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Ministério Público Federal deverá oferecer denúncia após conclusão do inquérito policial da Polícia Federal

esculapio 2O Ministério Público Federal (MPF) deve formalizar as primeiras denúncias contra os acusados de fraudes na administração da Famema (Faculdade de Medicina de Marília) após conclusão do inquérito policial.

Os investigados devem ser indiciados pelos crimes de fraude em licitação, desvio de recurso público (peculato) e associação criminosa conforme investigação da Operação Esculápio ocorrida dia 08 de julho de 2015.

As investigações começaram em janeiro de 2013.

“A apuração de irregularidades nesses documentos apreendidos na Operação Esculápio levará uma demanda de tempo de análise na investigação, mas as apurações de algumas irregularidades já estavam bem avançadas no início da investigação e faltavam apenas pontos para amarrar a acusação”, disse o Procurador da República, Jeferson Aparecido Dias.

A investigação foi iniciada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo com documentos obtidos através da CPI da Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília) concluída pela Câmara de Marília em 2012, e Tribunal de Contas do Estado . A apuração apontou irregularidades com verbas federais destinadas à Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília),e por isso atraiu a competência do Ministério Público Federal.

“A Famar gerencia um orçamento anual de cerca de R$ 200 milhões para gerir o Complexo Famema. Esses documentos obtidos desde o ano de 2011 revelaram várias irregularidades. Não sabemos o tamanho do montante desviado, mas a cifras assustam”, afirmou o Procurador da República.

A investigação apontou irregularidades na formalização de convênios com clínicas médicas nas especialidades de oftalmologia, radioterapia, e nefrologia. “Ao invés do serviço médico ser realizado pelo hospital, o dinheiro público era destinado para as clínicas particulares. Na maioria dos casos os gestores da Famema eram contratantes e contratados”, afirmou o Procurador da República.

Ainda segundo o MPF, os documentos obtidos até agora na investigação identificou também fraudes em licitações para aquisição de equipamentos, próteses e órteses. “É bem evidente o superfaturamento nas licitações. Os valores pagos indicados nos documentos apreendidos na Operação Esculápio obtidos são bem acima do mercado nacional”, disse o Procurador da República.

Aduz Dias, que a investigação identificou fraude nos plantões médicos realizados no Complexo Famema. “A carga excessiva de trabalho era incompatível ou esses plantões médicos não eram realizados, pois não haveria tempo hábil nem para dormir. Ficou evidente que um grupo de servidores da Fumes e Famar se beneficiava fraudando esses documentos”, finalizou.

Operação Esculápio um divisor de águas na Saúde Pública de Marília!

Operação Esculápio um divisor de águas na Saúde Pública no interior de São Paulo !

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Famar e os questionamentos realizados pela Polícia Federal na Operação Esculápio

invstigador 2O que é a FAMAR?

É a Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília, uma instituição privada criada em 2007, com verbas públicas, para colaborar com a expansão do ensino, pesquisa e extensão da FAMEMA.

A Famar deveria ser o apoio ao desenvolvimento da Famema , jamais o seu gerenciamento administrativo ou atos de gestão.

No ano de 2000, com a intensificação da fiscalização da Lei de Responsabilidade Fiscal, a FUMES (Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília), a então gestora da FAMEMA, se viu obrigada a realizar a prestação pública de suas contas em exercícios financeiros, mas por meio de manobras jurídicas, adiou a divulgação dos seus dados financeiros até 2006.

Havia a constante ameaça de o convênio com o SUS não ser renovado por meio da CNPJ FUMES, em razão de suas dívidas que superam os R$ 40 milhões de reais,  sem levar em conta as dívidas da CNPJ Famema, que ultrapassam R$ 300 milhões, principalmente em ações previdenciárias e trabalhistas.

Com a  investigação das contas da FUMES foram constatadas irregularidades contábeis e terceirizações sem observância das licitações regulares.

Assim, em 2007, a recém-criada FAMAR assumiu a administração da FAMEMA, realizando convênios com o Estado, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para ensino de seus alunos, e com a Secretaria Estadual da Saúde  para receber verbas SUS, e atender os municípios atendidos pelo Hospital das Clínicas de Marília,  Hemocentro e Ambulatório Mario Covas.

