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Novas reflexões sobre a condição humana no Século XXI

SALMO 16.8- CONFIAR EM DEUSRecebi neste final do ano de 2015 a missiva eletrônica do psiquiatra e filósofo  José Ademar Zumioti, a qual publico em meu blog trazendo profunda análise sobre a condição humana nesse Século XXI.

A presente análise, a qual concordo em gênero, número e grau, reflete a corrupção instalada nesse governo, nas instituições de um modo geral, e principalmente [e isso é o que é há de pior] nas escolas de ensino, desde pedagogias nefastas até a falta de ensino com qualidade.

Se nada fizermos a colheita será de frutos amargos e  venenosos.

Acorda Brasil !

Caro amigo Milton,

Obrigado pela sua atenção fraterna e especial,  indicando a presença preciosa de sua receptividade sensível diferenciada e de nosso dom generoso de  servir à comunidade dos seres humanos em fase marcante de transição intrínseca e essencial.

Como falamos em outra oportunidade, a separação, em espírito e verdade, entre todos deve dar lugar à plenitude do amor e da compaixão. Entretanto, as perversas e vampirescas elites profanas dominantes, beneficiárias do agônico sistema mercantilista mundial, ao lado  do mórbido comodismo dos povos institucional e culturalmente dominados por elas, tudo fazem para adiar, por mais algum tempo, o salto intrínseco de qualidade que se aproxima de forma incontida em nível global, atingindo até mesmo o corpo do planeta.

Sem dúvida, se depender do ser humano terreno, este planeta vai se  transformar na “Grande Babilônia” do sistema solar. Que bobagem o ser humano faz, comprando uma briga frontal e irresponsável com as leis da vida!

Apesar da doença anímica geral, a soberania das leis  da vida, através da sucessão de abalos cada vez mais contundentes, vai determinar aquilo que dialética e pedagogicamente tem que ser, já é e irremediavelmente será.

A sociedade brasileira terá de aprender a ler, meditar, cultivar o sentido fidedigno da cidadania, aceitar a educação da alma como fundamento da justiça social, eliminar de vez qualquer resquício de exploração do homem pelo homem, libertar-se da escravidão ao primitivo prazer dos  sentidos e alcançar por fim a sintonia plena com os valores  sagrados da vida;  afastando-se definitivamente do condicionamento antipedagógico ao antropocentrismo profano que inviabiliza o mergulho no resplendor da imortalidade.

Os desmandos políticos e sociais são simples consequência da falta de educação da alma que atinge a esmagadora maioria das pessoas, independente da profana classe social a que se pertença. Por outro lado, é verdade que nem sempre a educação formal vem acompanhada pelo resplendor da verdadeira educação da alma.

Além disso, o abismo de fundo psicopedagógico ainda existente entre a ciência e as religiões oficiais determina uma dificuldade suplementar para a busca da superação dos paradigmas contingentes predominantes; determinando que a maioria das pessoas, repetindo o comportamento estereotipado e espiritualmente lesivo das profanas elites dominantes, torna-se intrinsecamente uma reacionária de marca maior.

Tudo isso leva o ser humano a estabelecer, em geral, com seu semelhante um “mútuo parasitismo de fundo vampiresco e estarrecedor”; levando, como defesa psicológica antifuncional, à arrogância, ao suicídio e homicídio inconscientes, à frieza afetiva e à ausência de compaixão.

Repetindo o que já dissemos anteriormente. Tudo faremos, apesar da falta de apoio infraestrutural para o estabelecimento providencial de novas parcerias de vida magistrais, para continuar nosso trabalho a favor da comunidade dos seres humanos ainda intrinsecamente tão jovem.

Custe o que custar, devemos continuar buscando, acima das injunções de ordem contingente, o resplendor da compreensão fidedigna sobre nossa destinação básica de vida e sobre a autenticidade do sentido sagrado da compaixão dentro de nós.

Apesar de tudo, boa sorte para todos nós!

Antes de finalizar, gostaria de dizer o seguinte.

Neste  final de ano, durante três semanas, trabalhei de forma redobrada,  dedicando-me à comunicação nominal e personalizada, via missiva eletrônica ( isto é, via e-mail), com quase quatrocentas pessoas amigas que residem no Brasil e no exterior.

Projetando a compreensão da realidade no contexto geral, pude comprovar que a maioria das pessoas tende a continuar sem conhecimento de causa maior em relação à alienação geral. Mas temos notado que as exceções aumentam cada vez mais.

