensina nas famosas tutorias (claro, na posse do guia tutorial, pois muitos não são médicos, e coordenam tutorias com contéudos de medicina), e o aluno esperando informação que nunca vem…
      As famosas e sucessivas aproximações anacrônicas…
      O bom aluno tem que se “virar nos 30”, e logo, receberá o conceito satisfatório.
      Conceito, não nota!
      Nâo há nota no “PBL made in Famema “.
      O facilitador não ensina, mas posa, como se fosse…
      Um jogo de cena bem criado, que daria inveja a Spielberg – produtor de filmes sensacionais em Holywood…
      Tudo é um teatro.
      Há até o paciente simulado, no qual o facilitador observa o aluno como se faz o exame físico no ator…
      Mais teatro…
      Eu não quero ser diretor de teledramaturgia…
      Os alunos bons, ficam subestimulados nesse ensino anacrônico.
      O professor tem liberdade de ensinar.
      Assim diz a Carta Magna de 1988:
      Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

      II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
      III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
      VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
      VII – garantia de padrão de qualidade.

      A fameme hoje, com o “PBL made in Famema”, não contempla os incisos em epígrafe.
      Todos não aplicados aqui.
      Modelo de ensino que retira toda a liberdade do professor de ensinar…
      Enfim, agradeço seu apoio Luis Augusto e continue colaborando com suas opiniões para o blog…
      Muito obrigado mesmo, por ter emitido um comentário tão pertinente ao assunto em discussão…
      Obrigado.

  3. Parabéns pelo artigo Dr. Marchioli! Realmente nós somos o mundo, precisamos assumir nossa responsabilidade de estar aqui e agora porque a vida não permite ERRATA. O PBL é uma possíbilidade teórica, mas uma impossibilidade prática. Esse caso PBL – FAMEMA tá parecendo o caso neutrino (Se um astronauta viajasse a uma velocidade maior do que a da luz, voltaria mais novo, ou seja, ele chegaria antes de partir) … que piada … falha técnica!

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