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A revolução pedagógica nas faculdades de medicina. Uma doutrinação marxista chamada PBL

Um livro que serve como importante alerta a esse perigo é Maquiavel Pedagogo, do francês Pascal Bernardin. O autor afirma, sem delongas e logo na introdução:

Uma revolução pedagógica baseada nos resultados da pesquisa psicopedagógica está em curso no mundo inteiro. Ela é conduzida por especialistas em Ciências da Educação que, formados todos nos mesmos meios revolucionários, logo dominaram os departamentos de educação de diversas instituições internacionais: Unesco, Conselho da Europa, Comissão de Bruxelas e OCDE.

No Brasil, e nas faculdades de medicina, atende pelo nome de PBL(Problem Based Learning).

Alguns alunos em movimentos universitários o denominam de Piada Barata Legalizada.

Uma denominação mais que precisa !

Segundo Bernardin, trata-se de uma nova roupagem da velha utopia comunista.

O livro conta com aproximadamente metade de seu conteúdo extraído diretamente de material dessas instituições.

É repleto de citações que mostram a “novilíngua” dos pedagogos.

Afirma Barnardin, estamos diante de técnicas de lavagem cerebral mesmo, como a dissonância cognitiva deliberada para tornar os alvos mais dóceis ao pacote de doutrinação.

Conteúdo temática nem se cogita, melhor definir os comportamentos com alunos com técnicas de psicologia para condicionar afetivamente o aluno em militante da esquerda subliminarmente, em doses de comportamentos já pré-estabelecidos, e apontados pelos facilitadores de ensino como “pílulas de biopsicossocial”.

Isso faz o poder de estrago ser muito maior, pois o comum dos mortais, “realizando simplesmente seu trabalho, sem qualquer hostilidade particular, pode-se tornar o agente de um processo de destruição terrível”.

Os professores acabam acreditando e absorvendo a missão nova, não mais de passar conhecimento objetivo em suas respectivas áreas, mas sim de modificar essencialmente os alunos e sua visão de mundo.

Essa nova abordagem pedagógica usurpa das famílias a principal função de educar, no sentido mais amplo, seus próprios filhos, transferindo tal responsabilidade para o Estado, para os professores treinados com base na mesma doutrina.

Os professores perdem a autoridade em sala de aula, e a escola transfere para o Estado se sua missão institucional está adequada por duas ferramentas avaliadoras: Enade e IGC (Índice Geral de Cursos).

As declarações dos mais influentes “educadores”, muitas contidas em documentos oficiais da Unesco, não deixam muita margem à dúvida.

A ambição moderna da pedagogia social é alterar profundamente os seres humanos, buscar uma “larga e profunda modificação das atitudes sociais em geral”.

Os pais, com seus “preconceitos”, especialmente religiosos, representam uma grande barreira a tal missão, e por isso o processo deve incorporar os pais nesta luta por mudança.

Talvez, enfrentar os pais, com o discurso de que ” os tempos são outros”, e os pais devem ser “mais flexíveis”(leia-se politicamente corretos).

Instalar o caos e o permissionismo nas escolas com essa pedagogia baseada no comunismo, e transformando os alunos incapazes para reagirem.

Nessa pedagogia nefasta como afirma Bernardin, todos os esforços dos professores devem estar voltados para acelerar essa “evolução social” e redimir certos “atrasos culturais”.

A cada encontro uma engenharia comportamental: o ser politicamente correto.

Esqueçam ensinamentos sólidos com base no conhecimento objetivo, tradicional, e o foco cognitivo da educação.

Isso tudo pertence ao passado.

As tarefas assumidas pelos pedagogos modernos são mais “progressistas”, mais abrangentes, mais “nobres”: criar seres humanos mais “conscientes”, mais engajados politicamente, mais “tolerantes”, adeptos do multiculturalismo, interculturalsimo e o criptocomunismo.

Estamos diante de uma subversão de valores morais em nome da “democratização” do ensino que, na prática, nada mais é do que a socialização das crianças e a coletivização dos espíritos.

Tudo isso, claro, com base no conhecimento “científico”, nas experiências pedagógicas e nas teorias sociais. Eis a estratégia, segundo Bernardin:

Portanto, a manobra destinada a modificar os valores articula-se assim: inicialmente, impedir a transmissão, especialmente por meio da família, dos valores tradicionais; face ao caos ético e social daí resultantes, torna-se imperativo o retorno a uma educação ética – controlada pelos Estados e pelas organizações internacionais, e não mais pela família. Pode-se, então, induzir e controlar a modificação dos valores.

Essa é uma campanha cultural globalista, com o objetivo de “inculcar nos alunos uma atitude mundialista, ensinando-lhes principalmente a reconhecer e a evitar os preconceitos culturais e a encarar com tolerância as diferenças étnicas e nacionais”, nas palavras do próprio documento de referência da Conferência Mundial sobre  Educação para Todos.

A mentalidade coletivista permeia toda essa pedagogia moderna.

