Palavras finais do candidato José Bitu Moreno antes das eleições para Diretor Geral da Famema:
“Cansado.
Extenuado.
Essa disputa eleitoral na Famema gastou muito de mim, muito de nós.
Eleições são o ápice do movimento democrático.
É quando cada um tem voz igual, espaço igual, independente de quaisquer diferenças: social, cultural, econômica, etc.
Da mesma forma, qualquer um pode se candidatar, desde que se enquadre nos requisitos adequados.
Bem…deveria acontecer assim…mas não acontece, não tem acontecido conosco!!!
Repete-se, repetiu-se, na micro o que tanto abominamos na macropolítica.
A partir do momento em que me candidatei, e agora me reporto particularmente a mim, na vã esperança de discutir argumentos, idéias, propostas…tornei-me um inimigo da outra chapa – a do poder, a da situação: tornei-me uma ameaça, um mal a ser extinguido, exterminado.
Daí foi um passo para as ofensas, para as tentativas de desvirtuar nossas palavras, das ações para nos desestruturar com ameaças, com estratégias de implantar o medo, de semear a discórdia dentro do nosso próprio grupo, e o pior de tudo: disseminando mentiras para manchar a nossa história, a nossa construção profissional, a nossa dignidade, e a nossa honra…respingando inclusive dentro do nosso próprio lar.
Mas não desistimos, os enfrentamos em todas as instâncias.
Na realidade eles subestimaram nossa inteligência, nosso conteúdo, nossa segurança e capacidade de resistência.
E ademais ficou claro para todos o que se segue:
-Se nesse momento ímpar do processo democrático, eles não toleraram a opinião e as ideias diversas, que gestores serão esses?
-Que gestores serão esses que dentro de uma instituição superior de ensino não conviveram bem com a crítica, com a diferença de opiniões?
-Que gestores serão esses que semearam o medo para afugentar os que pensavam contrário?
Pobre a instituição que admitir isso, triste o seu futuro – seco, árido, sem inovação, sem criatividade, sem produção do conhecimento, sem saúde, sem alegria e sem felicidade.
Pois bem, amigos, fizemos o que deveríamos ter sido feito: semeamos a dúvida, instigamos a crítica, implantamos no coração de cada um a perspectiva de um futuro melhor, uma réstia de esperança nos seus corações já tão judiados, desesperançados, desmotivados.
Somente isso já bastaria, mas avançamos bem mais: a maioria decidiu por se erguer das cadeiras e se prontificaram a também construir o futuro: da instituição e de si próprios.
Portanto, amigos, cansados mas satisfeitos.
Estamos quase vencendo essa batalha.
Até lá ainda restam dois dias, ficaremos atentos e não deixaremos de trabalhar até a apuração dos votos, até a vitória final!
Muito obrigado a todos”
“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado”.
Rui Barbosa