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Vida: o bem indisponível !

OLYMPUS DIGITAL CAMERAA vida é o bem maior a ser cultivado, ainda que muitos procurem fama, poder e dinheiro, corrompendo-se a si mesmo e aos demais.

Ao receber a missiva do estimável amigo e escritor doutor José Ademar Zumioti, a publico no objetivo de refletirmos nossos ideias para 2016: a preservação da vida, e vida digna!

O direito a permanecer vivo é sim uma conquista que o tempo, as mudanças de comportamento, os novos valores erigidos não poderão descartar simplesmente, como uma peça de um antiquário que foi vendida.

A vida é a conquista inalienável do ser humano que recusa-se a ser mercadoria de consumo, escambo de troca.

Viver e viver dignamente !

Ótimo 2016 a todos os leitores do blog !

Caro amigo Milton,

Apesar dos efeitos intrínsecos e extrínsecos que a atual  crise  de  transição planetária determina para todos nós, atingindo pedagogicamente o corpo e a alma deste planeta, assim como o corpo e a alma de cada um de nós; apesar da sensação de pedagógico desamparo que atinge as profundezas pouco conhecidas de nosso ser de amor; apesar da sede de beleza e liberdade que a tímida união entre todos nós é ainda incapaz de reconhecer e de saciar; apesar da compreensão  ainda acanhada  da imensa maioria    em relação ao significado essencial dos fatos e das verdades, que se avolumam de forma dialeticamente avassaladora e pertinente por todos os cantos do planeta; apesar da intensificação catártica da angústia de morte em nossos  meigos corações, sem uma evidente contrapartida redentora no aqui e no agora; apesar do bloqueio patológico da compaixão, inclusive na interioridade daqueles e daquelas que esperam por cada um de nós; apesar da ausência aparente de benefícios secundários para quase todos e da falta de sintonia mais ampla com as virtudes de alma que poderiam legitimar a expressão renovadora dos  benefícios essenciais para todos  sem exceção, até mesmo  para aqueles que são considerados como decaídos em espírito e verdade; apesar disso tudo e de muito mais que nos desafiam sem meias-medidas, exigindo que amemos além de nós; apesar da morte aparente do encanto que amparava a poética de nosso devaneio libertário e a plenitude de  nossa inocência desvinculada do fulcro do lugar-comum; apesar da agonia de nosso amor que não encontra mais eco no âmago da comunidade conflagrada em espírito e verdade; apesar da intensificação natural e necessária dos choques de polaridades e da luta dos contrários, levando à ampliação dos confrontos fratricidas de quase todos entre si; apesar do predomínio, por mais algum tempo, do agônico e profano sistema mercantilista mundial apoiado de forma criminosa pelas denominadas potências ocidentais, lideradas por fora pelos seus patéticos e caricatos representantes oficiais; apesar daqueles que representam o “contraditório essencial” em relação às potências ocidentais se encontrarem dramaticamente encurralados e aparentemente sós diante do poder bélico mortal das ditas cujas; apesar do aparente silêncio de Deus, deixando tudo correr pedagógica e terapeuticamente à solta; apesar de não termos nada a comemorar no plano profano, como quase todos o fazem, em virtude de nossa lucidez divinamente insurrecional; apesar disso tudo e de muito mais que nos assolam sem piedade, mesmo assim, no auge de nosso exílio de alma pedagogicamente revelador neste rude planeta, desejo a você, sua família,  seus colaboradores, seus amigos, nossos amigos e todos nós, caro amigo Milton, um bem maior de vida marcado  pelo sublime acalento de alma e pela transmutação emblemática de nosso ser interior, não apenas durante as tradicionais festas de fim de ano que se aproximam, mas sobretudo por toda a eternidade de nosso aprendizado singular em relação à plenitude do amor e da compaixão. 

Grato pela sua atenção especial, caro amigo Milton.

Abraço caloroso. José Ademar.

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