Neuropatias Periféricas. Seminário. Curso de Medicina da Famema

neuropatia periferica 2Seminário apresentado no Ambulatório de Cefaleia-  Ambulatório Mario Covas – disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde – sobre Neuropatias Periféricas  residente em Neurologia Werner Garcia de Souza.

As neuropatias são doenças frequentes em Ambulatórios de Neurologia, pois se apresentam com manifestações sensitivas, motoras ou ambas, e o prognóstico dependerá da causa das mesmas.

Há necessidade no serviço de neurologia de um ambulatório especializado nessa síndrome, pois o diagnóstico precoce e tratamento adequados podem mudar a história  natural das mesmas.

A demora no diagnóstico retarda o tratamento adequado.

Infelizmente, no nosso país existe uma carência de profissionais e ambulatórios  especializados para atendimento dessas patologias.

O Ambulatório de  Cefaleia é  referência para atendimento de casos encaminhados pelo Departamento Regional de Saúde  IX do Estado de São Paulo.

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neuroapatia

Fisiopatogenia da Enxaqueca. Seminário. Curso de Medicina da Famema

enxaquecaA fisiopatogenia da enxaqueca  foi inicialmente  observada pelo pesquisador brasileiro Aristides Leão, ao observar  uma “onda de despolarização”  na córtex cerebral  em exame de eletroencefalograma, e que após essa constatação segue-se a dor de cabeça.

Em 1944, ao trabalhar em sua tese de doutorado pela Universidade de Harvard, o neurofisiologista  brasileiro Aristides Leão descobriu uma reação ocorrida no córtex cerebral e ainda não observada.

O fenômeno foi batizado como “depressão alastrante de Leão”, mas também ficou conhecido como “A Onda de Leão”.

De acordo com as investigações posteriores de Leão, a “depressão alastrante” não ocorre apenas no cérebro, mas também em outras estruturas do sistema nervoso.

O termo depressão alastrante (ou em inglês, cortical spreading depression) refere-se a um fenômeno que ocorre no cérebro em certas situações fisiológicas, e em certas doenças, como a enxaqueca.

A depressão alastrante (identificada pela sigla DA) é uma onda de alterações elétricas nos neurônios e nas suas células de suporte, as células da glia, que segue a parte mais externa do cérebro onde estão os corpos celulares dos neurônios, a substância cinzenta ou córtex cerebral.

Esta onda elétrica causa uma despolarização celular, ou seja, uma alteração da carga elétrica da célula, tipicamente negativa em repouso para positiva quando ativada.

Após esta ativação, sobrevém uma onda de desativação ou inibição, que dura mais tempo e que leva a alterações profundas nas concentrações de certas substâncias (íons ou átomos com carga elétrica). Esta onda se propaga pelo cérebro a uma taxa de 3 a 6 mm (milímetros) por minuto.

A DA foi descrita por um brasileiro, Aristides Leão, em 1943, e é muitas vezes chamada de depressão alastrante de Leão.

A DA pode ocorrer em crises epilépticas, crises de enxaqueca, ou pode ser induzida por lesões cerebrais, como traumas cranianos, hemorragias, como a hemorragia subaracnoidea dos aneurismas cerebrais e como os derrames hemorrágicos, e derrames cerebrais isquêmicos.

Vários estudos sugerem que esta onda de ativação e inibição celular que percorre o córtex cerebral está por baixo dos sintomas apresentados nas enxaquecas (ou migrâneas) com auras, aquelas que são precedidas por alterações visuais (como raios, espectros e arco-íris), ou formigamentos nos membros que duram, tipicamente, minutos (de 10 a 60 minutos em geral).

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dor de cabeça

Epilepsia. Seminário. Curso de Medicina da Famema

EPILEPSIA - PRETOSeminário apresentado pelos acadêmicos Camila A.P. de Oliveira e Bruno H.M. Pizoletto na SOCINEURO para capacitação de alunos  da Famema postulantes a ingresso na SOCIDOR.

