Arquivo da tag: Milton Marchioli

Acidente Vascular Encefálico. Seminário. Curso de Medicina da Famema

avc- amareloSeminário apresentado pelos  alunos  do 4º ano do curso de medicina Andréa Mansinho e Sinval  Carrijo – Ambulatório Neurovascular- disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde – Famema sobre o Acidente Vascular Encefálico.

O Acidente Vascular Encefálico  é importante causa de mortalidade, e uma das patologias que mais contribui para as perdas laborais definitivas junto ao INSS  (Instituto Nacional do Seguro Social) pelas inúmeras sequelas que produz.

A hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a hipercolesterolemia e o tabagismo são os principais determinantes do AVC.

Sedentarismo e alcoolismo são outras variáveis determinantes de AVC.

Somente controle satisfatório dos níveis pressóricos, melhor controle da glicemia, redução dos níveis de colesterol e ausência do  hábito de fumar podem reduzir a incidência dessa patologia tão incapacitante.

O AVC pode ser evitado ou minimizado com  Políticas Públicas de Saúde eficazes, e o Ministério da Saúde tem contribuído ao implementar na rede básica de saúde programas para controle da hipertensão arterial e diabetes, com incremento no repasse de verbas aos municípios engajados na luta contra essas patologias.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é obrigado a fornecer perna mecânica, braço mecânico, cadeiras de rodas, muletas e outros tipos de próteses, órteses e demais aparelhos ortopédicos para os segurados e dependentes.

Essas próteses e órteses estão previstas na Lei 8.213/91, nos artigos 89 e 90, bem como no Decreto 3048/99 .

A Lei de Benefícios da Previdência Social e o Regulamento da Previdência Social preveem que o benefício é devido em caráter obrigatório, inclusive aos aposentados e para habilitá-los ou reabilitá-los não apenas profissionalmente, mas também socialmente.

Muitos que ingressam na Justiça para obtenção de próteses ou órteses, ao invés de solicitarem ao INSS, pedem para o Sistema Único de Saúde (SUS), cuja rede rede pública é gerida pelo Município, Estado e/ou União.

Ressalta-se que além dos benefícios pagos em dinheiro, o INSS também é obrigado a prestar alguns tipos de serviços para os segurados e seus dependentes.

Um desses serviços é a habilitação e a reabilitação profissional, que consiste numa espécie de (re) inserção profissional e social dos segurados e seus dependentes, vitimados por alguma lesão ou sequela.

Dentro dessa linha de serviços está o fornecimento de próteses e órteses.

A prótese substitui uma parte do corpo por uma peça artificial. Ex.: perna mecânica, braço mecânico etc.

Órtese é um apoio ou dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuro-musculo-esquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou ortopédica.

São aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório ou não, destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo. São exemplos de órteses: muletas, andadores, cadeiras de rodas, palmilha ortopédica, tutores, joelheiras, coletes, munhequeiras etc.

A principal diferença entre uma órtese e uma prótese reside no fato da órtese não substituir o orgão ou membro incapacitado.

Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade!

avc- samu

Semiologia Neurológica aplicada a um caso clínico. Seminário. Curso de Medicina da Famema

semiologia - nuvem de palavrasSeminário de Semiologia Neurológica  apresentado ao final do estágio da cidade de Garça – USF Araceli com os alunos do 4º ano do curso de medicina da Famema – Amanda de G. Pettersen, Bruna G. Cascaldi e Cássio G. P.  Júnior.

Trata-se da aplicação da semiologia neurológica aplicada a um caso clínico com imagens das principais vias aferentes e eferentes, semiotécnica dos nervos cranianos e do cerebelo.

O caso clínico é de uma perda súbita de força muscular, achados semiológicos  da Síndrome do Neurônio Motor Superior, e ao final da apresentação clínica, a discussão do uso de trombolíticos ou não para o caso clínico em tela.

O trombolítico Alteplase é uma excelente medicação para evitar a evolução do AVC, e possíveis sequelas.

Deve ser aplicado até 4,5 horas do início dos sintomas de AVC.

O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é uma das mais importantes causas de mortalidade e morbidade em todo o mundo.

A atual disponibilidade de métodos mecânicos e farmacológicos para o restabelecimento do fluxo sanguíneo cerebral em uma artéria obstruída tem possibilitado a mudança da historia natural do AVCI.

A trombólise endovenosa com rt-PA é atualmente a terapêutica mais estudada e com maior evidência de benefício em promover recanalização arterial.

Entretanto, uma importante limitação da trombólise endovenosa é a necessidade de seu uso dentro de uma janela temporal de 4,5 horas após o início dos sintomas, um dos motivos pelos quais outras estratégias foram desenvolvidas.

Trombólise intra-arterial isolada ou combinada à endovenosa até 6 horas, métodos endovasculares como angioplastia e colocação de stent são outros métodos eficazes já incorporados em Centros de Neurologia avançados.

Em defesa de Saúde Pública com qualidade!

caso clinico - quadrado

Semiologia Neurológica. Seminário. Curso de Medicina da Famema

martelo azulExame Neurológico apresentado pelo Dr. Werner Garcia de Souza, Residente da disciplina de Neurologia da Faculdade de Medicina de Marília- Famema- em 2011.

Importante dizer aos alunos do curso de medicina, que sem conhecimento de neuroanatomia, e sem estudo das patologias das doenças neurológicas, é impossível se aprender semiologia neurológica.

Sem conhecer semiologia neurológica, impossível aprender doenças clínicas neurológicas.

Ainda vale dizer que sem aulas de neuroanatomia e histologia do sistema nervoso central e periférico em peças de estudo e lâminas , e não apenas figuras de livros, é ir contra o bom senso da aprendizagem significativa.

Para quem gosta do “PBL made in Famema”  deve ser uma missão impossível aprender semiologia sem passar pela histologia e anatomia anteriormente.

E sem aprender neuroanatomia, será impossível se aprender tomografia e ressonância de crânio

O Exame Neurológico deve ser procedido assim:

Anamnese

  • Idade, cor, sexo, naturalidade, profissão.
  • Queixa Principal: usar as palavras do paciente.
  • História da doença atual: início e modo de instalação. Dirigir a história quanto à evolução (lenta em doenças musculares progressivas, progressiva em tumores e doenças degenerativas, surtos em esclerose múltipla, paroxística em epilepsia,  e enxaqueca) ; sono, perdas de consciência, etc.
  • História física : gestação, parto e desenvolvimento psicomotor.
  • História da patologia pregressa: acidentes e traumatismos, cirurgias, parasitoses, alergias, doenças venéreas, etc.
  • História pessoal: habitação e alimentação (avitaminoses, neuropatias carenciais) vícios, trabalho e condições emocionais.
  • Antecedentes familiares: patologias hereditárias como esclerose tuberosa, Degeneração Muscular Progressiva, Huntington, Doença de Wilson,  etc.

Exame Físico

Exame físico cuidadoso, visto não ser o sistema nervoso uma entidade isolada e fazer parte de um todo, o corpo humano, sendo várias de suas patologias causadas por alterações de outros órgãos.

AVC isquêmico: baixa pressão arterial — baixo fluxo sanguíneo cerebral. Choque: insuficiência ventricular; uso de drogas anti-hipertensivas e diuréticos. Embolia: fibrilação atrial; lesões oro-valvulares, Doença de Chagas. Trombose: arteriosclerose, Lues. Hemorragias: arteriosclerose, infecções. Neoplasias: metástases da mama, próstata, melanonas. Meningites e abscessos: otites, tromboflebíites, sinusites.

Cada item do exame neurológico é importante na elaboração do diagnóstico .

Relacionamos abaixo, de forma didática, as diversas etapas deste exame e, a seguir, alguns detalhes que julgamos importantes com relação a cada item.

A .Inspeção

B. Crânio e coluna

C. Estática

D. Amplitude dos movimentos

E. Marcha

F. Força muscular

G. Tônus muscular

H. Coordenação

I. Reflexos superficiais e profundos

J. Sensibilidade superficial e profunda

L. Nervos cranianos

M. Palavra e linguagem

N. Sistema Nervoso autônomo

O . Estado mental

O  desafio é compreender a semiogênese dos sinais semiológicos, e não apenas decorar os achados sem interpretação.

O melhor método de se aprender semiologia neurológica é com aulas magnas de neuroanatomia, e após a teoria, a prática nos laboratórios de anatomia e histologia, e por fim,  aplicação nos Ambulatórios de Neurologia.

Em defesa de ensino superior com qualidade.

dejerine

Semiologia Cardíaca – Valvas Mitral e Aórtica. Seminário. Curso de Medicina da Famema

semiologia - coraçãoSeminário apresentado pelos alunos Amanda de Gouvêa Pettersen, Bruna Grici Cascaldi e Cássio Guedes Pelegrini Júnior no ciclo pedagógico da cidade de Garça- USF Araceli – debatendo as  principais patologias valvares: insuficiência mitral, estenose mitral, insuficiência aórtica e estenose aórtica.