As “experiências” sociais fora ou dentro da sala de aula se tornam mais importantes do que a cobrança tradicional de conhecimento. Aos alunos deve ser dada a possibilidade de “negociar e de fixar os próprios objetivos”. O “civismo” dos alunos deve ser avaliado, talvez com mais atenção do que o conhecimento objetivo.

“São dois real”, de repente, passa a ser uma forma diferente de se expressar, e não mais equivocada.

Não são teorias conspiratórias, mas conclusões feitas com base nas próprias declarações dos principais pedagogos e organizações internacionais.

Citamos John Dewey, socialista, Stanley Hall, coletivista autoritário, e Paulo Freire, marxista brasileiro, ajudou a criar uma legião de discípulos que dominaram a pedagogia em nível mundial.

Dewey rejeitava inclusive a noção de inteligência como algo individual. A inteligência “puramente individual” passa a ser um obstáculo antissocial e reacionário ao “avanço” social, que precisa ser derrubado em nome do progresso.

Qual progresso?

Aquele liderado por uma elite educada que guia uma massa de alienados?

Porque não resta dúvida de que fechar o “acesso à instrução, à verdadeira cultura e à liberdade intelectual e espiritual”, como tal revolução pedagógica efetivamente faz, acaba por condenar um enorme contingente de alunos à escravidão velada, enquanto a elite dos próprios pedagogos goza de imenso poder sobre os mesmos.

Chamar isso de educação, eis a maior falácia que pode ser feita àqueles que desejam uma educação verdadeira!

Fim do PBL e sua ideologia enganadora de ensino nas faculdade de medicina, no qual alunos nunca entraram em laboratórios por 12 meses em aulas de anatomia, fisiologia, histologia, patologia, bioquímica, farmacologia, etc.

Antes preferem discutir o biopsicossocial do paciente, e não sobre a fisiopatologia da doença.

Fim de ensinamento socialista nas faculdades de medicina !

E fim do slogan “opressores e oprimidos”, “aprender a aprender”,  e “dever do indivíduo destruir os opressores e lutar a favor dos oprimidos pela crítica do biopsicossocial”.

E aí os melhores cérebros que apenas não compactuam com esse carnaval ideológico são drasticamente marginalizados e enterrados num desperdício para o país. Aí fica a pergunta, quando as universidades brasileiras vão ter coragem de gritar: Adeus, Lenin. Adeus,  Karl Marx!

PBL EM FACULDADES

 

Maquiavel Pedagogo nos cursos de medicina do Brasil modelo PBL

educaçãoExcelente texto do colunista Rodrigo Constantino, Revista Veja, que fala sobre a doutrinação marxista na faculdades do Brasil, e lógico, nas faculdades de medicina com o modelo de ensino PBL (Problem Based Learning).

Eis o texto:

Começo com um alerta: por mais importante que seja melhorar a educação para o futuro de nosso país, ela não é uma panaceia, uma solução mágica para todos os nossos males.

Basta pensar em Cuba, que teoricamente tem boa educação, mas na verdade possui somente doutrinação ideológica e muita miséria.

Ou na Alemanha, que mesmo com população razoavelmente educada pariu o nazismo. Ou, ainda, na Argentina, que com população mais educada do que a média da América Latina, acabou presa do populismo demagógico de Perón e do casal Kirchner mais recentemente.

Dez em cada dez especialistas apontam a educação como a solução para tudo, mas a pergunta crucial é: qual educação? Simplesmente jogar mais recursos públicos nesse modelo atual não resolve absolutamente nada, e pode até agravar o quadro. 

O governo brasileiro já gasta com educação o mesmo da média da OCDE em relação ao PIB, mas pouco no ensino básico e muito no superior, ambos com qualidade sofrível na melhor das hipóteses.

O foco de mudança precisa ser tanto institucional (que tipo de escola e universidade queremos) como cultural (que tipo de mentalidade desejamos valorizar como sociedade). O primeiro grande pilar para uma boa educação é o conceito de meritocracia, em detrimento ao igualitarismo democrático que nivela todos por baixo.

“Não se pode ensinar a todos no mesmo ritmo, a menos que esse ritmo seja reduzido a ponto de acomodar o menor denominador comum”, disse Thomas Sowell. “De todos os fatores numa escola, certamente o que mais explica a excelência na sala de aula diz respeito à capacidade dos professores de despertar a curiosidade intelectual dos alunos e lhes transmitir conhecimento. A questão é que os diretores das escolas raramente aplicam os critérios certos para rastrear os bons profissionais. O método mais eficaz, sem dúvida, é aderir à meritocracia”, disse Eric Hanuchek.

Como levar isso adiante em um país onde os próprios professores gritam contra a meritocracia, como no caso carioca, ou queimam livros, como no caso paulista? O maior obstáculo para a mudança institucional, portanto, é o corporativismo dos professores, que mais parece uma máfia ou uma extensão partidária da extrema-esquerda. Já no âmbito cultural, é preciso mudar o coletivismo que condena sucesso individual. Tom Jobim já dizia que, no Brasil, o sucesso é visto como pecado.