Questões importantes na constituição da Famar

A) Seu patrimônio declarado inicial era apenas de 10 mil reais, não possuindo nenhuma estrutura física, equipamentos, ou capacidade técnica para gerir orçamento provenientes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico,  Ciência, Tecnologia e Inovação que,  a época, ultrapassava 60 milhões de reais;

B) A FAMAR jamais foi autorizada pelo Conselho de Curadores da FUMES a assumir gestão financeira da Famema, apenas a contribuir com o seu desenvolvimento e apoio ao ensino e pesquisa;

C) Para firmar convênios com o SUS e com os municípios atendidos pelo Hospital  das Clínicas de Marília e Hemocentro, se apossou dos títulos públicos e do patrimônio pertencente a FUMES (convênio firmado entre Famar e Fumes, mas não por lei), cometendo, em tese, falsidade ideológica ao  substituir a Fumes para recebimento de verbas públicas;

D) Por ser uma fundação privada, ao receber verbas públicas deve fazer licitação e concurso público.

Fraudes em licitações e contratações

Apesar de ser uma fundação privada, mas como receber verbas públicas, a FAMAR precisa realizar licitações.

A Operação Esculápio em 2015 aponta para o favorecimento de empresas terceirizadas, cujos proprietários são membros de sua diretoria e ou docentes da instituição.

Para isso, publicava os editais de licitação em jornais apenas de Marília, de modo a reduzir a concorrência e favorecer membros de sua atual diretoria ou ex-diretores ou docentes. Há, portanto, a violação do princípio da impessoalidade presente na Constituição Federal, artigo 37, caput.

Quem compõe a FAMAR?

São membros da Diretoria da FAMEMA, atual ou anterior, que se revezam em cargos de ambas as fundações Fumes e Famar,  ora na Famema, ora na Fumes, e por fim voltam a Famar em um um ciclo de perpetuação no poder.

Repasse de verbas

Em 2007, antes da existência da FAMAR, a verba destinada a FAMEMA pelo Estado foi de R$ 34,6 milhões de reais.

Em 2010, saltou para R$ 86,7 milhões; e para este ano, se aproximará dos R$ 200 milhões.

Contudo, apesar de a verba a instituição ter sido aumentada em seis vezes, não houve nenhuma melhora na qualidade de ensino, na assistência hospitalar, ou no salário de  servidores e docentes.

ALERTA

 

Os intocáveis deflagram a Operação Esculápio na Famema

DR FERNANDO BATTAUSA Operação Esculápio deflagrada na cidade de Marília na investigação de irregularidades administrativas na Famema tem como seus líderes: Dr. Fernando Augusto Battaus, Delegado Chefe da Delegacia da Polícia Federal em Marília, o Dr. Jefferson Aparecido Dias, Procurador da República,  e o Dr. Oriel da Rocha Queiroz, Promotor de Justiça do Estado de São Paulo.

A CPI da Fumes iniciada com muitas tentativas de obstrução pela Diretoria Geral anterior, gestão 2009-2012, com vários Mandados de Segurança, finalmente foi aprovada em 2012, apesar de tentativas de “melar” a votação final com o pedido de vistas de última hora do ex-vereador José Carlos Albuquerque.

Houve necessidade de uma sessão extraordinária, na qual a CPI foi aprovada por unanimidade.

A CPI da Fume encontrou muitas dificuldades para ser iniciada devido a inúmeros Mandados de Segurança impetrados pela  Diretoria Geral da Famema (2009-2012).JEFFERSON APARECIDO DIAS

A partir dessa aprovação, a CPI da Fumes foi utilizada como peça inicial do Inquérito Civil, e que acabou por fim deflagrar a Operação  Esculápio na Famema.

Os servidores da Fumes e da Famar agradecem ao inestimável trabalho dessas três autoridades em defesa da  Saúde Pública na cidade de Marília.

Marília será eternamente grata aos defensores da moralidade e transparência na Saúde Pública de Marília.

