Arquivo da tag: Ambulatório Neurovascular- Ambulatório Mario Covas

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Seminário. Curso de Medicina da Famema

avc- mini logoSeminário apresentado pelos alunos do 4º ano do curso de medicina da Famema -Alessandra Nikaido Fujinami, Bruno Rodrigues de Palma, Daniel Sonnewend  Proença, Fernanda de Almeida Andriotti e  Geiza Máximo- sobre o tema: Acidente Vascular Cerebral Isquêmico.

O Ministério da Saúde deve investir até o final de 2014, R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de Acidente Vascular Cerebral.

Cerca de R$ 370 milhões será destinado ao financiamento de leitos hospitalares em 151 cidades.

O restante vai ser aplicado no tratamento trombolítico (uso de medicação para desfazer o coágulo e normalizar o fluxo sanguíneo que chega ao cérebro).

O AVC decorre da insuficiência no fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro e tem diferentes causas: malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia, tromboembolia.

No Brasil, são registradas cerca de 68 mil mortes por AVC anualmente. Um número ligeiramente inferior ao registrado no ano de 2013 : 68,9 mil.

A doença representa a primeira causa de morte e incapacidade no País, o que gera grande impacto econômico e social.

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Há dois principais tipos de AVC: o isquêmico (85% dos casos), quando há parada do sangue que chega ao cérebro, provocado pela obstrução dos vasos sanguíneos; e o hemorrágico, ligado a quadros de hipertensão arterial que causa hemorragia dentro do tecido cerebral.

O Ministério da Saúde  elaborou  “A Linha de Cuidado do AVC” na Rede de Atenção às Urgências.

Deve incluir a rede básica de saúde, SAMU, unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, reabilitação ambulatorial, programas de atenção domiciliar, entre outros aspectos.

O risco de AVC aumenta com a idade, sobretudo após os 55 anos. O aparecimento da doença em pessoas mais jovens está mais associado a alterações genéticas.

Pessoas da raça negra e com histórico familiar de doenças cardiovasculares também têm mais chances de ter um derrame.

O Ambulatório Neurovascular recebe encaminhamentos do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

avc- chamada agressiva

Antiagregantes plaquetários – prevenção primária e secundária do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Seminário. Curso de Medicina da Famema

prevençãoImportante revisão de antiagregantes plaquetários – prevenção primária e secundária de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico feita  pelo doutor Fábio de Araujo Pereira – Residente de Neurologia – Serviço de Neurologia – Famema- disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

Ácidoacetilsalicílico, clopidogrel, dipiridamol, ticlopidina e cilostazol – todos efetivos em reduzir a incidência dessa importante patologia que é hoje a primeira causa de mortalidade vascular no Brasil.

O ambulatório de Neurovascular é referência para todo o Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

Lutemos por uma Saúde Pública de qualidade !

prevenir o avc

Doença de Parkinson. Seminário. Curso de Medicina da Famema

doença de parkinson - demaisSeminário da Doença de Parkinson  apresentado brilhantemente pela aluna do 4º ano do curso de medicina da Famema Jade Zezzi,  no Ambulatório Neurovascular – Ambulatório Mário Covas- disciplinas  Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

No seminário, discute-se epidemiologia, quadro clínico, semiologia, fisiopatogenia e tratamento clínico.

As doenças incapacitantes promovem grande demanda à Seguridade Social –  Saúde e Assistência Social.

Incapacidades permanentes precoces podem acontecer pelo tratamento inadequado para a Doença de Parkinson, e que por tal motivo leva aos acometidos  apresentarem incapacidade laboral precoce em suas vidas.

O diagnóstico preciso, e a escolha de tratamento com fármacos corretamente indicados, e em dosagens corretas ameniza a progressão acelerada da incapacidade motora e a perda cognitiva dos acometidos com tal enfermidade.

A Doença de Parkinson Idiopática é uma doença neurodegenerativa progressiva de várias estruturas e circuitos neuronais.

Em nível bioquímico caracteriza-se fundamental por diminuição do neurotransmissor dopamina no circuito nigroestriatal devido à “morte” de células dopaminérgicas na Substância Nigra Pars Compacta.

Desde a década de 1960, que a medicação que tem como princípio ativo base a levodopa (transformada em dopamina), e mantém-se até à atualidade como a principal e mais eficaz terapêutica na Doença de Parkinson.

Vários estudos têm indicado que os sintomas e sinais centrais (bradicinesia, tremor, rigidez, instabilidade postural) da Doença de Parkinson só se comecem a manifestar quando o sistema nigroestriatal já perdeu entre 40-60% das suas células.

