PBL made in Brazil questionado pelos alunos do curso de medicina da FACISB

 

sofismaO PBL “made in  Brazil ” foi  implementado nesse ano de 2012  em Barretos  na FACISB – Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos, porém, não conseguiu êxito em convencer que esse modelo de ensino era sensacional aos alunos de Barretos.

O coordenador do curso de medicina da Faculdade de Barretos – FACISB – José Alves Freitas – coordenador do curso de medicina – disse em informação ao blog que o modelo do “PBL made in Brazil”  não foi aprovado pelos alunos de Barretos.

Voltou-se ao modelo de ensino tradicional.

O atual coordenador de medicina não abriu mão de atividades em laboratórios de ensino nas cadeiras básicas.

Há excelente infraestrutura com atividades em laboratórios na FACISB.

Lá tem professores ensinando…

A  Diretoria de  de Graduação não abriu mão de duas aulas magnas por semana para toda a classe de alunos.

Investiu em laboratórios de ensino e atividades práticas, o que foi um grande salto de qualidade.

Em Barretos durou 30 dias o “PBL made in Brazil”.

O grupo gestor de Barretos desistiu do “PBL made in Brasil”.

PBL  exclusivo nem pensar: sem aulas de clínica médica, sem aulas de clínica cirúrgica, sem aulas de ginecologia e obstetrícia, sem aulas de pediatria, sem aulas de saúde pública, sem seminários em cenários de ensino-aprendizagem, sem laboratórios de ensino, sem atividades práticas em microscopia e macroscopia em histologia e patologia, sem atividades práticas em imunologia, sem aulas de farmacologia, sem aulas parasitologia, sem aulas de bioquímica, etc.

Inadmissível  abandonar 20 séculos de conhecimento  nas ciências médica baseadas em protocolos nacionais e internacionais para o “aprender a aprender”: sem aulas, sem laboratórios, sem professores em número suficiente e bem remunerados, sem salas de professores, sem salas de aulas, etc.

Basta o ‘facilitador’ de ensino !

E a engenharia pedagógica “PBL made in Brasil” está a todo vapor…

A soberba dos construtores do Titanic.

Os projetistas do Titanic disseram: nada o afundará !

A história mostrou outro final: tragédia.

Muitas siglas na engenharia logística do PBL.

Segundo os defensores do “PBL made in Brazil”:

É um oásis  de perfeição no processo ensino-aprendizagem.

Penso que todo ano nessas faculdades públicas e ou privadas deveria haver Fóruns Institucionais para se rever o modelo de ensino-aprendizagem, e não mais uma apenas Fórum Devocional.

Pergunta 1 – O modelo de ensino deve ser mudado ?

Pergunta 2 – Os laboratórios estão adequados nas cadeiras básicas: anatomia, histologia, bioquímica, parasitologia, imunologia, microbiologia, farmacologia, patologia, etc. ?

Pergunta 3 – Os anfiteatros das faculdades têm recursos audiovisuais para aulas de 480 alunos de medicina ?

Pergunta 4 – Quais os critérios objetivos de avaliação (notas de 0 a 10) ?

Pergunta 5 – Qual o plano de recuperação de cada série ?

Pergunta 6 – Que livros serão recomendados para cada disciplina ?

Enfim, essas perguntas fariam parte de qualquer professor e instituição no modelo tradicional de ensino, mas são impossíveis de serem feitas pelo docentes no “PBL made in Brazil”, pois o mesmo não precisa ser revisto !

É imutável!

Aqui no Brasil o  aluno escolhe o que quer perguntar, o que quer saber…

Se passar em Residência Médica fazendo o Med Curso, então, o mérito é da faculdade.

E mais, se não passar em Residência Médica ao não fazer o Med Curso por falta de recursos financeiros, a culpa é do aluno.

É o álibi perfeito institucional !

O curso de medicina é em apertada síntese dessa forma:

São de 6 a 8 casos por ano até a quarto ano.

32 discussões pré-programas e todo o conteúdo já está dado até o quarto ano série.

O internato quinto e sexto anos para a prática do aluno de medicina!

Mescladas com visitas domiciliárias na rede básica de saúde, Unidade de Saúde da Família  e Unidade Básica de Saúde, com “professores colaboradores” (trabalham na rede básica de saúde, e muitos sem Residência Médica), na qual os alunos são inseridos no primeiro e segundo ano do curso de medicina.

Outrossim, a FACISB  reprovou o “PBL made in Brazil” nos primeiros dias do curso, e fez uma adaptação urgente ao modelo de ensino-aprendizagem com importante melhora na qualidade do ensino.

O modelo de ensino-aprendizagem PBL exclusivo não agradou em Barretos.

