Cefaleias Primárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

dor de cabeça- desenhoSeminário apresentado pela aluna Denise Marvulle Tan – 4ª série Medicina Famema no Ambulatório de Cefaleia – Ambulatório Mário Covas no dia  30 de setembro- disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

Abordagem extensa  abordando epidemiologia, fisiopatogenia e tratamento das Cefaleias  Primárias.

As cefaleias  primárias são muito frequentes na prática clínica diária, e deveriam ser conhecidas de todas as especialidades médicas.

Somente as cefaleias secundárias  deveriam ser encaminhadas aos neurologistas, mas infelizmente todos os tipos de cefaleias são encaminhadas ao Ambulatório de Cefaleia.

Em tese, todos os médicos têm plena capacidade de tratar as cefaleias primárias,e na falha do tratamento, pode-se encaminhar ao neurologista.

A migrânea é a cefaleia primária mais incapacitante.

A migrânea é uma doença neurológica crônica cuja prevalência na população geral é estimada em 15%, que provoca grande impacto socio-econômico e piora da qualidade de vida.

A enxaqueca acomete mais mulheres do que homens em uma proporção de 5:2 pode iniciar na infância ou na adolescência e acompanha o paciente por toda vida.

Acomete aproximadamente 20% das mulheres, 6% dos homens e 4% a 8% das crianças.

A migrânea acarreta, além do sofrimento individual, prejuízo social e econômico de custo direto (como atenção médica e medicamentos), e indireto (como redução da produtividade e faltas ao trabalho).

A migrânea se caracteriza clinicamente por crise de cefaleia intermitente, de moderada a intensa ou intensa e se apresenta frequentemente em localização unilateral e com sintomas associados.

A dor é pulsátil,  acompanhada ou precedida por náuseas e alterações sensoriais, que pioram com atividades físicas rotineiras e promove incapacidade.

A duração das crises pode chegar a 72 horas quando não são tratadas de forma eficaz.

A fisiopatologia da migrânea ainda não foi completamente elucidada, mas é comprovado que 60% a 80% dos casos de enxaqueca são de natureza genética .

Um plano para a terapêutica da migrânea inclui o tratamento agudo da crise e a terapia profilática de longo prazo.

O tipo de tratamento a ser seguido deve ser avaliado com base no preenchimento do diário da cefaleia.

O plano de cuidados mais eficiente para o tratamento profilático das migrâneas inclui o afastamento dos fatores deflagradores, tratamento medicamentoso preventivo, uso de medicamentos abortivos – para os momentos de dor – e as terapias acessórias ou não medicamentosas .

A migrânea pode ser dividida em dois subtipos principais: migrânea com aura ou clássica e migrânea sem aura ou comum.

A relação entre a enxaqueca clássica e a comum é de 1:5 .

O diagnóstico de migrânea baseia-se em critérios clínicos publicados em 2003 pela Sociedade Internacional das Cefaleias:

1. Critérios diagnósticos da Sociedade Internacional de Cefaleias para migrânea
(2003):

1.1 – Migrânea sem aura – Critérios diagnósticos:
A. Ao menos cinco crises – preenche critérios B-D.
B. Crises de cefaleia com duração de 4-72 horas, quando não tratadas ou tratadas
sem sucesso.
C. Cefaleia tem ao menos duas das seguintes características:
. localização unilateral
. qualidade pulsátil.
. intensidade da dor de moderada à grave
. agravamento da dor por atividade física de rotina (andar ou subir escadas)
D. Durante a cefaleia, pelo menos um dos seguintes:
. náuseas e/ou vômitos
. fotofobia e fonofobia
E. Não ser atribuível a outras causas.

1.2 – Migrânea com aura – Critérios diagnósticos:
A. Ao menos duas crises – preenche critério B-D
B. Presença de aura definida por pelo menos um dos seguintes critérios, à exceção
de fraqueza motora:
. sintomas visuais completamente reversíveis, – incluindo presença de sinais
positivos (luzes, pontos ou linhas brilhantes) e/ou negativos (perda da visão)
. sintomas sensoriais completamente reversíveis – incluindo achados positivos
(picadas, agulhadas) e/ou negativos (parestesias)
. disfasia completamente reversível
C. Ao menos duas das seguintes:
. sintomas visuais homônimos e/ou sintomas sensoriais unilaterais
. ao menos um dos sintomas da aura se instala gradualmente ( 5 min.) e/ou os
sintomas de aura se sucedem a intervalos  5 minutos
. os sintomas duram  5 minutos e  60 minutos
D. Cefaleia preenche – os critérios B-D para 1.1 migrânea sem aura. A cefaleia segue-se a aura dentro de 60 minutos
E. Não ser atribuível a outras causas.