Importante também é acabar com as cotas raciais. Incapaz de fornecer uma educação básica decente, o governo arromba as portas das faculdades com o critério anticientífico de raça, segregando uma população miscigenada e cuspindo no conceito de meritocracia. Em vez de enxergar indivíduos e seus méritos ou deméritos, olha-se a cor da pele como critério predominante.

Outro pilar importante é focar mais na família do que no estado. Quem realmente se interessa mais pela educação dos filhos: os próprios pais ou os burocratas e políticos distantes em Brasília? Toda utopia coletivista tentou retirar poder dos pais e transferi-lo ao Estado: Platão, More, Skinner. Nas experiências, Esparta, União Soviética, China e Cuba.

Rousseau é o pai dessa mentalidade no mundo moderno: ele amava a “Humanidade”, mas abandonou todos os filhos num orfanato e depois bancou o educador do mundo com seu Emile, delegando ao estado tal função. A exceção não deve ser tomada pela regra: pais são imperfeitos e podem fazer mal aos filhos, mas o Estado é formado por seres humanos igualmente imperfeitos, se não piores, e sem o mesmo mecanismo de incentivos.

William Easterly, do Banco Mundial, lembra-nos que alguns pais podem investir pouco na educação dos seus filhos porque seu valor presente é baixo em um país onde a “amizade com o rei” (conexões) tem mais importância para o sucesso. Por que investir tanto em educação se o malandro ou o vagabundo se deram bem na vida só porque eram amigos de políticos poderosos?

Outro problema de se concentrar o poder da educação no estado, como quer o Projeto Nacional de Educação (PNE) modificado pela Câmara: cria-se uma ditadura da maioria, um tamanho único para todos. Teremos um ensino construtivista ou tradicional? Religioso ou laico? É a morte do pluralismo e da liberdade de escolha das famílias. Por isso tantos americanos têm apelado ao homeschooling, para fugir das imposições “democráticas”. Imaginem como seria se todos votassem e a maioria decidisse qual a única revista do mercado?

As mudanças necessárias para combater esses perigos são: institucional (voucher, que delega o poder de escolha às famílias) e cultural (derrubar o mito de Estado esclarecido, do rei-filósofo abnegado e onisciente, o deus laico da modernidade que vai cuidar de todos nós).

Outro pilar importante de uma boa educação é a valorização do conceito de conhecimento objetivo, vis-à-vis o relativismo exacerbado ou a doutrinação ideológica. Escolas e universidades são lugares onde os alunos deveriam aprender, acima de tudo, a pensar, questionar, refletir, focar nos argumentos, criticar.

Temos visto a gradual substituição desse processo por uma doutrinação ideológica marxista. Pascal Bernardin, em Maquiavel Pedagogo, diz: “Uma revolução pedagógica baseada nos resultados da pesquisa psicopedagógica está em curso no mundo inteiro. Ela é conduzida por especialistas em Ciências da Educação que, formados todos nos mesmos meios revolucionários, logo dominaram os departamentos de educação de diversas instituições internacionais: Unesco, Conselho da Europa, Comissão de Bruxelas e OCDE.”

A ambição moderna da pedagogia social é alterar profundamente os seres humanos, buscar uma “larga e profunda modificação das atitudes sociais em geral”. Os professores passam a adotar uma missão de doutrinadores, de “engenheiros sociais”. A área das exatas sofre menos, mas todos conhecemos o estágio avançado de dominação marxista na área de humanas.

Uma coisa é estudar Marx, importante pensador cujas ideias equivocadas, infelizmente, tiveram grande impacto no mundo; outra, bem diferente, é dar o peso que tem o marxismo nas diferentes áreas de ensino, como se Marx fosse um profeta detentor de uma visão acurada do futuro, ignorando-se toda a experiência histórica e as refutações teóricas que tal doutrina sofreu.

Mas os seus seguidores, inspirados em Gramsci, não querem saber disso. Como o leninismo bélico fracassou no Ocidente, o caminho para o comunismo é dominar a cultura, as instituições formadoras de opinião. John Dewey era um socialista, achava que a inteligência “puramente individual” era um obstáculo antissocial e reacionário ao “avanço” social, que precisava ser derrubado em nome do progresso; Paulo Freire levou a luta de classes para dentro da sala de aula (opressores e oprimidos); e vários como esses dois ajudaram a transformar a educação numa doutrinação marxista.

Bruce Bawer aponta para uma “revolução das vítimas” em curso. Os departamentos das universidades foram tomados por “estudos de minorias”, com forte revisionismo histórico. Sófocles e Shakespeare não são mais clássicos atemporais que desnudam a “natureza humana”, mas um instrumento do imperialismo machista grego ou britânico.

Roger Kimball, em Radicais nas Universidades, vai na mesma linha, e mostra como a educação foi totalmente politizada e ideologizada, como se perdeu o conceito de um cânone tradicional: temos agora “literatura afrodescendente” em vez de apenas literatura. Machado de Assis era mulato, mas o que isso muda no fato de ser um clássico?