A epilepsia é um distúrbio cerebral que envolve convulsões espontâneas e repetidas.

As convulsões (“ataques”) são episódios de perturbação da função cerebral que causa alterações na atenção e no comportamento.

São causadas por sinais elétricos anormalmente excitados no cérebro.

Algumas vezes a convulsão está relacionada a uma condição temporária, como exposição às drogas, abstinência de algumas drogas, febre alta ou níveis anormais de sódio ou glicose no sangue.

Se as convulsões não se repetirem uma vez que tenha sido corrigido a causa clínica subjacente, a pessoa não tem epilepsia necessariamente.

Em outros casos, danos cerebrais permanentes ou alterações no tecido cerebral podem tornar o cérebro anormalmente excitável.

Nesses casos, as convulsões acontecem sem uma causa imediata.

Isso é epilepsia.

A epilepsia pode afetar pessoas de qualquer idade.

A epilepsia pode ser idiopática, o que significa que a causa não pode ser identificada. Essas convulsões geralmente começam entre os 5 e 20 anos, mas podem acontecer em qualquer idade. As pessoas com essa doença não têm outros problemas neurológicos, mas às vezes têm um histórico familiar de convulsões ou epilepsia.

Quando não é idiopática, a epilepsia é chamada de secundária:

  • AVC ou ataque isquêmico transitório (AIT)
  • Doenças que provocam a deterioração do cérebro
  • Demência, como a doença de Alzheimer
  • Lesão cerebral traumática
  • Infecções (incluindo abscesso cerebral, meningite, encefalite, neurosífilis e AIDS)
  • Lesões presentes antes do nascimento (defeitos cerebrais congênitos)
  • Lesões próximas ao momento do nascimento (nesse caso, as convulsões começam na primeira infância)
  • Insuficiência renal ou insuficiência hepática
  • Doenças metabólicas que as crianças podem ter desde o nascimento (como fenilcetonúria)
  • Tumores ou outras lesões estruturais do cérebro (como hematomas ou vasos sanguíneos anormais)

O Ambulatório de Cefaleia recebe encaminhamentos de usuários do SUS pelo Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

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CRISE PARCIAL E GENERALIZADA

Cefaleias Primárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

cefaleia - camiisa brancaSeminário sobre Cefaleias Primárias apresentada pelo Dr. Leonardo Medeiros no Ambulatório de Cefaleia – Ambulatório Mario Covas – disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde no ano de 2010.

A cefaleia é um sintoma universal no ser humano.

Estima-se que 90 a 100% das pessoas terão algum tipo de dor de cabeça ao longo da vida.

As cefaleias são divididas em primárias e secundárias.

As cefaleias primárias mais comuns são: enxaqueca, cefaleia de tensão, cefaleia em salvas.

Outras formas menos comuns de cefaleia primaria incluem a hemicrania continua, a cefaleia nova diária e persistente, cefaleia do esforço, cefaleia da tosse, cefaleia por estímulo frio, hemicrania paroxística crônica.

Cefaleias secundárias são aquelas causadas por alguma outra doença, tal como tumores cerebrais, traumatismo craniano, meningites, acidente vascular cerebral , hidrocefalia, e aneurismas.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) apontou a enxaqueca como a quarta doença crônica mais incapacitante no mundo, atrás apenas da tetraplegia, psicose e demência.

Calcula-se que nos Estados Unidos, o governo calcula perder US$ 12 milhões por ano com funcionários que faltam ao trabalho por causa da patologia.

Quanto à prevalência da enxaqueca, ataca mais as mulheres do que os homens: estudos mostram que de 15% a 18% das mulheres e 6% dos homens apresentam sintomas característicos da doença.

Na população em geral, a incidência atinge 11%.

E, embora o primeiro ataque possa acontecer até na velhice, o mais comum é surgir já na adolescência.

A enxaqueca é uma cefaleia benigna, isto é, não está relacionada a tumores ou outras moléstias graves.