A migrânea apresenta quatro estágios: os pródromos, a aura, a dor e o período de resolução com os sintomas residuais.

Os pródromos podem aparecer até 24 horas antes do início da cefaleia e normalmente podem ser caracterizados por alterações de humor, irritabilidade, anorexia, náusea, bocejos, compulsão por alimentos, dificuldade de concentração e/ou raciocínio e retenção hídrica.

A aura são sintomas neurológicos focais que podem preceder ou acompanhar a dor. Os sintomas são graduais, e se instalam em 5-20 minutos, e duram no máximo uma hora.

Considera-se que a aura é causada pela depressão alastrante cortical, na qual há uma despolarização de neurônios que começa na região occipital, (causa os sintomas visuais) e migra para o córtex frontal.

Alguns dos sintomas da aura são fenômenos visuais como luzes cintilantes, linhas em zigue-zague, ou recortadas, manchas cegas, dificuldade para focar as imagens ou uma percepção distorcida dos objetos.

Além das manifestações visuais, podem ocorrer também parestesias, disfunção motora como fraqueza ou incoordenação, dificuldade para falar ou comprometimento do equilíbrio (migrânea basilar).

Esses sintomas ocorrem em sequência e a aura visual é a mais comum.

As principais estruturas envolvidas na fisiopatologia da migrânea parecem ser o córtex, tronco cerebral, o sistema trigêmino-vascular, os grandes vasos do polígono de Willis e as fibras autonômicas que inervam estes vasos, e os vários agentes vasoativos liberados localmente.

Após o pico de intensidade máxima da cefaleia, segue-se um período de resolução, durante o qual o paciente pode vomitar e em seguida dormir.

Os sintomas residuais podem incluir fadiga, fraqueza, dificuldade de concentração e confusão mental .

Foi constatado que os pacientes com a migrânea têm tendência a apresentarem pior desempenho em tarefas que exigem habilidades de memória verbal, velocidades de processamento visuomotor e função executiva, quando comparados com pessoas sem cefaleia .

Além disso, foi visto que quando comparados a outras condições crônicas, como osteoartrose, depressão e diabetes mellitus, os migranosos obtiveram os piores escores de qualidade de vida, juntamente com os portadores de depressão.

Muitos têm afetada sua decisão acerca de empregos, evitam situações sociais ou festas em que possam desencadear crises, o que indica que a migrânea diminui significativamente a qualidade de vida não somente durante os ataques, como também nos períodos intercríticos, quando ansiedade, medo e incerteza contribuem para uma gradual retirada da maioria dos contatos sociais.

O tratamento agudo da migrânea tem como objetivo restaurar a função normal do paciente de forma rápida, eficiente e consistente, bem como aliviar ou eliminar a cefaleia e seus sintomas associados par permitir um alívio sustentado da crise e evitar o seu retorno antes de 24 horas .

As opções de drogas podem ser consideradas específicas ou não específicas: as primeiras exemplificadas pelos triptanos  e as inespecíficas são exemplificadas pela aspirina, paracetamol, anti-inflamatórios não esteroidais, e combinações de analgésicos com cafeína.

Mais recentemente, foi evidenciado que o uso combinado de um triptano (sumatriptano e rizatriptano) administrado oralmente com um anti-inflamatório não esteroidal (naproxeno, ácido tolfenâmico e rofecoxib), reduziu significativamente a recorrência da cefaleia e revelou maior eficácia no alívio da dor de cabeça, da náusea e da fotofobia.

A abordagem mais eficiente para o tratamento da migrânea inclui o afastamento dos fatores deflagradores, tratamento medicamentoso preventivo, uso de medicamentos abortivos para os momentos de dor, e as terapias acessórias ou não medicamentosas.

A prevenção medicamentosa da migrânea pode aumentar o limiar para ativação do processo migranoso tanto central como perifericamente; diminuir a ativação do centro gerador da migrânea; aumentar a antinocicepção central; aumentar o limiar para a depressão alastrante e estabilizar o sensível sistema nervoso dos migranosos; através de modificações do tono simpático ou serotoninérgico.