Os alunos não aceitaram o “aprender a aprender”, tutorias, e estágios em rede de atenção básica sem supervisão de docentes da instituição.

Como é universidade particular…

A corda arrebentou…

O PBL exclusivo caiu em Barretos.

Os alunos exigiram conteúdos mínimos da Coordenação do Curso de Medicina e do Diretor de Graduação da Faculdade de Medicina de Barretos para se tornarem  profissionais de sucesso.

Um profissional médico bem formado !

Sólidos conhecimentos nas cadeiras básicas.

Sólidos conhecimentos nas cadeiras de Clínica Médica, Cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia e Pediatria.

A Faculdade de Medicina de Barretos (FACISB) disse não ao “PBL made in Brazil”, e após ajustes encontrou seu caminho com padrão de excelência no ensino !

Paulo Maluf, em seu governo biônico, disse que o Estado de São tinha Petróleo nos anos 80.

Criou a Paulipetro.

A Paulipetro foi uma empresa criada durante a gestão do governador de São Paulo, Paulo Maluf, com o intuito de extrair petróleo e gás natural na bacia do rio Paraná.

Foi firmado um contrato com a Petrobras e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

Somente depois de perfurados 69 poços na bacia, constatou se que nenhuma jazida era tecnológica e economicamente viável para a exploração.

Em valores atualizados, os gastos chegaram na casa de R$ 4 bilhões, valor esse que deverá ser devolvido a Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo, segundo determinação do Supremo Tribunal Federal, e como a decisão foi transitada em julgado em 2007, por isso, não cabem mais recursos.

Nenhuma gota  em vários poços perfurados.

Mas, havia seguidores do seu delírio de achar petróleo no Estado de São Paulo.

Sempre há seguidores.

Mesmo que de fins inconfessáveis…

PBL exclusivo, ou seja, sem aulas, sem seminários, sem laboratórios de ensino, não pode prosperar em faculdades de medicina.

“PBL made in Brazil” em algumas faculdades de medicina:

Um sofisma pedagógico!

“A devoção encontra, para praticar uma má ação, razões que um simples homem jamais encontraria”.

Barão de Montesquieu

3 comentários em “PBL made in Brazil questionado pelos alunos do curso de medicina da FACISB”

  1. O PBL em Barretos, que era plágio do PBL da Famema foi um fiasco.
    Me disseram que os alunos ameaçaram parar o curso.
    Alunos pediram para ter aulas, e atividades de anatomia e fisiologia em laboratórios.
    Até o coordenador do curso teve que interferir no modelo de ensino.
    Sem a experiência dos professores, sem aulas e laboratórios equipados para atividades com alunos é impossível se ter um curso de medicina.
    Parabéns aos alunos de Barretos que lutaram pelo fim do PBL exclusivo, como aqui na Famema.
    Por que na Famema os alunos não lutam ?
    Medo de retaliação ?

  2. Tive a oportunidade de conhecer o PBL made in Famema. Assim como outros, compartilho do sentimento que algo precisa mudar.
    A Famema é sem dúvida uma instituição séria e respeitada com um corpo docente de fazer inveja a muitas das grandes instituições públicas brasileiras. No entanto, acredito que algo deveria ser feito. A problematização está longe de ser a ” descoberta da roda “. É um método bom que precisa urgentemente receber um upgrade. É preciso se discutir a problematização. Problematizar o PBL. Os professores precisam ser ouvidos. Dar suas opiniões. A comunidade acadêmica da Famema tem de deixar de ser passiva.

  3. Vamos DACA!!! Acorda diretório!!! A faculdade enfrenta problemas e os alunos têm que engolir goela abaixo tanta asneira a cerca do PBL made in FAMEMA?
    Cadê o movimento estudantil?
    Se vocês acham que sairão bons médicos desse jeito,voces se enganaram.
    Só porque a faculdade é de graça é porque vocês vão ficar parados?
    Até quando o Med Curso será uma alternativa para aprender medicina??
    Cadê os protestos e faixas?
    Estão com medo de represálias dos professores??
    Levantem e reajam!!
    A FAMEMA não está boa.
    Barretos rejeitou essa proposta e,só porque a faculdade é gratuita é que voces irão jogar a toalha??
    Será que discutir DENEM,EREM,ECEM nas reuniões do DACA vai adiantar algo??
    Para que tanto orgulho em protestar na faculdade por melhorias e melhor formação??
    E a Atlética??
    É importante!
    Mas, a prioridade não é garantir a qualidade no ensino?
    Por que gastar tanto dinheiro com a Atlética se a faculdade nem laboratório decente tem?
    Cadê os laboratórios?
    Cadê a bioquímica que passa quase desapercebida na formação dos alunos??

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