Deste achado científico infere-se que as restantes células neuronais dopaminérgicas têm capacidade compensatória nas fases iniciais da doença.

Esta capacidade compensatória crê-se que derive das células neuronais dopaminérgicas conseguirem armazenar a dopamina, fornecida pela medicação oral, e a “libertarem de forma natural” na fenda sináptica mantendo um normal funcionamento da rede de circuitos envolvidos no controlo de movimentos.

Sendo assim, até estádios avançados da doença, a medicação é satisfatória no controlo sintomático.

No entanto, a neurodegenerescência progride, com cada vez menos células dopaminérgicas, e por conseguinte menor capacidade de armazenamento neuronal de dopamina, e menos capacidade compensatória.

Deste modo, concentrações não constantes de dopamina no sangue vão se refletir em anormal funcionamento da rede neuronal.

O Ambulatório Mario Covas atende os encaminhamentos do Departamento  Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade !

Em defesa do SUS !

doença de parkinson-maos

Semiologia Neurológica. Seminário. Curso de Medicina da Famema

martelo azulExame Neurológico apresentado pelo Dr. Werner Garcia de Souza, Residente da disciplina de Neurologia da Faculdade de Medicina de Marília- Famema- em 2011.

Importante dizer aos alunos do curso de medicina, que sem conhecimento de neuroanatomia, e sem estudo das patologias das doenças neurológicas, é impossível se aprender semiologia neurológica.

Sem conhecer semiologia neurológica, impossível aprender doenças clínicas neurológicas.

Ainda vale dizer que sem aulas de neuroanatomia e histologia do sistema nervoso central e periférico em peças de estudo e lâminas , e não apenas figuras de livros, é ir contra o bom senso da aprendizagem significativa.

Para quem gosta do “PBL made in Famema”  deve ser uma missão impossível aprender semiologia sem passar pela histologia e anatomia anteriormente.

E sem aprender neuroanatomia, será impossível se aprender tomografia e ressonância de crânio

O Exame Neurológico deve ser procedido assim:

Anamnese

  • Idade, cor, sexo, naturalidade, profissão.
  • Queixa Principal: usar as palavras do paciente.
  • História da doença atual: início e modo de instalação. Dirigir a história quanto à evolução (lenta em doenças musculares progressivas, progressiva em tumores e doenças degenerativas, surtos em esclerose múltipla, paroxística em epilepsia,  e enxaqueca) ; sono, perdas de consciência, etc.
  • História física : gestação, parto e desenvolvimento psicomotor.
  • História da patologia pregressa: acidentes e traumatismos, cirurgias, parasitoses, alergias, doenças venéreas, etc.
  • História pessoal: habitação e alimentação (avitaminoses, neuropatias carenciais) vícios, trabalho e condições emocionais.
  • Antecedentes familiares: patologias hereditárias como esclerose tuberosa, Degeneração Muscular Progressiva, Huntington, Doença de Wilson,  etc.

Exame Físico

Exame físico cuidadoso, visto não ser o sistema nervoso uma entidade isolada e fazer parte de um todo, o corpo humano, sendo várias de suas patologias causadas por alterações de outros órgãos.

AVC isquêmico: baixa pressão arterial — baixo fluxo sanguíneo cerebral. Choque: insuficiência ventricular; uso de drogas anti-hipertensivas e diuréticos. Embolia: fibrilação atrial; lesões oro-valvulares, Doença de Chagas. Trombose: arteriosclerose, Lues. Hemorragias: arteriosclerose, infecções. Neoplasias: metástases da mama, próstata, melanonas. Meningites e abscessos: otites, tromboflebíites, sinusites.

Cada item do exame neurológico é importante na elaboração do diagnóstico .

Relacionamos abaixo, de forma didática, as diversas etapas deste exame e, a seguir, alguns detalhes que julgamos importantes com relação a cada item.

A .Inspeção

B. Crânio e coluna

C. Estática

D. Amplitude dos movimentos

E. Marcha

F. Força muscular

G. Tônus muscular

H. Coordenação

I. Reflexos superficiais e profundos

J. Sensibilidade superficial e profunda

L. Nervos cranianos

M. Palavra e linguagem

N. Sistema Nervoso autônomo

O . Estado mental

O  desafio é compreender a semiogênese dos sinais semiológicos, e não apenas decorar os achados sem interpretação.

O melhor método de se aprender semiologia neurológica é com aulas magnas de neuroanatomia, e após a teoria, a prática nos laboratórios de anatomia e histologia, e por fim,  aplicação nos Ambulatórios de Neurologia.

Em defesa de ensino superior com qualidade.

dejerine