“A ideia de que o currículo deva ser alterado de acordo com qualquer propósito partidário é uma perversão do ideal da universidade. O objetivo de converter o currículo em um instrumento de transformação social (de esquerda, direita, de centro ou o que seja) é o exato oposto do ensino superior”, escreveu John Searle. Mas o politicamente correto invadiu e corrompeu as universidades.

Antes um ambiente estimulante para uma educação liberal, uma espécie de conversação contínua com o saber acumulado por gerações e gerações (Michael Oakeshott), hoje as universidades são palcos para panfletos partidários e repetição de slogans ideológicos. A Escola de Frankfurt levou Marx da economia para a cultura, subverteu os valores tradicionais e desconstruiu a busca pelo conhecimento objetivo e desinteressado com seu niilismo.

Não há mais uma hierarquia do saber: jovens alunos que deveriam respeitar a autoridade e manter a humildade, de repente escutaram que vale tudo, que os professores não sabem mais que eles, que não há verdade alguma (relativismo), que ninguém com mais de 30 anos deve ser digno de confiança. Hey, teacher, leave the kids alone!

Resultado: uma tirania da juventude arrogante (reitorias invadidas) e um ensino medíocre, relativista: “nós pega o peixe” é apenas uma forma diferente, e não mais equivocada de se expressar. Valeska Popuzuda é uma grande pensadora contemporânea. Quem se prejudica mais com isso, senão justamente os jovens e principalmente os mais pobres, que têm usurpado o seu direito de aprender de verdade?

Por fim, é preciso combater a “cultura do diploma”. O Currículo Lattes vale mais do que o peso dos argumentos; tudo pelas aparências, não pelos resultados. A paixão pela sabedoria (filosofia) dá lugar à paixão pelo poder (“sabe com quem está falando?”). Acadêmicos presos em uma Torre de Marfim digladiam-se com seus diplomas, negligenciando o verdadeiro valor do conhecimento, da educação.

A universidade sempre será elitista, formadora de lideranças intelectuais; não é para todos, e não há mal algum em reconhecer isso. O Vale do Silício está cheio de “drop-outs”, empreendedores que tiveram uma educação mais adequada para seus fins no mundo dos negócios, na vida prática. Outros podem fazer cursos técnicos, especializantes. Nem todo mundo nasceu para frequentar universidades.

Enfrentar 4 ou 5 anos de vida numa universidade requer muita dedicação, representa um pesado investimento pessoal, e deveria visar a um retorno genuíno, a um engrandecimento do autoconhecimento, uma verdadeira busca da verdade; e não só um pedaço de papel, um título para alimentar o ego narcisista, a vaidade pessoal. O ambiente em nossas universidades está cada vez mais medíocre, levando muitos bons intelectos ou para fora do país ou para fontes alternativas de educação, até mesmo autodidatas.

Conclusão: o Brasil está mais distante da boa e tradicional educação liberal do que Plutão da Terra!

Fonte- Rodrigo Constantino

Acrescento ao texto de Rodrigo Constantino o vídeo do  Canal Escola de Filosofia abordando Paulo Bernardin sobre a  pedagogia esquerdizante nas faculdades do Brasil, e claro a sua maior pérola – O PBL (Problem Based Learning), no qual o aluno não é ensinado e o facilitador de ensino ou “o professor colaborador”, transmitindo pílulas de biopsicossocial, e não de conteúdos temáticos nos cursos de medicina do Brasil;

Um livro que serve como importante alerta a esse perigo é Maquiavel Pedagogo, do francês Pascal Bernardin. O autor afirma, sem rodeios e logo na introdução:

“Uma revolução pedagógica baseada nos resultados da pesquisa psicopedagógica está em curso no mundo inteiro. Ela é conduzida por especialistas em Ciências da Educação que, formados todos nos mesmos meios revolucionários, logo dominaram os departamentos de educação de diversas instituições internacionais: Unesco, Conselho da Europa, Comissão de Bruxelas e OCDE.”.

A insustentável farsa pedagógica do PBL em cursos de medicina

PBL- INFORMAÇÃO E FORMAÇÃOO que é o PBL?

O PBL (Problem-Based Learning) é o método responsável pelo ensino das bases teóricas da medicina.

Os elementos estruturantes que caracterizam um curso que utiliza o método PBL são:

  • Não existem aulas teóricas organizadas numa estrutura de disciplinas suportadas por um sistema de departamentos de medicina.
  • O ensino das ciências básicas e clínicas é feito exclusivamente por PBL.
  • Oferecer um curso com uma forte apelo à prática (sem aulas magnas e atividades de laboratórios), e o ensino das disciplinas “clínicas” começa logo no primeiro ano.

No curso de medicina modelo PBL a responsabilidade da aprendizagem é transferida do professor para o estudante, ou melhor, do “facilitador” ou ainda do “professor colaborador” que trabalha nas UBS e USF de um cidade, e muitos, nem Residência Médica fizeram.