Na crise, o paciente pode sentir intolerância à luz e barulhos ou cheiros, náuseas e ou vômito e tonturas.

A dor é pulsátil ou latejante, ocorrendo de um lado da cabeça, ou alternando de um lado para outro durante os episódios. A duração vai de 4 a 72 horas e costuma piorar com esforço físico e melhorar com repouso e sono.

Algumas pessoas podem sofrer com perturbações visuais (enxergar pontos luminosos) ou formigamentos em alguma parte do corpo.

A Sociedade Internacional de Cefaleia reconhece mais de 150 modalidades de dor de cabeça, e a enxaqueca é uma delas.

Trata-se de uma doença transmitida por meio de genes, que pode ou não causar crises de dor de cabeça, ou seja, o indivíduo pode ter  enxaqueca sem apresentar dor.

Em cerca de 15% dos casos, o quadro de dor é precedido por uma aura premonitória que envolve sinais neurológicos ,como as alterações visuais.

Para caracterizar a enxaqueca e ter certeza do diagnóstico, é necessário apresentar mais de dois dos sintomas: dor unilateral, dor de intensidade média ou forte, latejamento e piora com a movimentação; e um dentre os sinais náusea ou vômito, fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (desconforto provocado por sons) e ou osmofobia (intolerância a cheiros).

O diagnóstico é feito em consultório, com levantamento de dados do histórico e exame neurológico normal.

Acredita-se que, em média, 2/3 dos portadores que recebem tratamento preventivo se beneficiam com redução de 50% no número de ataques.

Tratamento em duas colunas: podemos usar medicamentos como neuromoduladores, tais como antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes e antagonistas de cálcio.

Por fim, na hora de cuidar da crise propriamente dita, o médico pode utilizar triptanos  ou anti-inflamatórios combinado com analgésicos.

O Ambulatório de  Cefaleia recebe encaminhamentos de usuários do SUS  do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

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Cefaleias Primárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

cefaleia - ladoSeminário apresentado pela acadêmica Mariana Dioníso – 4º ano de medicina da Famema abordando  a Classificação das Cefaleias Primárias  –  Ambulatório de Cefaleia – Ambulatório Mário Covas – disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

Nesse seminário há a abordagem da classificação das cefaleias com enfoque nas cefaleias primárias: enxaqueca, cefaleia tensional e cefaleia em salvas.

As cefaleias primárias são muito frequentes no Ambulatório de Neurologia, e queixa frequente na rede de atenção básica de saúde, Unidade Básica de Saúde (UBS), e Unidade de Saúde da Família (USF).

Os novos fármacos lançados no mercado pela indústria farmacológica têm modificado a história natural das cefaleias primárias.

1. Cefaleias Tipo Tensão

Neste tipo de dores de cabeça, o doente tem episódios recorrentes de cefaleia que podem durar de 30 minutos a semanas. A dor é tipicamente bilateral, com caráter em pressão ou aperto, de intensidade fraca a moderada, não piora com atividade física de rotina e não há náuseas ou vômitos. Os doentes podem descrever a dor como sendo semelhante à que ocorre com o uso de uma fita apertada em volta da cabeça. Verifica-se por vezes uma hipersensibilidade considerável dos músculos do crânio, mandíbula e pescoço, facilmente perceptível através da palpação manual.

A Classificação Internacional de Cefaleias classifica as cefaleias tipo tensão em episódica pouco frequente, episódica frequente e crônica, mediante a frequência das crises. Apesar desta ser a cefaleia primária mais comum e com levado impacto sócio-econômico, a sua causa não está ainda bem esclarecida. podendo dever-se a tensão física (contração muscular ), a tensão psíquica (ansiedade prolongada), ou a ambas.

No tratamento são usadas medidas não farmacológicas e farmacológicas mas, em primeiro lugar, é importante identificar os fatores desencadeantes e agravantes, como por exemplo perturbações do ritmo do sono e ansiedade prolongada, tentando eliminá-los.