O tratamento profilático deve ser iniciado com o intuito de melhorar a qualidade de vida, diminuir o grau de incapacidade, reduzir a frequência e intensidade das crises, bem como facilitar a resposta ao tratamento abortivo.

Para o tratamento profilático, as classes de medicamentos utilizados são: betabloqueadores, antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos de recaptação da serotonina, antagonistas dos canais de cálcio, antagonistas da serotonina e anticonvulsivantes.

As indicações da profilaxia para a migrânea são: frequência das crises (três ou mais por mês); grau de incapacidade; falência da medicação abortiva; ineficácia da profilaxia não farmacológica, quando tiver sido essa a preferência inicial do paciente.

Muitas destas substâncias  profiláticas podem levar de 40 a 50 dias para começar a demonstrar alguma eficácia clínica, o que muitas vezes resulta em mudanças precoces nas condutas terapêuticas, ou abandono do tratamento pelo paciente.

Uma pesquisa britânica revelou que um gene defeituoso pode ser a causa das dores de cabeça características da enxaqueca.

Os cientistas envolvidos na pesquisa acreditam que a descoberta pode levar a novos tratamentos para a doença.

Segundo o estudo publicado na revista Nature Medicine, o mau funcionamento de um gene conhecido como “Tresk” faz com que fatores do ambiente ativem áreas do cérebro que controlam a dor, causando a enxaqueca.

O Ambulatório de Cefaleia atende encaminhamentos do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

Em defesa do SUS !

Acidente Vascular Cerebral. Seminário. Curso de Medicina da Famema

avc- vermelho e azulSeminário sobre Acidente Vascular Cerebral  apresentado pelos alunos  Gabriela de Fátima Batista Peloso e  Hugo Rodrigues Rosa- alunos do 4º ano do curso de medicina da Famema no Ambulatório Neurovascular- Ambulatório Mário Covas- disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

O importante é enfatizar aos alunos do 4º ano do curso de medicina que podemos fazer uso do rt-PA até 4,5 horas do início dos sintomas.

A Organização Mundial de Saúde, defende que o AVC é provocado por uma interrupção no suprimento de sangue ao cérebro, e ocorre quando uma artéria que fornece sangue ao cérebro fica bloqueada, ou se rompe.

Se as células cerebrais perdem o suprimento de oxigênio e de nutrientes por consequência podem parar de trabalhar temporariamente ou então, morrem. A morte resulta em áreas de necrose localizada que são designadas como infartos cerebrais. Mas existem muitas células remanescentes que podem provocar o ressurgimento de movimentos perdidos se o paciente for tratado devidamente.

As causas mais comuns de AVC são os trombos, embolismo ou  ainda trombofilias.

Os infartos cerebrais resultam de dois processos patológicos, a trombose, que é o bloqueio de uma artéria do cérebro, causado por um coágulo sanguíneo sólido ou trombo que se forma dentro do sistema vascular; e a embolia, que é um bloqueio causado por um fragmento destacado do trombo que se formou em outro local e é levado para o cérebro pela corrente sanguínea .

A terapia trombolítica é a única forma de diminuir ou impedir sequelas dessa patologia.

Os usuários do SUS  atendidos pelo Hospital das Clínicas ainda não recebem a terapia trombolítica usada em todo o mundo, e em grandes centros médicos do Brasil (UNESP, USP, UNICAMP, FAMERP),  que pode mudar o curso da evolução do AVC.

Sem Unidade de AVC, as sequelas serão enormes nos usuários do SUS que procuram o Hospital das Clínicas.

O projeto existe com recursos do Ministério da Saúde.

Em defesa do SUS !

avc- azul-lado

Doença de Parkinson. Seminário. Curso de Medicina da Famema

doena de parkinson - azulSeminário apresentado pelo acadêmico Cássio  Guedes Pelegrini Júnior no ambulatório de Neurologia- Ambulatório Cefaleia- Ambulatório Mário Covas -disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde  da Famema sobre a  Doença de Parkinson.

Os tremores na Doença de Parkinson, ao lado da hipertonia e bradicinesia, são sinais que devem ser percebidos de plano pelo aluno de medicina, já que a partir da constatação dos mesmos, a patologia já dever ser pensada.

