Epilepsia. Seminário. Curso de medicina da Famema

Seminário apresentado pela aluna do  4º do curso de medicina da Famema – Eliana Mendes – no Ambulatório Mario Covas- Ambulatório de Cefaleia- disciplinas  Neurologia e Educação em Ciências da Saúde sobre Epilepsia  abordando as crises epilépticas, classificação das crises, e sinais e sintomas dos tipos de  crises que podem se apresentar no curso da Epilepsia.

O conhecimento das crises convulsivas é fundamental para a escolha correta dos anticonvulsivantes, pois existem vários mecanismos diferentes nesse fármacos, e o entendimento dos mesmos proporciona melhor resultado terapêutico.

A classificação dos tipos de crises convulsivas deve ser compreendida pelos alunos do curso de medicina, bem como a epilepsia durante o curso médico.

Epilepsia

Definição:

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas e frequentes.

Causas:

A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose, abuso de bebidas alcoólicas, de drogas, hipóxia no momento do parto, etc.

Sintomas:

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:

A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas,  e é identificada como “ataque epiléptico”. Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, eliminação de urina.

A crise do tipo “ausência” é conhecida como “desligamentos”. A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, e muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores do aluno.

Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse “alerta” mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial  complexa.

Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória

Tratamento:

O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas.

Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis, e então candidatos a intervenção cirúrgica.

No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde.

Como proceder durante as crises:

– coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos;
– introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua;
– levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
– afrouxe as roupas;
– caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
– quando a crise passar, deixe a pessoa descansar;
– verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da crise;
– nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se);
– não dê tapas;
– não jogue água sobre ela.

Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade !

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