É verdade que quando encontramos uma exceção magistral, ficamos de novo magicamente joviais, mais do que habitualmente sempre procuramos estar. Por seu lado, o trabalho necessariamente intensificado pode nos redimir de nós mesmos ao nos aproximar da essência imortal do Outro.

Entretanto, a dor de existir neste “rude planeta de provas e expiações” não largará jamais nenhum de nós enquanto estivermos necessariamente por aqui. Mas é verdade que a magia da solidão criadora tem o poder de divinamente nos elevar acima de nossas tênues forças.

Grato pela sua atenção especial, caro amigo Milton.

Abraço caloroso. José Ademar”.

SER LUZ DO MUNDO - MATEUS 5-14

“O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”.
Provérbios 1:7

Vida: o bem indisponível !

OLYMPUS DIGITAL CAMERAA vida é o bem maior a ser cultivado, ainda que muitos procurem fama, poder e dinheiro, corrompendo-se a si mesmo e aos demais.

Ao receber a missiva do estimável amigo e escritor doutor José Ademar Zumioti, a publico no objetivo de refletirmos nossos ideias para 2016: a preservação da vida, e vida digna!

O direito a permanecer vivo é sim uma conquista que o tempo, as mudanças de comportamento, os novos valores erigidos não poderão descartar simplesmente, como uma peça de um antiquário que foi vendida.

A vida é a conquista inalienável do ser humano que recusa-se a ser mercadoria de consumo, escambo de troca.

Viver e viver dignamente !

Ótimo 2016 a todos os leitores do blog !

Caro amigo Milton,

Apesar dos efeitos intrínsecos e extrínsecos que a atual  crise  de  transição planetária determina para todos nós, atingindo pedagogicamente o corpo e a alma deste planeta, assim como o corpo e a alma de cada um de nós; apesar da sensação de pedagógico desamparo que atinge as profundezas pouco conhecidas de nosso ser de amor; apesar da sede de beleza e liberdade que a tímida união entre todos nós é ainda incapaz de reconhecer e de saciar; apesar da compreensão  ainda acanhada  da imensa maioria    em relação ao significado essencial dos fatos e das verdades, que se avolumam de forma dialeticamente avassaladora e pertinente por todos os cantos do planeta; apesar da intensificação catártica da angústia de morte em nossos  meigos corações, sem uma evidente contrapartida redentora no aqui e no agora; apesar do bloqueio patológico da compaixão, inclusive na interioridade daqueles e daquelas que esperam por cada um de nós; apesar da ausência aparente de benefícios secundários para quase todos e da falta de sintonia mais ampla com as virtudes de alma que poderiam legitimar a expressão renovadora dos  benefícios essenciais para todos  sem exceção, até mesmo  para aqueles que são considerados como decaídos em espírito e verdade; apesar disso tudo e de muito mais que nos desafiam sem meias-medidas, exigindo que amemos além de nós; apesar da morte aparente do encanto que amparava a poética de nosso devaneio libertário e a plenitude de  nossa inocência desvinculada do fulcro do lugar-comum; apesar da agonia de nosso amor que não encontra mais eco no âmago da comunidade conflagrada em espírito e verdade; apesar da intensificação natural e necessária dos choques de polaridades e da luta dos contrários, levando à ampliação dos confrontos fratricidas de quase todos entre si; apesar do predomínio, por mais algum tempo, do agônico e profano sistema mercantilista mundial apoiado de forma criminosa pelas denominadas potências ocidentais, lideradas por fora pelos seus patéticos e caricatos representantes oficiais; apesar daqueles que representam o “contraditório essencial” em relação às potências ocidentais se encontrarem dramaticamente encurralados e aparentemente sós diante do poder bélico mortal das ditas cujas; apesar do aparente silêncio de Deus, deixando tudo correr pedagógica e terapeuticamente à solta; apesar de não termos nada a comemorar no plano profano, como quase todos o fazem, em virtude de nossa lucidez divinamente insurrecional; apesar disso tudo e de muito mais que nos assolam sem piedade, mesmo assim, no auge de nosso exílio de alma pedagogicamente revelador neste rude planeta, desejo a você, sua família,  seus colaboradores, seus amigos, nossos amigos e todos nós, caro amigo Milton, um bem maior de vida marcado  pelo sublime acalento de alma e pela transmutação emblemática de nosso ser interior, não apenas durante as tradicionais festas de fim de ano que se aproximam, mas sobretudo por toda a eternidade de nosso aprendizado singular em relação à plenitude do amor e da compaixão. 

Grato pela sua atenção especial, caro amigo Milton.

Abraço caloroso. José Ademar.

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