A semiotécnica cardíaca é fundamental para o cardiologista formular as hipóteses diagnósticas das doenças valvares.

Em que pese a  Faculdade de Medicina de Marília (Famema) se utilizar de metodologias  ativas de  ensino-aprendizagem consideradas ultramodernas, nada como a aula magna de anatomia, seguida de aula de semiologia cardíaca,  e discussão em ambulatórios  de cardiologia com  pacientes reais, e não paciente simulados de LPP (Laboratório de Prátíca Profissional), no modelo “PBL made in Famema” para se aprender a ausculta cardíaca em manequins.

O aparelho cardiovascular é formado por um órgão propulsor de sangue, e uma rede vascular de distribuição.

Excitados periodicamente, os músculos do coração se contraem impulsionando o sangue através dos vasos a todas as partes do corpo.

Para a semiotécnica é preciso:

É necessário conhecer a projeção do coração e os grandes vasos da base na parede torácica .

· Borda direita – Veia cava superior e o átrio direito (borda esternal direita).

· Borda esquerda – Artéria aorta artéria pulmonar e ventrículo esquerdo (borda esternal esquerda).

Realiza-se a inspeção e palpação simultaneamente.

Examinando deve estar em decúbito dorsal elevado a 30º e o examinador do lado direito ou esquerdo.

Investigam-se:

· Abaulamentos, depressões ou achatamentos pré-cordiais (olhando de maneira tangencial e frontal).

· Análise do ictus cordis ou choque da ponta ou ponto de impulso máximo (PIM) ou ponto apical.

Varia de acordo com o biótipo, localiza-se no cruzamento da linha média clavicular esquerda com o 4º. ou 5º. espaço intercostal.

Consiste em um impulso normal, periódico e circunscrito, sentido como uma pulsação suave de 1 a 2 cm de diâmetro.

Este pode alterar sua localização em estado patológicos e fisiológicos.

Os fisiológicos são:

– normolíneos – 4º espaço intercostal esquerdo, 6 a 10 cm da linha médio esternal.

– brevelíneos – 4º espaço intercostal esquerdo, a mais de 8 cm da linha médio esternal.

– longilíneos – 5º espaço intercostal esquerdo, a menos de 8 cm da linha médio esternal.

Nas patologias pode estar desviado ou ausentes.

· Pulsações epigástricas – podem ser vistas ou palpadas, correspondendo à transmissão na parede abdominal das pulsações aórticas.

· Pulsações supra esternal ou na fúrcula esternal – podem aparecer e dependem das pulsações na croça da aorta.

Ausculta

Pode ser realizada com o cliente em várias posições: deitada, em decúbito lateral, sentado ou em pé.

Os focos de ausculta são:

· Mitral (FM) – localiza-se na sede do ictus cordis.

· Aórtico (FAo) – localiza-se no 2º espaço intercostal direito na linha paraesternal.

· Aórtico acessório (FAA) – localiza-se no 3º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal (ponto ERB).

· Pulmonar (FP) – localiza-se no 2º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal.

· Tricúspide (FT) – localiza-se na base do apêndice xifóide.

A ausculta cardíaca começa no foco apical e vai ao longo da borda esternal esquerda até o foco aórtico e pulmonar. Após, coloca-se o examinando em decúbito lateral esquerdo e ausculta o foco mitral à procura de sopro.

Devemos observar:

– Ritmo: classificando-o em regular ou irregular.

– Frequência – número de batimentos cardíacos em 1 minutos.

OBS.: É importante a contagem simultânea do pulso apical (ictus cordis) e do pulso radial, pois em determinadas patologias poderá haver variação de um pulso para o outro.

– Bulhas cardíacas

· 1ª. Bulba (B1) – Corresponde ao fechamento das valvas mitral e tricúspide. Melhor ouvida no ictus cordis (ápice cardíaco).

· 2ª. Bulba (B2) – Corresponde ao fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais agudo, duração menor que a 1ª. Bulba (melhor ouvida nos focos aórtico e pulmonar – base do coração).

– Arritmias cardíacas – é quando há alteração no ritmo, frequência ou ambos.

Sendo assim, torna-se de fundamental importância para os profissionais de saúde saber como examinar adequadamente o sistema cardiovascular empregando semiotécnica e semiogênese adequadas.

Lutemos por uma Famema melhor!