A terapia para a Doença de Parkinson evoluiu muito nos últimos anos, e a medicina consegue minimizar os sinais e sintomas por décadas, desde que o doente receba tratamento adequado e eficaz.

O retardo no tratamento é prejudicial ao doente.

A população brasileira está envelhecendo, e o manejo da terapia em tremores, notadamente na Doença de Parkinson deve ser de compreensão para o aluno de medicina, independente de ser neurologista ou não, pois os pacientes podem procurar clínicos gerais e ou geriatras, antes de procurar o neurologista.

A doença de Parkinson é uma patologia relativamente comum e de causa desconhecida.

Pode iniciar em qualquer idade, mas é raríssima antes dos 65 anos.

Ocorre perda de neurônios em regiões específicas do cérebro. É uma doença degenerativa e progressiva, que geralmente evolui lentamente durante muitos anos.

O quadro clínico clássico é de tremor, rigidez e lentificação de movimentos.

O tremor geralmente é o que chama atenção primeiramente.

No início é de um lado só do corpo (com a evolução atinge também o outro lado). Isso é um aspecto muito importante a ser ressaltado, a Doença de Parkinson geralmente começa assimétrica (diferente de outros tremores que são geralmente simétricos).

O tremor é mais percebido quando o membro está relaxado (tremor de repouso), geralmente melhora com a ação do membro e desaparece durante o sono. É geralmente um tremor grosseiro, com alta amplitude e frequência baixa, como se o paciente estivesse “contando moedas” com as mãos.

Além do tremor o paciente apresenta rigidez muscular. Essa rigidez é percebida quando tenta-se movimentar a articulação do paciente com ele relaxado, nota-se que a articulação fica mais dura.

Outro parâmetro é a lentificação progressiva dos movimentos. O paciente com Parkinson faz movimentos mais lentos e dificultosos, por vezes hesita ao tentar iniciar uma ação.

Além dessa Tríade Clássica (tremor de repouso / rigidez e lentificação dos movimentos) outras coisas podem ser notadas no paciente:

1- Alteração de marcha = o paciente passa a andar diferente. O tronco fica mais curvado para frente e os passos mais curtos. Os braços passam a balançar menos em relação ao corpo do paciente (perda do balanço passivo dos braços). O paciente pode ter dificuldade em iniciar a marcha.

2- Alteração no rosto do paciente = o paciente com Parkinson fica com o rosto menos expressivo, chamamos isso de “rosto em máscara” ou “rosto congelado”. Como o rosto expressa nosso estado emocional o paciente com Parkinson pode ter dificuldade em transmitir seu estado de espírito atual, parecendo por vezes mais triste e desinteressado do que realmente está.

3- Instabilidade Postural = o paciente com Parkinson pode ter maior tendência a quedas sem motivos aparentes. Ele se instabiliza com maior facilidade, principalmente quando vira ou muda de direção durante a marcha. Quedas são frequentes, principalmente após dois  ou três anos do início da doença.

4- Alterações do sono. Com relativa frequência o paciente com Parkinson move-se durante o sono, como se estivesse vivenciando seus sonhos. Essa é geralmente uma queixa de quem dorme ao lado do paciente, uma vez que este geralmente nem percebe.

O tratamento da Doença de Parkinson é também multiprofissional.

A reabilitação com fisioterapia aliada ao uso de medicações geralmente mantém a capacidade funcional do paciente por muitos e muitos anos.

Poucas doenças crônicas em neurologia respondem tão bem aos remédios como a Doença de Parkinson.

No início do tratamento o paciente pode ficar completamente livre dos sintomas ou pelo menos muito bem compensado a ponto de ter uma vida independente e produtiva.

Com a evolução da doença os medicamentos precisam ser constantemente ajustados e eventualmente aliados a outras drogas para terem o mesmo efeito. Pode surgir efeitos colaterais associado ao uso intenso dessas medicações, tais como movimentos involuntários.

Na fase mais tardia o controle dos sintomas é parcial, mas ainda muito importante.

Não existe cura definitiva para essa patologia, mas os excelentes resultados do tratamento dependem do reconhecimento precoce do problema e da busca pelo atendimento adequado na rede de atenção básica.

O Brasil precisa de médicos competentes e compromissados para cuidar dos pacientes com Doença de Parkinson !

doença de parkinson 2

Alunos protestam nas dependências da faculdade. Curso de medicina da Famema3 estrelas. Guia do Estudante. Editora Abril

Alunos do curso de medicina, mais uma vez, protestaram  no dia 29 de setembro de 2011 no pátio da Faculdade de Medicina de Marília ao tomarem conhecimento de que o curso médico avaliado recebeu o conceito de 3 estrelas pelo Guia do Estudante de 2011.

O fato do dia 29 de setembro ocorreu 15 dias após a última manifestação em face de como o curso de medicina vem sendo tratado pela instituição, que na defesa da metodologias ativas de ensino-aprendizagem, se tornaram um fim em si mesmas.

Impossível o diálogo com a coordenadoria do curso de medicina apontam os alunos.

A antiga  e tradicional pedagogia de transmissão foi abolida da instituição sob a égide  de que na certeza de substitui-la por PBL promoveria excelentes resultados de forma incontestável.

reclamação - 40 horas

O sistema adotado  na Famema é o PBL ou ABP  associado à Metodologia Problematizadora.

No  PBL  da Famema não existem aulas magnas como no método tradicional.

O Ministério de Educação do Brasil seguindo a tendência mundial de se adotar a metodologia Problem-Based Learning (PBL) por meio de programas como o PROMED (Programa de Incentivo às Mudanças Curriculares das Escolas Médicas) e o Pró-Saúde (Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde), custearam à transição para o novo currículo na Famema com investimento do governo federal.

Muitas faculdades se inscreveram nesses programas porém poucas foram selecionadas.

reclamação- das uppsDos 185 cursos que apresentaram propostas ao Pró-Saúde, apenas 90 (38 de Medicina, 27 de Enfermagem e 25 de Odontologia) foram escolhidos pelo programa.

A Famema foi uma das 38 escolas médicas selecionadas para o Pró-Saúde.

Em 2000, a  Famema  já havia sido escolhida pelos mesmos órgãos federais para o PROMED, iniciativa que reformulou as diretrizes do ensino da medicina no País.

Outras faculdades selecionadas pelo PROMED foram UNIFESP, UNICAMP, PUC-SP, UEL, FAMEMA, PUC-RS, entre outras.

Muitas declinaram da sugestão do MEC e continuaram no modelo tradicional.

Em que pese a metodologia ativa ser mais uma ferramenta no processo ensino-aprendizagem, não se pode anular a pedagogia de transmissão de conhecimentos de disciplinas básicas como se não fossem mais importantes.

Alguns ufanistas defensores das metodologias ativas afirmam que o aluno diante de uma situação real deverá buscar  conhecimentos  por competência para dar resolubilidade em determinada situação fática sem necessidade de terem aulas teórica e seminários anteriores na graduação.

reclamação - fatec

O PBL é ativo para o aluno e passivo para professor no processo ensino-aprendizagem ?

Existiria o docente  que abriria mão do seu direito de transmitir conhecimento ao aluno ?

Assim decorre que se os alunos passarem nas melhores Residências de Medicina do Brasil,  mérito da instituição, mas se não passarem  será culpa dos alunos,  pois como o ensino é centrado no aluno, ele, em tese, será sempre responsável pelo seu futuro.

reclamação respeitoÉ o álibi perfeito para insistir nessa ferramenta/modelo de ensino de forma exclusiva  para o curso de medicina, e ainda contar com o “Professor Colaborador ” da Rede de Atenção Básica em Saúde, que muitas vezes, nem quer o aluno estagiando nas USF(s) de Marília e ou de Garça (outro campo de estágio de alunos da 4ª série do curso de medicina.

Inexplicavelmente o atual Secretário Municipal de Saúde de Marília Júlio Zorzetto, o qual é docente na Famema, não permite alunos da medicina em Unidades de Saúde da Família – Rede de Atenção Básica de Marília.

Em síntese nos dias de hoje a Famema é instituição nota/conceito 3 estrelas pelo Guia do Estudante – Editora Abril – que avalia os cursos superiores pelo Brasil, além do INEP ligado do MEC.

Precisamos implementar as metodologias ativas associadas ao modelo tradicional de ensino nas cadeiras básicas: anatomia, histologia, bioquímica, fisiologia, farmacologia, microbiologia, parasitologia, imunologia e patologia.

Egresso de medicina sem dominar essas disciplinas terá grande dificuldade da boa praxis médica.

Em defesa do ensino nas faculdades públicas com qualidade !

FAMEMA - CLOSE