No seminário, discute-se epidemiologia, quadro clínico, semiologia, fisiopatogenia e tratamento clínico.
As doenças incapacitantes promovem grande demanda à Seguridade Social – Saúde e Assistência Social.
Incapacidades permanentes precoces podem acontecer pelo tratamento inadequado para a Doença de Parkinson, e que por tal motivo leva aos acometidos apresentarem incapacidade laboral precoce em suas vidas.
O diagnóstico preciso, e a escolha de tratamento com fármacos corretamente indicados, e em dosagens corretas ameniza a progressão acelerada da incapacidade motora e a perda cognitiva dos acometidos com tal enfermidade.
A Doença de Parkinson Idiopática é uma doença neurodegenerativa progressiva de várias estruturas e circuitos neuronais.
Em nível bioquímico caracteriza-se fundamental por diminuição do neurotransmissor dopamina no circuito nigroestriatal devido à “morte” de células dopaminérgicas na Substância Nigra Pars Compacta.
Desde a década de 1960, que a medicação que tem como princípio ativo base a levodopa (transformada em dopamina), e mantém-se até à atualidade como a principal e mais eficaz terapêutica na Doença de Parkinson.
Vários estudos têm indicado que os sintomas e sinais centrais (bradicinesia, tremor, rigidez, instabilidade postural) da Doença de Parkinson só se comecem a manifestar quando o sistema nigroestriatal já perdeu entre 40-60% das suas células.
Deste achado científico infere-se que as restantes células neuronais dopaminérgicas têm capacidade compensatória nas fases iniciais da doença.
Esta capacidade compensatória crê-se que derive das células neuronais dopaminérgicas conseguirem armazenar a dopamina, fornecida pela medicação oral, e a “libertarem de forma natural” na fenda sináptica mantendo um normal funcionamento da rede de circuitos envolvidos no controlo de movimentos.
Sendo assim, até estádios avançados da doença, a medicação é satisfatória no controlo sintomático.
No entanto, a neurodegenerescência progride, com cada vez menos células dopaminérgicas, e por conseguinte menor capacidade de armazenamento neuronal de dopamina, e menos capacidade compensatória.
Deste modo, concentrações não constantes de dopamina no sangue vão se refletir em anormal funcionamento da rede neuronal.
O Ambulatório Mario Covas atende os encaminhamentos do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.
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