É dito ao aluno que: o estudante deixa de ser um elemento passivo, sentado numa sala a tomar notas durante a aula, para passar a ser o principal gerador de conhecimento ao procurar ativamente a informação que necessita para resolver um determinado problema.

O aluno é o ator principal do cenário de ensino-aprendizagem.

É o que diz a nos cadernos de série das famigeradas faculdades que o implantaram !

O professor será o ator coadjuvante.

Que inversão de valores !

O ensino, ou mais corretamente, a aprendizagem do aluno, é assim orientada pelos problemas que lhe são apresentados. O papel do “facilitador” nessa engenharia pedagógica passa a ser, fundamentalmente, o de um orientador do trabalho dos estudantes.

Mero assistente de preenchimento de formulário de análise de desempenho dos estudantes.

É  ensinado e doutrinariamente pelos experts em pedagogia que: os  alunos apresentam uma melhor preparação para a resolução de problemas reais, uma maior facilidade na busca de informação, uma maior familiaridade com as fontes de informação, uma maior facilidade na aplicação do conhecimento adquirido, maior retenção do conhecimento adquirido e, de um ponto de vista mais subjectivo, um processo de aprendizagem mais estimulante e interessante.

O marketing, devo confessar, impressiona qualquer aluno ou o genitor que compareça a primeira reunião de apresentação do curso (muitas das vezes com coffee break para causar uma ótima impressão aos neófitos alunos sedentos por conhecimento).

Como é que funciona o PBL?

No processo de aprendizagem PBL, os estudantes são confrontados com um problema (caso clínico), tendo que resolvê-lo.

A análise de um caso clínico dura, em média, uma semana e inicia-se com uma sessão de uma hora e meia, onde o tutor apresenta o caso (uma pessoa com um conjunto de sintomas).

Seguidamente, os estudantes fazem uma análise preliminar do caso apresentando hipóteses para explicar o que lhes foi apresentado; desta discussão preliminar surge um conjunto de dúvidas/questões que precisam ser respondidas para poderem confirmar as suas hipóteses.

Detalhe- o caso clínico é de neurologia por exemplo, e o tutor é dermatologista.

Surreal…

Estas dúvidas são então estruturadas num conjunto de objetivos de aprendizagem que, no fim da sessão inicial, são repartidos pelos estudantes para a sessão seguinte.

Para atingirem os objetivos delineados na sessão inicial, os estudantes podem recorrer a todas as fontes de informação que desejarem, simuladores anatômicos, manequins, mídia CD/DVD etc.

A sessão seguinte, com duração de 3 horas, é onde a maior parte do trabalho se desenrolará. Os estudantes, munidos com a informação que recolheram desenvolvem um diagnóstico selecionando das hipóteses preliminares as que se adequam e melhor explicam o caso.

Paralelamente, o tutor vai fornecendo informação adicional (lendo o guia tutorial) que, em conjunto com os conhecimentos adquiridos pelos estudantes, vai permitir “desvendar” o caso clínico.

Detalhe- Os alunos perguntam muito nesse momento, e o facilitador por não ser da área temática tem apenas o guia tutorial para socorrê-lo (de vez em quando uma leitura no guia tutorial para acalmar os ânimos da discussão).

Se as perguntas são muito complexas, o facilitador  intervém na discussão com as seguintes frases: é uma primeira aproximação, portanto sem estresse; são sucessivas aproximações, e hoje não vamos esgotar esse assunto; uma hora você aprende esse tema quando for significativo para você; que tal você marcar uma consultoria, pois estou aqui para ajudar vocês; o importante é o aprender a aprender e não saber a resposta desse conteúdo; que tal marcarmos uma nova síntese e você tragam mais informações.

E por aí seguimos para a nova síntese…

Enfim, o facilitador não assume nenhuma responsabilidade pelo conteúdo, mas no momento da avaliação se transforma do pacato facilitador para o tirano avaliador ao emitir conceito satisfatório ou insatisfatório para os alunos,

E nesse momento de avaliação as águas calmas transformam-se em tsunami.

Como o aluno aceita receber um conceito insatisfatório de alguém que nunca se importou com seu aprendizado?

E nessa hora que toda a farsa pedagógica se revela: o facilitador tem mais poder que um juiz de direito, pois é ele quem decide quem passa de ano avaliando três perguntas formuladas nos formatos dos cursos de medicina que adotam o PBL.

Como tem sido ao aluno no processo ensino-aprendizagem ?

Como tem sido as relações interpessoais do aluno (aluno e tutor)[máximo da ditadura na avaliação, pois se  o tutor se quiser reprova o aluno e pronto, utilizando-se de critério subjetivo)?

Como tem sido as habilidades do aluno no processo ensino-aprendizagem?

O Problem Based Learning não passa de uma forma dissimulada de ditadura pedagógica travestida de ares de modernidade.

Se você for reprovado, o facilitador irá dizer que: “É fundamental os estudantes perceberem que a essência da sua formação depende deles próprios. Do seu esforço e autodisciplina para o estudo e o trabalho em equipe”.

O curso de medicina fica barato, pois as faculdades de medicina fazem parceria com as Secretarias Municipais de Saúde dos municípios onde a faculdade está instalada, e os alunos são inseridos na rede de atenção básica com a supervisão do “professor colaborador” (nome dado ao médico que trabalha na rede de atenção básica de saúde do município, o qual não vê a hora de passar em uma prova de Residência em Medicina, e  dar um adeus à Prefeitura Municipal, pois muitos não têm Residência M[edica).

Lógico, que todo aluno de medicina tem sonho de fazer Residência Médica.

Detalhe: frequentemente o professor colaborador tem idade muito próximo ao estudante, pois é recém-formado.

Enfim, a insustentável farsa do PBL em cursos de medicina se revela por: ausência de professores qualificados com pós-graduação, ausência de laboratórios de anatomia,  laboratórios de fisiologia e patologia sem atividades, ausência de aulas magnas, formatos anacrônicos de avaliação baseados em critérios subjetivos, planos de recuperação de alunos ausentes ou com critérios subjetivos, casos clínicos  sem  a participação de especialistas da disciplina, ausência de critérios objetivos de avaliação, e por fim, ausência de pedagogos na instituição para rediscutir o curso em andamento.

Então, o “PBL  made in Brazil” é uma farsa pedagógica nos cursos de medicina.

É um estelionato pedagógico  !

farsa

Isso é contra o método ! Surrealismo pedagógico ou Hipocrisia absoluta nas faculdades de medicina !

professor dormindo

Nesse modelo  de ensino “PBL made in Brazil” é proibido ter aulas  magnas, conferências, atividades práticas  em laboratórios de disciplinas básicas, etc.

É um surrealismo !

Ou hipocrisia absoluta !

Ambos !

Existem mecanismos de reprogramar o pensamento, como a programação neurolinguística usada como lavagem cerebral:

O método de submissão pretende produzir mudanças no comportamento da pessoa não se preocupando com suas atitudes ou crenças. Essa abordagem induz ao “Apenas Faça”.

O método da persuasão, ao contrário, pretende mudar a atitude e induz ao “Faça porque isso vai fazer você se sentir bem/feliz/saudável/bem-sucedido”.

Por último, o método de educação (chamado de “método de propaganda” quando não se acredita no que está sendo ensinado) está no topo da influência social e tenta afetar uma mudança nas crenças da pessoa, induzindo a ações do tipo “Faça porque você sabe que é a coisa certa a ser feita”.

Vamos aos quatro mecanismos para implantar um modelo de ensino “Isso é contra o método “:

Primeiro mecanismo de lavagem cerebral:

Surrealismo

Segundo os surrealistas, a arte de ensinar e aprender deve libertar-se das exigências da lógica, e da razão.

Os surrealistas rejeitam a razão e valores como pátria, professor, família, cristianismo, trabalho e honra.

Tudo é relativo na régua moral desses seguidores dessa doutrina.

As ideias conservadoras e o decoro devem ser subvertidos.

Segundo mecanismo de lavagem cerebral:

Maquiavelismo

Invoca para si o pensamento de Maquiavel “pelo que se nota que os homens ou são aliciados ou aniquilados”.

Aniquilar na academia qualquer resistência ao pensamento contrário, usar de tráfico de influência, e se preciso for mentir usando as ferramentas e meios da instituição.

Nesse cenário  hipotético dessa faculdade/universidade de que o ensino deve ser padronizado, hermético, rígido, inflexível  é  notadamente uma afronta  à Constituição Federal do Brasil que aduz em seu artigo 206:

In verbis :

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; [..]

Ora, se o professor não pode ensinar  pois a faculdade ou universidade impede de lecionar aulas,  haver seminários, e outras ferramentas de ensino, nota-se claramente as duas correntes anteriores:  o surrealismo ( destrói o conservador, os valores, e a lógica) e o maquiavelismo ( aniquilamento de qualquer professor ou aluno contrário ao modelo de ensino implantado).

Terceiro mecanismo de lavagem cerebral:

Avaliação Subjetiva

O  modelo de avaliação é de maneira subjetiva (poder concentrado pelo avaliador), e punindo com conceitos insatisfatórios os opositores ao modelo pedagógico implantado.

Quarto mecanismo de lavagem cerebral:

Cooptação Política

A cooptação é um sistema de  organização pela qual uma instituição nomeia internamente os seus próprios membros, sem dependência de critérios externos.

Caso os três mecanismos anteriores possam falhar,  o que é muito raro, a poderosa cooptação política entra em ação como remunerar bem os defensores do modelo “Isso é contra o método”, com altos valores salariais, e bons cargos, em tempo indeterminado.

“Isso é contra o método”, é na verdade o método que é,  e será sempre, contra o modelo de excelência desejado por alunos e professores comprometidos.

“Isso é contra o método” é o modelo que lembra a “Cosa Nostra” (literalmente, “Coisa Nossa”)!

Alunos inocentes creem no surrealismo implantado, e quando percebem já estão envolvidos na “cartilha ditatorial do isso é contra o método”.

Difícil se libertar e passar incólume aos quatro mecanismos.

Essa é a situação que de descortina em universidade/faculdade em que o ensino é centrado  no aluno, e nada de:  aulas, laboratórios abertos e com atividades práticas, pesquisa e concurso de professores.

Aí posso dizer:

“Isso é contra o ensino de qualidade”.

Os alunos de instituições públicas devem receber excelente formação, e não “gotas de reflexões do biopsicossocial” na grade curricular.

Isso é o marxismo cultural implantado com ares de vanguarda pedagógica.

E é o modus operandi implantado nas faculdades de medicina no modelo “PBL made in Brazil”.

Nosso repúdio a expressão “isso é contra o método” nas faculdades de medicina  no modelo “PBL made in Brazil”!

raiva 2

“Melhor mentira é aquela que é contada para a verdade nos revelar. Como o grito do despertador que nos acorda de um sonho, e ao abrir os olhos, percebemos que, mesmo não nos sentindo preparados, a realidade é mais perfeita que as nuvens surreais da fantasia que decidimos nunca despertar”.

Leandro Machado

Medicina da UFSCar com modelo PBL em crise institucional!

O anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff, no dia 24/06/2013, da criação de 11 mil vagas em medicina do  Programa Mais Médicos como forma de levar profissionais para o interior do país,  aconteceu no momento em que coordenadores da UFSCar estão pressionados pelos alunos para estagiarem em Hospital Escola.

O curso de medicina da UFSCAR foi idealizado no  modelo “PBL made in Brazil”.

A UFSCar  entrou em crise nesse ano de2013.

Os alunos deram um exemplo de cidadania lutando pelo direito à educação no ensino superior com padrão de excelência.

Os alunos se mobilizaram contra a falta de apoio do Ministério da Educação (MEC) para garantir a qualidade da formação de novos médicos.

Criada há menos de 10 anos, o curso de medicina da UFSCar  faz parte da proposta do governo de interiorizar o ensino da medicina, garantindo que os médicos recém-formados permaneçam nas comunidades onde há falta de profissionais.

O discurso é interessante, mas na verdade faltam hospitais, laboratórios de ensino, preceptores no internato, professores qualificados e modelo de ensino com qualidade.

No entanto, sem contar com hospital universitário, essas instituições dependem de arranjos políticos para permitir que os alunos façam as aulas práticas nos hospitais da rede local.

Os alunos migram para cidades vizinhas, e são recebidos pelos secretários municipais de saúde de outras cidades, os quais permitem estágio em USF e ou UBS, ou ainda, enfermarias de hospitais.

Bom para um só lado.

O lado dos secretários municipais de saúde, os quais politicamente ofertam mais serviços aos usuários do SUS.

O profissional supervisor desses alunos em USF e ou UBS que  recebem esses alunos ganha uma gratificação salarial da faculdade na qual os alunos estão matriculados.

Um bônus salarial pago pela faculdade aos “professores colaboradores”, e, na verdade, muitos sem Residência Médica, para orientarem os alunos.

Os “facilitadores de ensino”…

Além disso, os coordenadores  da UFSCar dizem que a falta de professores, e de preceptores (médicos responsáveis por acompanhar os alunos durante as aulas práticas nas unidades de saúde), somados à estrutura precária, inviabilizam a continuidade do trabalho.

“Os coordenadores de cursos de medicina sem hospitais, as universidades e os docentes já esgotaram toda a criatividade e improvisação possíveis para a sustentabilidade desses cursos, bem como já enfrentaram todos os riscos administrativos toleráveis, ao ponto em que a manutenção e a subsistência dos mesmos não são mais possíveis”, conforme documento de coordenadores de cursos de medicina em universidades federais entregue ao MEC em março desse ano.

Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, os alunos do terceiro e do quarto ano de medicina ficaram sem aulas práticas por mais de 100 dias por falta de preceptores.

Um edital foi aberto para preencher 31 vagas, mas até agora menos de 10 médicos demonstraram interesse.

O salário irrisório  afasta os pretendentes.

De acordo com o coordenador do curso – Bernardino Geraldo Alves Souto – os médicos que atendem na rede de saúde ganham uma bolsa de pouco mais de R$ 1 mil para auxiliar os estudantes durante as aulas práticas.

É isso mesmo, R$ 1.000,00 para ser “preceptor colaborador” !

Literalmente uma afronta ao profissional que será o “professor colaborador”.

O valor é considerado baixo, e  não atrai os profissionais, que além do trabalho, ainda assumiriam a responsabilidade de supervisionar o atendimento feito pelos estudantes nas unidades de saúde na atenção básica.

“Esses cursos estão correndo muitos riscos. A nossa expectativa é que o MEC tome providências, senão vamos cortar vagas e alguns cursos, como o da UFSCar, podem até ser fechados”, disse o professor, que propõe a criação de um plano de carreira para atrair os preceptores para o trabalho junto às universidades. Sem direitos trabalhistas, com salários que muitas vezes são pagos com até meses de atraso, os poucos que se dispõem a auxiliar na preceptoria, segundo Bernardino, o fazem por “caridade”.

Nas  faculdades de medicina modelo “PBL made in Brazil” é frequente a inserção de “professores colaboradores” [muitos sem Residência Médica] na grade curricular, mas que na verdade os salários são pagos pelos prefeitos dos municípios, e a gratificação paga pelas faculdades para que os mesmos  recebam esses alunos  provenientes do curso de medicina.

O movimento foi encerrado no mês passado, após várias audiências com a reitoria, e até com o MEC, mas sem nenhum avanço concreto na UFSCar.

Ana Clara, aluna do 3º ano, informou que quando passou no vestibular da UFSCar – um dos mais concorridos entre as instituições públicas (na última seleção foram 210 candidatos por vaga) – pensou estar realizando o sonho de estudar em uma nas melhores escolas de medicina. “Isso que está acontecendo é uma maldade com o aluno. Você entra em uma universidade pública federal, e pensa que não tem como ser ruim. Só que aí chega num lugar sem estrutura nenhuma.”

O curso da UFSCar depende da disposição política da prefeitura de permitir que os médicos da rede diminuam o número de consultas para que possam auxiliar os alunos da universidade com o trabalho de preceptoria, o que enfrentou resistências da atual administração.

O sucateamento na educação atinge também alguns cursos de medicina.

E como atinge…

Alguns alunos precisam viajar até a cidade de Piracicaba para fazer as aulas do internato em um hospital local.

Que situação terrível…

A  proposta do MEC  é o estímulo para que profissionais da área médica atuarem como professores nas universidades do interior do País.

A ideia dos coordenadores do curso é criar uma espécie de bolsa, no valor mensal de R$ 8 mil por um período de dois anos, que incentive a fixação dos docentes em regime de tempo integral, complementando o valor do salário.

Enfim, os nossos sinceros parabéns  a esses fantásticos alunos que lutaram por melhorias no ensino superior.

Não ficaram dormindo em berço esplêndido.

E nem nas margens do Ipiranga…

O aprender a aprender da UFSCar é mais um exemplo do neoliberalismo na educação em ensino superior.

Em defesa de ensino superior público com qualidade !

Sucateamento no ensino em cursos de medicina tem um culpado:

É  o modelo “PBL made in Brazil” com ares de pedagogia de vanguarda, mas que não passa de um estelionato pedagógico.

PBL em cursos de medicina – Um fiasco pedagógico !

MEC ENTERRANDO NOSSOS SONHOS

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”.

Nelson Mandela

Perguntas frequentes no ensino em Cursos de Medicina no Modelo Pedagógico PBL made in Brazil

Selecionamos as dúvidas mais frequentes em alunos que estudam em cursos de medicina no modelo pedagógico PBL.

As mais importantes foram:

1. Como ficam as disciplinas no currículo PBL?

O currículo PBL não é organizado por disciplinas, mas por módulos temáticos.

Estes reúnem temas derivados do conjunto de habilidades e conhecimentos previstos como necessários para a formação do profissional pretendido pelo currículo.

2. O tutor pode ser alguém que não entenda do assunto tratado, um leigo?

Não.

O tutor deve ter conhecimentos específicos sobre o módulo temático, mas não necessita de ser um especialista. O indivíduo sem conhecimentos específicos tende a ser um tutor pobre.

3. Não há aulas no currículo PBL?

Sim.

O método básico de aquisição de conhecimentos em um currículo PBL é o estudo individual dos alunos orientado por discussões de problemas realizadas no grupo tutorial.

4. A infraestrutura para este tipo de currículo é muito cara?

O uso de laboratórios de modelos, de computadores e de boas bibliotecas representa necessidade não desprezível de investimentos.

5. O aluno não é obrigado a estudar?

Em um currículo PBL o aluno tem menos tempo comprometido com atividades formais. Isto possibilita que ele regule melhor seu tempo para os estudos.

6. Os docentes que não são tutores não participam do ensino?

Há várias modalidades de ensino como tutorias, ensino em manequins [laboratório de habilidades], conferências [muito raras],  consultorias.

7. Os alunos não passam pelas disciplinas básicas?

Sim.

Não há a divisão clássica entre ciclo básico e as outras etapas de ensino. Há integração das disciplinas nos temas. O aluno tem de cursar as várias disciplinas para atingir os objetivos de aprendizado traçados nos grupos tutoriais a partir da discussão de problemas.

10. Os alunos tem provas?

Não.

Os alunos são avaliados por conceitos satisfatórios e ou insatisfatórios.

11. O ensino de conteúdos só ocorre por proposição de problemas em um currículo PBL ?

Sim. Eventualmente os conhecimentos poderão ser aprofundados através de uma conferência oportunamente oferecida.

Vanguarda pedagógica ou estelionato pedagógico no “PBL made in Brazil” ?

Na luta pelo ensino superior em cursos de medicina com qualidade.

“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”.

Seneca