Só lamentamos que muitos docentes da instituição ao saberem de irregularidades não procuraram o Ministério Público Estadual, a Procuradoria Geral da República ou a Polícia Federal.

ORIEL DA ROCHA QUEIROZComodismo !

Mas, enfim o que valeu foram os poucos servidores que colaboraram com informações  importantes cedidas em confiança para investigação pelas autoridades competentes

Meus sinceros agradecimentos ao que lutaram comigo pela moralidade na administração pública.

Que o Senhor Jesus continue abençoando a comunidade de servidores da Fumes e da Famar.

Salmo 121

1 Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro.

2 O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra.

3 Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.

4 Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.

5 O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.

6 O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.

7 O Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.

8 O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.

isaias

Operação Esculápio da Policia Federal apreende documentos na Famema. Crimes praticados por Diretores, ex-diretores e servidores

esculapio 2A Polícia Federal de Marília deflagrou na manhã de hoje, a Operação Esculápio, que tem por objetivo investigar suspeitas de irregularidades ocorridas em licitações e contratos firmados pela Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília) e Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília) com empresas prestadoras de serviços médicos.

O Inquérito Civil  feito pelo Ministério Público do Estado de São Paulo foi iniciado em 2013, ao lado de denuncias feitas ao Tribunal de Contas do Estado em 2013, e posteriormente a investigação da Polícia Federal iniciada em 2014 por haver verbas federais potencialmente desviadas acabou por desvendar irregularidades na administração nos contratos terceirizados realizados entre a Diretoria Administrativa da Faculdade com empresas terceirizadas, nas quais os docentes da instituição eram também sócios das empresas investigadas, incorrendo em improbidade administrativa e crimes contra a administração pública.

Contratos com empresas terceirizadas nas área de oftalmologia, radioterapia e nefrologia formam o arcabouço probatório da Operação Esculápio.

Além disso, plantões remunerados para docentes  presenciais e a distancia são também investigados.

Outrossim, poucas melhorias na infraestrutura da faculdade nos últimos oito anos são investigadas.

Uso de tomógrafo e ressonância magnética do Estado cedidos ao uso de empresa da radiologia da cidade é outro item do conjunto probatório da Operação Esculápio, e que já foram apontados na CPI da Fumes em 2012.

O início da Operação Esculápio é na verdade o desdobramento final da CPI da Fumes iniciada em 2011, e terminada em 2012, aprovada por unanimidade pelos vereadores à época.

Vereadores – Wilson Damasceno, Eduardo Gimenes e Lázaro da Cruz Junior foram os integrantes da CPI da Fumes em brilhante trabalho investigativo, sendo que grande parte dos documentos tiveram que ser conseguidos no Tribunal de Contas de São Paulo pela dificuldade de se conseguir documentos junto à Famema.

A operação Esculápio aconteceu duas semanas depois de uma Comissão Especial de Auditoria, ser nomeada pela Secretaria Estadual da Saúde para investigar a situação e a  gestão assistencial do Hospital das Clínicas de Marília.

Nas últimas semanas, além de servidores, estudantes do curso de medicina da Famema também se mobilizaram e pediram explicações à Diretoria da Faculdade de Medicina de Marília (Famema).

12 mandados de busca foram cumpridos no dia de hoje na autarquia Famema, Clínicas  e Consultórios Particulares e residências de diretores e ex-diretores da cidade.

A Polícia Federal investiga diretores, ex-diretores e servidores  de vários escalões da Famema por fraudes em licitação, peculato e associação criminosa (artigo 228 do Código Penal), entre outros crimes contra a administração pública.

Através de Mandado de Busca e Apreensão, documentos e dispositivos de memória de computadores do RH Famar e  RH Fumes foram levados pelos agentes policiais federais.

A Operação Esculápio  é composta pelo Dr. Fernando Battaus à frente da Polícia Federal, o Dr. Jefferson Aparecido Dias representando o Ministério Público Federal, e o Dr. Oriel da Rocha Queiroz representando o Ministério Público do Estado de São Paulo.

Operação Esculápio um divisor de águas na Saúde Pública na cidade de Marília !

Operação Esculápio um divisor de águas na Saúde Pública do Estado de São Paulo !

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