Em defesa do Serviço de Hemodinâmica no Hospital das Clínicas de Marília!

Anticonvulsivantes. Seminário. Curso de Medicina da Famema

medicamento 9Seminário apresentado pela aluna do 4º ano do curso de medicina da Famema -Mirella Almeida de Oliveira- Ambulatório de Cefaleia –  disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

Uma revisão dos principais fármacos usados como drogas anticonvulsivantes.

Existem vários anticonvulsivantes surgidos na medicina, principalmente na década passada, mas nem todos estão disponíveis na rede básica de saúde para serem utilizados no tratamento de epilepsia, ou mesmo como profilaxia para a Enxaqueca, como topiramato e ácido valpróico.

É fundamental também o profissional  levar em consideração o custo no momento da prescrição, pois se não houver a compra do medicamento pelo paciente ou não for disponibilizado na rede básica de saúde, não haverá sucesso terapêutico.

O tratamento da epilepsia é realizado através de medicações que possam controlar a atividade anormal dos neurônios, diminuindo as cargas cerebrais anormais.

É extremamente difícil, se não impossível, predizer o sucesso do tratamento para o paciente individual com base no mecanismo de ação dos fármacos.

Apenas algumas generalizações são possíveis:

Pacientes com crises tônico-clônicas generalizadas e com crises parciais obtêm mais sucesso com fármacos bloqueadores dos canais de sódio (carbamazepina, oxcarbazepina, fenitoína, lamotrigina e ácido valpróico).

  1. Pacientes com múltiplos tipos de crises respondem preferencialmente a fármacos com múltiplos mecanismos de ação (ácido valpróico, lamotrigina, topiramato).
  2. Pacientes com ausências são mais responsivos a bloqueadores dos canais de cálcio de tipos T (etossuximida), N e P (lamotrigina).

O passo mais importante para o sucesso terapêutico é a correta identificação de tipo de crise e síndrome epiléptica, já que os mecanismos de geração e propagação das crises são diferentes, e os vários anticonvulsivantes agem por diversos mecanismos que podem ou não ser favoráveis a cada síndrome.

A escolha do antiepiléptico deve levar em consideração efeitos adversos (especialmente em crianças, mulheres em idade reprodutiva, gestantes e idosos), tolerabilidade individual, facilidade de administração e custo do tratamento.

Existem medicamentos de baixo custo e com poucos riscos de toxicidade.

Geralmente, quando o neurologista inicia com um medicamento, só após atingir a dose máxima do mesmo, é que se associa outro , caso não haja controle adequado da epilepsia.

 Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade!
medicamento cifrão

Diretriz da SBC sobre Angina Instável e IAM sem Supradesnível do Segmento ST

diretriz - logoDiretriz da Sociedade  Brasileira de Cardiologia para Angina Instável e IAM sem supradesnível do seguimento  ST.

A Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sem supradesnivelamento do ST são apresentações clínicas da insuficiência coronariana aguda, e que sendo diagnosticadas precocemente podem evoluir sem repercussões hemodinâmicas importantes.

A  Unidade Coronariana é de fundamental importância para o diagnóstico e tratamento clínico precoces, pois são pacientes instáveis hemodinamicamente e necessitam de cuidados intensivos.

Na segunda metade do século XX, introduzidas por Desmond Julian, na Grã-Bretanha, surgiram as unidades de cuidados coronarianos.

Responsáveis por um dos maiores avanços isolados no tratamento do infarto, reduziram a mortalidade de 30% para 15% nas primeiras horas de evolução,contribuindo para uma melhor apreciação no diagnóstico e manejo das arritmias, para advento da monitorização cardíaca contínua, para o desenvolvimento das manobras de ressuscitação cardiopulmonar e dos desfibriladores externos e para o melhor treinamento de médicos e enfermeiros.

Esses avanços evoluíram ainda mais com a monitorização hemodinâmica por meio do cateter de Swan-Ganz e com a utilização do balão de contrapulsação aórtica, auxiliando no manejo agressivo da insuficiência cardíaca e do choque cardiogênico.

Surgiram também as unidades intensivas móveis, equipadas com material e pessoal treinados na detecção e tratamento das arritmias fatais, especialmente a fibrilação ventricular.

As Unidades Coronarianas se tornaram protagonistas da cardiologia Intervencionista nos Séculos 20 e 21, pois nesses locais, as síndromes coronarianas agudas são tratadas por equipes médicas bem treinadas e com competência para os pacientes de alto risco.

Em defesa do SUS !

angina