Doença de Parkinson. Seminário. Curso de Medicina da Famema

doença de parkinson - demaisSeminário da Doença de Parkinson  apresentado brilhantemente pela aluna do 4º ano do curso de medicina da Famema Jade Zezzi,  no Ambulatório Neurovascular – Ambulatório Mário Covas- disciplinas  Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

No seminário, discute-se epidemiologia, quadro clínico, semiologia, fisiopatogenia e tratamento clínico.

As doenças incapacitantes promovem grande demanda à Seguridade Social –  Saúde e Assistência Social.

Incapacidades permanentes precoces podem acontecer pelo tratamento inadequado para a Doença de Parkinson, e que por tal motivo leva aos acometidos  apresentarem incapacidade laboral precoce em suas vidas.

O diagnóstico preciso, e a escolha de tratamento com fármacos corretamente indicados, e em dosagens corretas ameniza a progressão acelerada da incapacidade motora e a perda cognitiva dos acometidos com tal enfermidade.

A Doença de Parkinson Idiopática é uma doença neurodegenerativa progressiva de várias estruturas e circuitos neuronais.

Em nível bioquímico caracteriza-se fundamental por diminuição do neurotransmissor dopamina no circuito nigroestriatal devido à “morte” de células dopaminérgicas na Substância Nigra Pars Compacta.

Desde a década de 1960, que a medicação que tem como princípio ativo base a levodopa (transformada em dopamina), e mantém-se até à atualidade como a principal e mais eficaz terapêutica na Doença de Parkinson.

Vários estudos têm indicado que os sintomas e sinais centrais (bradicinesia, tremor, rigidez, instabilidade postural) da Doença de Parkinson só se comecem a manifestar quando o sistema nigroestriatal já perdeu entre 40-60% das suas células.

Deste achado científico infere-se que as restantes células neuronais dopaminérgicas têm capacidade compensatória nas fases iniciais da doença.

Esta capacidade compensatória crê-se que derive das células neuronais dopaminérgicas conseguirem armazenar a dopamina, fornecida pela medicação oral, e a “libertarem de forma natural” na fenda sináptica mantendo um normal funcionamento da rede de circuitos envolvidos no controlo de movimentos.

Sendo assim, até estádios avançados da doença, a medicação é satisfatória no controlo sintomático.

No entanto, a neurodegenerescência progride, com cada vez menos células dopaminérgicas, e por conseguinte menor capacidade de armazenamento neuronal de dopamina, e menos capacidade compensatória.

Deste modo, concentrações não constantes de dopamina no sangue vão se refletir em anormal funcionamento da rede neuronal.

O Ambulatório Mario Covas atende os encaminhamentos do Departamento  Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade !

Em defesa do SUS !

doença de parkinson-maos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *