Recebi neste final do ano de 2015 a missiva eletrônica do psiquiatra e filósofo José Ademar Zumioti, a qual publico em meu blog trazendo profunda análise sobre a condição humana nesse Século XXI.
A presente análise, a qual concordo em gênero, número e grau, reflete a corrupção instalada nesse governo, nas instituições de um modo geral, e principalmente [e isso é o que é há de pior] nas escolas de ensino, desde pedagogias nefastas até a falta de ensino com qualidade.
Se nada fizermos a colheita será de frutos amargos e venenosos.
Acorda Brasil !
Caro amigo Milton,
Obrigado pela sua atenção fraterna e especial, indicando a presença preciosa de sua receptividade sensível diferenciada e de nosso dom generoso de servir à comunidade dos seres humanos em fase marcante de transição intrínseca e essencial.
Como falamos em outra oportunidade, a separação, em espírito e verdade, entre todos deve dar lugar à plenitude do amor e da compaixão. Entretanto, as perversas e vampirescas elites profanas dominantes, beneficiárias do agônico sistema mercantilista mundial, ao lado do mórbido comodismo dos povos institucional e culturalmente dominados por elas, tudo fazem para adiar, por mais algum tempo, o salto intrínseco de qualidade que se aproxima de forma incontida em nível global, atingindo até mesmo o corpo do planeta.
Sem dúvida, se depender do ser humano terreno, este planeta vai se transformar na “Grande Babilônia” do sistema solar. Que bobagem o ser humano faz, comprando uma briga frontal e irresponsável com as leis da vida!
Apesar da doença anímica geral, a soberania das leis da vida, através da sucessão de abalos cada vez mais contundentes, vai determinar aquilo que dialética e pedagogicamente tem que ser, já é e irremediavelmente será.
A sociedade brasileira terá de aprender a ler, meditar, cultivar o sentido fidedigno da cidadania, aceitar a educação da alma como fundamento da justiça social, eliminar de vez qualquer resquício de exploração do homem pelo homem, libertar-se da escravidão ao primitivo prazer dos sentidos e alcançar por fim a sintonia plena com os valores sagrados da vida; afastando-se definitivamente do condicionamento antipedagógico ao antropocentrismo profano que inviabiliza o mergulho no resplendor da imortalidade.
Os desmandos políticos e sociais são simples consequência da falta de educação da alma que atinge a esmagadora maioria das pessoas, independente da profana classe social a que se pertença. Por outro lado, é verdade que nem sempre a educação formal vem acompanhada pelo resplendor da verdadeira educação da alma.
Além disso, o abismo de fundo psicopedagógico ainda existente entre a ciência e as religiões oficiais determina uma dificuldade suplementar para a busca da superação dos paradigmas contingentes predominantes; determinando que a maioria das pessoas, repetindo o comportamento estereotipado e espiritualmente lesivo das profanas elites dominantes, torna-se intrinsecamente uma reacionária de marca maior.
Tudo isso leva o ser humano a estabelecer, em geral, com seu semelhante um “mútuo parasitismo de fundo vampiresco e estarrecedor”; levando, como defesa psicológica antifuncional, à arrogância, ao suicídio e homicídio inconscientes, à frieza afetiva e à ausência de compaixão.
Repetindo o que já dissemos anteriormente. Tudo faremos, apesar da falta de apoio infraestrutural para o estabelecimento providencial de novas parcerias de vida magistrais, para continuar nosso trabalho a favor da comunidade dos seres humanos ainda intrinsecamente tão jovem.
Custe o que custar, devemos continuar buscando, acima das injunções de ordem contingente, o resplendor da compreensão fidedigna sobre nossa destinação básica de vida e sobre a autenticidade do sentido sagrado da compaixão dentro de nós.
Apesar de tudo, boa sorte para todos nós!
Antes de finalizar, gostaria de dizer o seguinte.
Neste final de ano, durante três semanas, trabalhei de forma redobrada, dedicando-me à comunicação nominal e personalizada, via missiva eletrônica ( isto é, via e-mail), com quase quatrocentas pessoas amigas que residem no Brasil e no exterior.
Projetando a compreensão da realidade no contexto geral, pude comprovar que a maioria das pessoas tende a continuar sem conhecimento de causa maior em relação à alienação geral. Mas temos notado que as exceções aumentam cada vez mais.
É verdade que quando encontramos uma exceção magistral, ficamos de novo magicamente joviais, mais do que habitualmente sempre procuramos estar. Por seu lado, o trabalho necessariamente intensificado pode nos redimir de nós mesmos ao nos aproximar da essência imortal do Outro.
Entretanto, a dor de existir neste “rude planeta de provas e expiações” não largará jamais nenhum de nós enquanto estivermos necessariamente por aqui. Mas é verdade que a magia da solidão criadora tem o poder de divinamente nos elevar acima de nossas tênues forças.
Grato pela sua atenção especial, caro amigo Milton.
Abraço caloroso. José Ademar”.
“O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”.
Provérbios 1:7