Fisiopatogenia da Enxaqueca. Seminário. Curso de Medicina da Famema

enxqueca tratamentoSeminário apresentado pelo aluno Felipe Mendonça Lacerda – 4º ano do curso de medicina da Famema sobre fisiopatologia da enxaqueca ocorrido no Ambulatório  de Cefaleia – Ambulatório Mário Covas- disciplinas de Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

A fisiopatogenia da Enxaqueca só recentemente passou a ser melhor compreendida pela medicina atual.

Muito valor se deu para a teoria vascular na crise de enxaqueca, mas o que restou demonstrado agora, é que a teoria trigêmino-vascular é a  mais completa na gênese da migrânea.

A teoria vascular da enxaqueca é agora considerado secundário à disfunção cerebral, e é desacreditada por muitos pesquisadores.

Os efeitos da enxaqueca pode persistir por alguns dias após a dor de cabeça.

Muitos doentes relatam um sentimento dolorido na área onde a dor estava localizada, e alguns relatam que o pensamento está mais lento alguns dias depois da crise.

Enxaqueca pode ser sintoma de hipotiroidismo.

Teoria despolarização

Um fenômeno conhecido como depressão alastrante cortical pode causar enxaquecas. Na depressão alastrante cortical, a atividade neurológica é  “disparada”  sobre uma área do córtex do cérebro.

Esta situação resulta na liberação de mediadores inflamatórios que provoca irritação das raízes dos nervos cranianos, mais particularmente o nervo trigêmeo, que transmite as informações sensoriais para a cabeça.

Esta visão é apoiada por técnicas de neuroimagem, que parecem mostrar que a enxaqueca é primariamente um distúrbio do cérebro (neurológicas), não dos vasos sanguíneos (vascular).

A despolarização se espalhando (variação elétrica) pode começar 24 horas antes do ataque, com início da dor de cabeça que ocorrem em torno do momento em que a maior área do cérebro é despolarizada.

Um estudo francês em 2007, usando a técnica por emissão de pósitrons (PET) identificou o hipotálamo como sendo criticamente envolvido nos estágios iniciais.

Teoria vascular

Enxaquecas pode começar  nos vasos quando se contraem e  se expandem de forma inadequada. Isto pode começar no lobo occipital como espasmo das artérias. Redução do fluxo de sangue do lobo occipital desencadeia a aura que alguns indivíduos têm. .

Teoria da serotonina

A serotonina é um tipo de neurotransmissor, ou “comunicação química” que passa mensagens entre as células nervosas. O neurotransmissor ajuda a controlar o humor, a sensação de dor, comportamento sexual, o sono, bem como a dilatação e constrição dos vasos sanguíneos.

Baixos níveis de serotonina no cérebro pode levar a um processo de contração e dilatação dos vasos sanguíneos que provocam uma enxaqueca.

TIRAMINA

A National Headache Foundation tem uma lista específica de triggers com base na teoria tiramina. No entanto, um artigo de revisão de 2003 concluiu que não havia nenhuma evidência científica para um efeito de tiramina sobre enxaqueca.

Outras Teorias

Revisão de autores descobriram que o álcool, a retirada de cafeína, e refeições ausentes (hipoglicemia) são os mais importantes precipitantes de enxaqueca dietética, e que alguns pacientes relataram sensibilidade ao vinho tinto.

Há evidências que apontam “triggers suspeitos”  como queijo, chocolate, histamina, tiramina, nitratos, e nitritos.

No entanto, os autores da revisão também notaram que, embora a restrição da dieta geral não tem demonstrado ser uma terapia eficaz na enxaqueca, é benéfico para o indivíduo evitar o que tem sido a causa ensejadora da enxaqueca.

Lutemos por uma Saúde Pública de qualidade !

Migraine. Young attractive woman with an awful migraine

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *