Crise no ensino superior da Faculdade de Medicina de Marília – Famema- em 2013

Desde o último dia 26 de agosto de 2013 os servidores  da Fumes e Famar entraram em greve na autarquia de ensino Famema.

Motivo- falta de estrutura no ensino, na assistência do Hospital das Clínicas de Marília, e baixa remuneração dos servidores e docentes.

24 horas após, a Associação dos Docentes anunciava sua posição no movimento. Greve  iniciada dia 02/09/2013 .

48 horas depois, os alunos também decidiram pela greve. Greve iniciada greve em dia 28/08/2013.

96 horas depois os residentes do Hospital das Clínicas de Marília anunciavam adesão  ao movimento grevista.  Greve iniciada dia 03/09/2013.

A maior crise institucional da Famema superando a de 2011.

Crise que se arrasta com os alunos desde 2011.

Em 2011 segundo semestre uma  poderosa crise institucional.

Motivo- alunos queriam contratação de mais professores, discussão da grade curricular, laboratórios abertos com professores em tempo integral, transporte para as Unidades de Saúde da Família, onde ocorre a Unidade de Prática Profissional, e  ainda a construção de refeitório universitário.

Em 2013 no primeiro semestre uma nova crise institucional.

Motivo ? alunos queriam contratação de mais professores, discussão da grade curricular, laboratórios abertos com professores em tempo integral, transporte para as Unidades de Saúde da Família, onde ocorre a Unidade de Prática Profissional, e  ainda a construção de refeitório universitário.

Em 2013 no segundo semestre outra crise institucional.

Crise generalizada- servidores da Fumes, Famar, docentes, residentes e alunos reivindicando melhorias na infraestrutura da saúde pública e no ensino.

A mesma pauta ignorada pelo Diretoria Geral da Faculdade de Medicina na gestão de  2009 a 2012.

Na CPI da Fumes houve a conclusão em dezembro de 2012 evidenciando irregularidades administrativas.

Aprovada por unanimidade pelos vereadores em sessão extraordinária.

Na gestão 2009-2012 houve 300 vagas disponibilizadas pelo Estado para concurso público que nunca foram preenchidas.

Motivo ?

Arquivo X.

Sendo assim, depois de quatro anos de uma gestão administrativa de eficácia questionável  culminou em um desaguadouro de aspirações e incertezas por servidores da Fumes e Famar, docentes, residentes e alunos.

Não podemos esquecer que a Famema tem duas missões intransferíveis e irrenunciáveis:

Ensino e Saúde Pública.

E para tanto, condições de trabalho adequadas, incluindo infraestrutura, plano de cargos, carreira e salários, remuneração digna para os servidores da Fumes e Famar, e fim das terceirizações não necessárias.

É certo que o dinheiro sempre foi apertado, mas apontar falta de apoio do governo estadual, e não observar à ineficiência administrativa local como forma de “lavar as mãos” e desviar o foco da greve não parece ser a saída mais racional, mas sim emocional.

A culpa é do governo ?

Não  há culpados na gestão atual ?

Simples raciocínio.

Mas, inverídico.

A Faculdade Rio Preto foi estadualizada em 1994 e deslanchou.

Uma faculdade de ponta hoje…

Precisa-se ter uma  pauta comum nessa crise institucional de 2013:

Ensino e Saúde Pública com qualidade.

A greve teve também como fator catalisador as baixas remunerações dos servidores da Fumes e Famar nos últimos 20 anos.

Segundo dados apontados por peritos contábeis, a deficiência salarial para servidores da Unesp, USP e Unicamp chegam a 35%.

Como nenhuma universidade pública sinalizou até hoje que queira encampar a Famema, os servidores da Fumes e Famar vivem de migalhas do governo estadual.

É fato que a Famerp está melhor financeiramente que a Famema, mas é certo também, que os diretores da mesma sempre tentaram vincular a remuneração dos servidores da Famerp aos valores oferecidos pelas grandes universidades do Estado de São Paulo.

A Famerp se modernizou desde 1994.

A Famema envelheceu, empobreceu e ficou sucateada.

Nessa crise institucional da Famema sem precedentes precisamos de uma pauta única:

Encampação pela Unesp ou um até mesmo um instituto isolado, mas com padrão administrativo com excelência na gestão.

O padrão Unesp de gerenciamento administrativo das faculdades espalhadas pelo interior do Estado de São Paulo.

Paradigma- Faculdade de Medicina de Botucatu.

Uma faculdade dos sonhos:

Ensino, Assistência e Pesquisa.

Pesquisa, pouco efetuada em nossa Famema.

Por inúmeras razões…

Desde falta de estrutura até falta de pós-graduação equipada para tal desafio: o de pesquisar.

Nessa crise institucional inafastável é a da reflexão do porquê estar isto acontecendo…

Muitas são as respostas.

Mas apenas uma solução para o salto de qualidade institucional.

A luta geral por melhorias já!

Os servidores pediram apoio aos vereadores de Marília.

Foram recebidos e prometeram ajudar.

Lutar e não se entregar a migalhas no ensino e na saúde pública.

Servidores da Fumes e Famar, docentes, residentes e alunos querendo ensino e saúde pública com qualidade.

Afinal, a autarquia Famema atende 62 municípios do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

Sem luta não há vitórias !

Uma luta justa e perfeita !

ASSEMBLEIA DOS ALUNOS MONSTRUOSA“Não adianta dizer: Estamos fazendo o melhor que podemos. Temos que conseguir o que quer que seja necessário”.

Winston Churchill

2 comentários em “Crise no ensino superior da Faculdade de Medicina de Marília – Famema- em 2013”

  1. Isto é um absurdo! Enquanto a Senhora “DILMA” franquia a entrada de médicos estrangeiros, os médicos e estudantes de medicina da nossa Pátria suportam o fardo da miséria dos aportes destinados ´´as faculdades de medicina Públicas e aos Hospitais Públicos. A classe que necessita do atendimento de médicos nos Hospitais Públicos sucumbem, como sucumbem a Esperança dos alunos de medicina que fizeram um esforço para nenhum “HÉRCULES” botar defeito para conquistarem as disputadíssimas vagas em uma Universidade Pública de medicina. Mas a indignação, aqui, externada por mim uma simples cidadã brasileira , como também das vozes que ecoam nesta greve, somente serão ouvidas se os Senhores chamarem a IMPRENSA- o Pedido direcionado aos nossos governantes surte mais efeito se informado nos programas jornalísticos da TELEVISÃO do que os protocolizados no Judiciário, parece-me que eles têm um certo receio da Mídia. Porque não tentam?

    Onilda de F. Carrijo

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