Arquivo da tag: Diretoria de Graduação

Quem matou Odete Roitman ? Quem matou o ensino tradicional da Famema ?

O Brasil de 24 de dezembro de 1988, que sofria com o monstro da inflação e a perda de Chico Mendes, quando se preparava para a ceia de Natal, dormiu com uma pergunta que misturou política, mistério e o desvio da atenção nacional – quem matou Odete Roitman ?

O maior destaque da trama foi Odete Roitman, interpretada pela atriz Beatriz Segall, considerada a maior vilã da história da teledramaturgia brasileira.

Outro destaque foi Glória Pires interpretando Maria De Fátima, sendo considerada uma das piores vilãs de todos os tempos, também eleita “a filha mais ingrata da TV”, que chegou a vender seu próprio filho, e deixar sua mãe no “olho da rua”.

No último capítulo, revela-se que Odete Roitman havia sido morta, por engano, por Leila, que pensa estar atirando em Maria de Fátima, a qual havia se tornado amante de seu marido, ex-genro de Odete (Reginaldo Faria). Por fim, descobriu-se que Leila (Cássia Kiss), acabou matando Odete de Almeida Roitman por engano, pensando que estava atirando em Maria de Fátima (Glória Pires).

Marco Aurélio foge do país com a mulher Leila e dá uma “banana” (gesto ofensivo) para o Brasil.

A novela foi sucesso total.

E por analogia…

Parafraseando a geração dos anos 90 do Brasil do século 20.

Quem votou na Coordenadoria do Curso de Medicina da Famema ?

Eu não votei…

Houve eleição ?

Como pode ser coordenador ou coordenadora  sem legitimidade no cargo?

Cargo biônico ?

Manda quem pode…

Obedece quem tem juízo ?

Herdou o cargo por herança ?

Defensor ou defensora do “PBL made in Famema”

“PBL made in Famema “- a grande farsa pedagógica travestida de pedagogia de vanguarda.

Sem aulas, sem laboratórios, e sem docentes nas cadeiras básicas e clínicas  (como exemplo: uma docente de anatomia para  640 alunos- 480 da medicina e 160 da enfermagem).

Anacrônico…

Não há aulas de anatomia, fisiologia, histologia,  microbiologia, parasitologia,  genética, patologia, imunologia,  farmacologia, bioquímica, estatística etc.

O não fazer se transformou em pedagogia de vanguarda !

Dar aulas e seminários com alunos é avaliado como ultrapassado, e como diria o jovem universitário de hoje, do século 21: ” está fora do método facilitador (outrora chamado professor) “.

É o curso de medicina sem professor.

E claro, ainda mais na vanguarda: o curso não tem notas.

Conceito: satisfatório para passar de ano.

Interessante que no dia  a dia não queremos nada na vida satisfatório.

Queremos o padrão da excelência.

Logo, virá o curso de medicina com aprovação automática no “PBL made in Famema “.

Sem sem aulas, sem professores, sem laboratórios, sem conteúdos.

Em 2009  houve 5 conceitos insatisfatórios para alunos, e a coordenadoria me afastou das atividades do terceiro ano do curso de medicina, pois eu não poderia fazer esse “juízo crítico” de avaliação de aluno.

Não se pode mais avaliar aluno e aplicar conceito insatisfatório (a coordenadoria afirmou que a avaliação estava equivocada, pois a mesma é formativa em uma espiral de conhecimentos e aproximações), então, se pode afirmar, em tese, de que no modelo “PBL made in Famema “, só se está autorizado a emitir conceito satisfatório na avaliação de aluno.

Professor deve avaliar o  aluno, e não ” fingir avaliar”.

Mas, uma pergunta deve ser feita…

Quem votou na coordenadoria do curso de medicina se não há previsão legal  e nem eleição?

Por que se mantém tanto tempo no cargo os coordenadores de curso ?

Não há pessoas  competentes para funcionar a engenharia logística do “PBL made in Famema” ?

Ou,  há fissuras latentes, melhor crateras nesse modelo de ensino-aprendizagem, e  ninguém em sã consciência, com o mínimo de ética profissional sucederia a coordenação de uma farsa pedagógica, se não fosse permitida uma ampla  reforma nesse modelo de ensino.

Alunos fizeram um grande movimento de greve no ano de 2011

Mudou alguma coisa ?

Nada !

Mantém-se o “PBL made in Famema”: sem aulas, sem laboratórios, sem professores em número suficientes para o ensino,  sem aulas de neurologia, cardiologia, hematologia, pneumologia, pediatria, ginecologia, clínica cirúrgica, clínica  médica, etc.

É o sucateamento da educação com ares de  pedagogia de vanguarda.

Herança do ex-diretor Roberto Padilha, e seu modelo de gestão: “PBL made  in Famema”.

Muitos docentes estão  dialogando para compor uma nova diretoria com  possibilidade de reforma pedagógica da Famema.

A Famema ainda está mais distante dos melhores índices avaliadores de educação,  ou do MEC, e não superioridade do ensino “PBL made in Famema” em comparação a outras faculdades de medicina, como Unesp, USP e Unicamp.

A nota sempre alta do Enade – mérito dos alunos, e do Med Curso/SJT.

Professor que leciona na Famema não tem salas particulares de trabalho.

Há necessidade imperiosa de se ter a Famema com mais qualidade de ensino.

Permitir e legitimar votos para coordenadores de série, de cursos e diretorias.

Fim dos cargos biônicos !

Democracia na universidade.

Fim da ditadura pedagógica – “PBL made in Famema”

E a pergunta que não pode ser calada…

Quem matou o ensino tradicional da Famema ?

Autor isolado ou em concurso de pessoas para cometer o crime do  artigo 171 do Direito Penal: o estelionato pedagógico.

Em defesa do ensino público com qualidade !

“Direitos do homem, democracia e paz são três momentos necessários do mesmo movimento histórico: sem direitos do homem reconhecidos e protegidos, não há democracia e sem democracia, não existem condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos”.

Norberto Bobbio