Medidas não farmacológicas

  1. Deve ser incentivada a terapêutica ergonômica, assente na correção de postura no local de trabalho e na utilização de mesas e assento adequados.
  2. A fisioterapia está indicada sempre que coexistam perturbações ósteo-articulares ou músculo-esqueléticas com fatores desencadeantes ou agravantes da cefaleia.
  3. As técnicas de relaxamento e o biofeedback conseguem uma melhoria em cerca de 50% dos casos, sobretudo quando associadas. A acupuntura parece aumentar o limiar da dor, mas o seu efeito é de curta duração.
  4. As técnicas cognitivo-comportamentais são indicadas quando coexiste depressão, ansiedade ou nas situações em que o stress e os problemas psicológicos (profissionais, familiares e/ou sociais) sejam os principais desencadeantes das cefaleias.

Medidas farmacológicas
Tratamento sintomático
Os analgésicos simples e os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) estão indicados no tratamento dos episódios agudos; todavia não devem ser utilizados mais de 2 vezes por semana. Os relaxantes musculares podem também ser utilizados em tratamentos curtos. Sempre que o número de episódios ultrapasse 15 dias por mês, deve ponderar-se um tratamento preventivo, de modo a evitar um abuso de analgésicos.

Tratamento Preventivo
A terapêutica é baseada na utilização dos antidepressivos clássicos (triciclos) que têm uma ação analgésica independente da anti depressiva, podendo assim ser utilizados em doses pequenas. Os anti depressivos mais recentes, constituem outra opção a considerar. Mais recentemente, e nos casos resistentes às outras medidas, tem sido utilizada a Toxina Botulínica.

2. Cefaleias Trigêmino-Autonômicas (CTA)

Este grupo de cefaleias primárias inclui três subgrupos:

A) Cefaleia em salvas
B) Hemicrania paroxística (HP)
C) Cefaleia unilateral nevralgiforme, de curta duração com injecção conjuntival e lacrimeja mento (SUNCT)

As cefaleias trigêmino-autonômicas (CTA) têm em comum os seguintes fatores: crises com duração de segundos a horas, são unilaterais, têm localização orbitária, supraorbitária ou temporal, são de severidade grave e têm sintomas típicos acompanhantes – olho vermelho, lacrimejamento, congestão nasal e sudorese. Ocorrem geralmente em séries (salvas) que duram semanas ou meses, separados por períodos de melhoria que vão de meses a anos.

É importante sublinhar que quando ocorre pela primeira vez uma cefaleia com características de CTA devem ser excluídas outras causas (malformação vascular craniana, nevralgia do trigêmio, tumor intra craniano), o que requer um exame neurológico apurado e exames de imagem.

Cefaleias em salvas
Geralmente iniciam-se entre os 20 e os 40 anos, sendo a prevalência três a quatro vezes maior em homens, por razões desconhecidas. Nas crises mais fortes, o doente é geralmente incapaz de se deitar e caracteristicamente fica a andar de um lado para o outro.

Hemicrania paroxística (HP)
Surge habitualmente na segunda década e atinge predominantemente o sexo feminino. Os doentes, ao contrário do que se observa na cefaleia em salvas, preferem estar quietos, com a cabeça entre as mãos ou no leito.

Cefaleia unilateral nevralgiforme, de curta duração com injeção conjuntival e lacrimejamento (SUNCT)
Atinge sobretudo os homens. O quadro clínico pode ser mimetizado por lesões que envolvem a hipófise ou a zona posterior do cérebro, razão pela qual deve ser efetuado exame de imagem.

