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Cefaleias Secundárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

cefaleia secundariaSeminário apresentado pelos alunos do 4º ano do curso de medicina da Famema Ana Claudia Heiras e Daniel Shuiti Igarashi Ueno durante estágio no Ambulatório de Cefaleia – Ambulatório Mario Covas- disciplinas de Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

A dor de cabeça é um sintoma comum em adultos e crianças, sendo responsável por elevado número de consultas médicas, principalmente neurológicas. Os pacientes frequentemente associam sua dor à possibilidade da existência de uma patologia potencialmente grave, como tumor ou aneurisma intracraniano.

Lembrando que apenas o profissional de saúde especificamente treinado poderá oferecer tratamento adequado para sua dor de cabeça, e algumas orientações podem ser úteis.

A Sociedade Internacional de Cefaleias divide as cefaleias em dois grandes grupos.

O primeiro compreende as cefaleias primárias, aquelas que constituem em si mesmas a doença.

O exemplo clássico é a migrânea sem aura, anteriormente denominada enxaqueca comum, e que atinge aproximadamente 16% das mulheres .

O segundo grupo é formado pelas cefaleias secundárias, que fazem parte do cortejo sintomatológico de uma doença qualquer, seja esta primária do sistema nervoso central ou sistêmica.

Embora as dores de cabeça na sua grande maioria sejam primárias, o risco representado por algumas cefaleias secundárias justifica a preocupação de pacientes e médicos.

Há médicos que se interessam de forma especial pelo estudo das cefaleias e sendo chamados de cefaliatras.

Na grande maioria dos casos, trata-se de neurologistas. Você deveria consultar um desses profissionais, quando:

  1. a dor for de instalação súbita, principalmente se acompanhada a vômitos, tonturas, alterações da consciência, convulsão;
  2. a dor se associa a transtornos neurológicos, como rigidez de nuca, dificuldades para falar, fraqueza ou alterações de sensibilidade em braço, perna ou face; a dor se associa à febre; trata-se da “pior dor já experimentada pelo paciente”;
  3. a dor se iniciou após os 50 anos;
  4. a dor tem caráter progressivo, não respondendo mais a analgésicos; houver aparecimento de uma dor de cabeça nova e diferente daquela já experimentada pelo paciente;
  5. o paciente encontra-se em tratamento de algum tipo câncer ou de síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA);
  6. há história de queda ou trauma de crânio recente;
  7. quando houver abuso de analgésicos, mesmo naqueles pacientes sabidamente portadores de cefaleia primária (uso de mais de 15 comprimidos de analgésicos por mês, nos últimos seis meses). O uso abusivo de analgésicos é a causa mais comum da transformação de dores esporádicas (tipo migrânea) em cefaleia crônica diária.

Um dos mais importantes estudos populacionais sobre dor de cabeça revelou que as cefaleias secundárias mais frequentes foram as associadas à ressaca alcoólica e a processos febris comuns como as infecções das vias aéreas superiores (rinossinusites, faringites, amigdalites, etc).

Entre as patologias graves que determinam cefaleia secundária, incluem-se as hemorragias cérebro-meníngeas, as meningites, os tumores cerebrais e os hematomas intracranianos.

O Ambulatório de Cefaleia recebe encaminhamentos de 62 municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

abuso de analgesicos

Cefaleias Primárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

dor de cabeça iluminadaSeminário apresentado pelos alunos do curso de medicina da Famema – 4º ano – Gabriela Digmanese Cantovitz e Higor Martins revisando as principais Cefaleias Primárias – Ambulatório de Cefaleia – Ambulatório Mario Covas – disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

As cefaleias primárias mais comuns são: enxaqueca, cefaleia de tensão e cefaleia em salvas.

Outras formas menos comuns de cefaleia primária incluem a hemicrania continua, a cefaleia nova diária e persistente, cefaleia do esforço, cefaleia da tosse, cefaleia por estímulo frio, hemicrania paroxística crônica.

Especialistas em cefaleia geralmente tratam também de dores faciais, como a neuralgia do trigêmeo, dor facial atípica, e dor miofascial.

Vários medicamentos podem ser úteis para interromper uma crise de cefaleia: analgésicos comuns, anti-inflamatórios, ergotamina, dipirona, combinações analgésicas e triptanos.

Medicamentos preventivos podem ser receitados por médicos para pessoas que apresentam cefaleia com frequência alta ou com crises de forte intensidade e que não respondem satisfatoriamente à medicação sintomática, ou ambos.

O ambulatório e Cefaleia da Famema recebe atendimento de usuários de 62 municípios  pertencentes ao Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

Em defesa do SUS !