CTA Duração da crise Frequência Distribuição por sexo
Cefaleia em salvas De 15 a 180 minutos De 1 cada 2 dias a 8/dia > Sexo masculino
HP De 2 a 30 minutos > 5 por dia > Sexo feminino
SUNCT De 5 a 240 segundos 3-200/dia > Sexo masculino

 

TRATAMENTO

Cefaleia em Salvas
No tratamento sintomático das crises podem ser utilizados vários agentes terapêuticos: oxigenoterapia, com a administração do oxigênio por máscara por um período de 20 minutos seguido de 5 minutos de descanso, repetindo a administração se necessário; triptanos intra nasais ou em injeção subcutânea (contraindicado nos doentes com hipertensão mal controlada, infarto do miocárdio ou patologia vascular cerebral prévia); lidocaína (substância anestésica) em gotas por via intra nasal e ainda corticosteróides em casos mais complicados.

No tratamento preventivo os fármacos mais utilizados são verapamil e carbonato de lítio.

Verapamil é um fármaco muito utilizado em Cardiologia, razão pelo qual o doente deverá efetuar controle da tensão arterial, pulso e eletrocardiograma ao longo do tratamento, já que o fármaco pode diminuir a condução cardíaca, a pressão arterial e a frequência cardíaca.

O Carbonato de lítio é um fármaco utilizado em psiquiatria, mas a dose utilizado nos doentes com cefaleias em salvas é inferior à utilizada em psiquiatria. O efeito adverso principal é o hipotiroidismo.

Vários fármacos antiepilépticos têm também sido utilizados no tratamento preventivo (ácido valpróico).

Nos casos refratários à terapêutica médica, pode ser efetuado o bloqueio anestésico do nervo grande occipital. Nos últimos tempos, tem vindo a ser utilizada a neuroestimulação hipotalâmica, a qual é uma técnica neurocirúrgica.

Hemicrânia paroxística

O tratamento deve ser feito com indometacina (anti-inflamatório não esteróide), medicamento de eleição, já que é mesmo requisito para o diagnóstico a resposta favorável ao fármaco. A duração do tratamento deve ser prolongada para além da fase dolorosa.

Cefaleia unilateral nevralgiforme, de curta duração com injeção conjuntival e lacrimejamento (SUNCT)

É considerada a cefaleia mais resistente ao tratamento, frequentemente refratária à maioria dos fármacos. Recentemente, têm surgido estudos que apontam para a utilização de lamotrigina (um novo agente antiepiléptico) como o fármaco mais apropriado, por ter causado uma remissão parcial ou completa na maioria dos casos.

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Cefaléia Tensional. Seminário. Curso de Medicina da Famema

cefaleia oculosSeminário de Cefaleia Tensional apresentado pelo acadêmico Mateus Mantovani – 4º ano do curso de medicina da Famema – Ambulatório de Cefaleia –  Ambulatório Mario Covas – disciplinas de Neurologia e Educação em Ciências da Saúde no ano de 2010.

As cefaleias tensionais manifestam-se geralmente de manhã ou às primeiras horas da tarde e pioram ao longo do dia.

Muitas vezes, sente-se uma dor mantida e moderada sobre os olhos ou a nuca, ou então uma sensação de pressão forte (como uma fita apertada à volta da cabeça), que pode acompanhar a dor.

A dor pode abranger toda a cabeça e por vezes irradiar para a região cervical.

Para distinguir as cefaleias tensionais das perturbações mais graves, o médico tem em conta a duração da dor e como o doente a descreve quanto à sua localização, o que a provoca e o que a alivia, e se está associada a outros sintomas, como enjoo, fraqueza, perturbações sensitivas ou inclusive febre.

A dor de cabeça de aparecimento recente que acorda a pessoa, e é invulgarmente aguda, contínua, que aparece a seguir a um traumatismo craniano, ou coincide com outros sintomas como formigueiro, debilidade, falta de coordenação, alterações da visão ou desmaios, é muito provável que não seja uma cefaleia tensional.

Nessa situação aguda provavelmente a causa seja um processo clínico grave que exija uma avaliação pelo médico o mais cedo possível.

O Ambulatório de Cefaleia recebe encaminhamentos do Departamento Regional de Saúde  IX do Estado de São Paulo.

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